sábado, 28 de fevereiro de 2009

Globo Reporter - Medicina das especiarias

27/02/09 - 22h30 - Atualizado em 27/02/09 - 23h31

Pimenta emagrece e reduz o colesterol

Fruto reúne uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas.

Luciana Kraemer Turuçu e Porto Alegre (RS)


Turuçu é a capital brasileira da pimenta vermelha. Na cidade do sul gaúcho, ela é plantada há mais de cem anos. E o orgulho com o produto da terra está em toda parte: na rua principal e nas lavouras cultivadas por descendentes de imigrantes alemães. Do trabalho de pequenos agricultores brota um poderoso remédio natural.

“Dizem que é bom para a saúde. Graças a Deus, até hoje nunca tive problema nenhum”, assegura o agricultor Leomar Nörnberg.

Na casa dele, é acompanhamento para todos os pratos. Para usar como tempero, a agricultora Leni Nörnberg dá a receita: “Coloco vinagre, depois dou uma sacudidinha e deixo curtindo durante um dia ou dois. É bem fácil. Dá para botar em qualquer comida”.

De acordo com especialistas em saúde, o hábito da família de seu Leomar deveria ser repetido em todas as mesas. Os benefícios da pimenta são conhecidos há muito tempo. Nas Américas, o fruto já era usado até para aliviar dor de dente e de estômago. Isso há pelo menos dois mil anos.

Quem coloca a pimenta no dia-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas – benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência.

Uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) comprovou que a pimenta diminui mesmo o risco de doenças cardiovasculares, maior causa de mortes no Brasil.

Por duas semanas, um grupo de ratinhos recebeu, todos os dias, uma pequena dose de extrato de pimenta-dedo-de-moça, a mais consumida no país. No fim do período, sangue foi coletado e comparado com o de ratinhos que não receberam a pimenta. O resultado impressionou os pesquisadores.

“Nós tivemos uma redução bastante significativa, em torno de 45%, do colesterol total desses animais. Uma redução do colesterol total, tanto em humanos quanto em cobaias, mostra que há um risco menor do desenvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose”, diz a nutricionista da PUC-RS Márcia Keller Alves.

Em outras palavras: menor risco de enfartes. O que reduziu quase pela metade a gordura do sangue nos ratinhos foi a capsaicina, o princípio ativo da pimenta, que dá a ela o gosto ardido.

“É esse princípio ativo que faz com que a pimenta seja benéfica à saúde. Então, quanto mais picante mais capsiacina. E quanto mais capsiacina mais benefícios com o consumo da pimenta”, esclarece Márcia Keller Alves.

A capsaicina atua em várias áreas do corpo: alivia dores de cabeça, controla os níveis de glicose no sangue, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. É até um aliado para quem quer entrar em forma.

“É uma substância estimulante do metabolismo. A pessoa passa a gastar mais calor através do que come. Então, isso ajuda na obesidade. Ela só vai se beneficiar com um ingrediente natural”, afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky.

Ainda falta determinar quanto é necessário consumir para que a pimenta traga todos esses benefícios. O que se sabe é que o brasileiro come muito pouco. Na Tailândia, por exemplo, ela é a estrela das receitas simples e sofisticadas. Lá, o consumo chega a dez gramas por dia. No Brasil, não passa de meio grama por pessoa.

Para que a pimenta saia do papel de coadjuvante e se torne o ingrediente principal, é preciso pegar o fruto e inventar. Criar receitas que agradem não só a quem procura a ardência, mas também – por que não? – a doçura da pimenta. Produtos que saem de agroindústrias familiares, com a da produtora rural Verônica Tuchtenhagen e do aposentado Otávio Tuchtenhagen. Antigamente, a família vendia a pimenta seca e moída. Quanto trabalho, lembra o pai, que tem 82 anos.

“Eu lembro que plantei pimenta com 12 anos de idade. Às 5h, tinha que ir lá e cortar”, conta seu Otávio.

“Hoje transformamos a pimenta ‘in natura’ em vários pratos: em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas, chocolate. Um mundo com pimenta”, descreve dona Verônica.

A receita que mais vende é a da geléia, criada com o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para conquistar o paladar até de quem não gosta do sabor ardido da pimenta. É feita com o fruto “in natura”, bem do jeito que os médicos recomendam.

A pimenta vai ao fogo misturada com açúcar, água, ácido cítrico e pectina, uma mistura que, no início, nem dona Verônica acreditava que daria certo.

“Não vou mentir, tínhamos uma pequena dúvida. Me surpreendeu muito porque enquanto eu vendo cem vidros de geléia com pimenta transformada, vendo dez de morango sem pimenta. A pimenta fez um sucesso”, comemora dona Verônica.

Para ver se os novos produtos de pimenta têm chance de cair mesmo no gosto popular, a equipe do Globo Repórter levou o doce de leite com pimenta e a pimenta em calda para fazer um teste com os consumidores.

“É meio forte, mas é gostoso. Senti a pimenta”, conta a estudante Sylvia Waldman.

“Eu não senti muito. É natural, um docinho gostoso. Mas bem no finzinho sentimos um pouquinho”, diz a dona de casa Áurea do Prado.

“Ela acentua o paladar, mas é saborosa”, avalia o aposentado José Castro.

“Me surpreendi, porque pimenta geralmente é forte. E essa bem gostosa”, elogia a professora Priscila da Silva.

Chá alivia dores musculares e dá energia a atletas

Bebida mistura erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais.

Beatriz Castro Natal (RN)


Eles resistem aos piores esforços. Provas que duram de dez horas a seis dias. São os atletas de alta performance. Saudáveis? Sim, mas com um alto desgaste para o corpo. O esforço extremo libera no corpo os radicais livres, que aceleram o envelhecimento.

“Eu já tenho 48 anos de idade. Fazendo corrida de aventura, um esporte muito desgastante, não posso me dar ao luxo de envelhecer mais ainda”, diz o dentista Vescio Barreto.

Normalmente eles usam antiinflamatórios e suplementos para evitar dores e lesões. Seria possível substituir esses medicamentos por algo mais natural? Foi justamente um grupo de atletas que exige o máximo do metabolismo que pôde testar os efeitos de um chá de especiarias em Natal, no Rio Grande do Norte.

Durante 60 dias, um grupo de dez atletas tomou o chá. Outros dez não tomaram e serviram de controle para a eficácia da pesquisa. Mas muitos deles ficaram desconfiados.

“Eu não acreditava nisso. Tive que ver para crer”, conta o administrador Karim Barreto.

A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas o chazinho não é muito diferente daqueles caseiros: erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais. Essas especiarias foram escolhidas por combaterem o envelhecimento. São ótimos antioxidantes.

“A canela é uma das especiarias mais utilizadas no mundo inteiro. Ela tem alto poder conservante. Inclusive, na época das múmias do Egito, era usada como conservante”, lembra a cientista em alimentos Ana Vládia Moreira.

Mas os pesquisadores pensaram também no gosto quando fizeram a escolha. Queriam algo que pudesse virar uma rotina.

“Quando propomos algo importante para a saúde, para não ser algo que simplesmente tomamos sem prazer, temos que pensar também no lado sensorial. E essa mistura é bastante agradável ao paladar das pessoas”, assegura Ana Vládia Moreira.

E também é um chá simples, fácil de fazer.

“O ponto ideal [da água] é quando começa a levantar bolhinhas. Você apaga e está no ponto de colocar na xícara. Com a água pronta, colocamos o sache”, ensina Ana Vládia Moreira.

A dose diária é de uma colher de chá em uma xícara de água. Ou seja, não adianta tomar um bule de chá. O necessário mesmo é uma xícara.

A pesquisa mostrou que a maioria dos atletas teve uma redução do MDA, substância que causa lesões musculares e dores. O chá ajudou a diminuir a sensação de desgaste físico depois dos exercícios.

"Eu senti que durante os treinos longos e as corridas não tinha tanta necessidade de fazer uso de antiinflamatórios", conta a zootecnista Inês Greca.

"As dores musculares que sempre vêm depois diminuíram bastante depois desse tratamento", afirma Karim Barreto.

E se foi bom para quem se desgasta tanto, Ana Vládia Moreira diz que a mistura pode ter bons efeitos no dia-a-dia de qualquer pessoa.

“Por ter papel antioxidante e antiinflamatório, ele acaba sendo universal. Onde processos inflamatórios estão presentes, como uma simples dor de cabeça ou mesmo uma cólica, ele pode vir a ter efeitos atenuantes, principalmente preventivos se a pessoa tiver o hábito de beber”, explica a cientista de alimentos.

A nutricionista Jussele Lourenço acredita que o resultado da pesquisa pode combater um grande problema entre atletas amadores: a automedicação. Eles poderiam trocar os remédios pelo chá, que pode ser consumido como qualquer outro alimento. “Um alimento que reduza o estresse oxidativo. Muitas vezes eles vão diminuir essa inflamação com automedicação”, diz.

Para quem passa a vida por matas, estradas e rios, o resultado foi animador.

“Não há um alimento por si só capaz de reverter uma doença. Há um conjunto de fatores. Cabeça boa, corpo em movimento e uma pitadinha de sabor não fazem mal a ninguém”, finaliza Ana Vládia Moreira.

Salsa pode combater as doenças do coração

Componentes químicos do tempero mais comum da mesa brasileira impedem a formação de coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.

Beatriz Castro Rio de Janeiro


É notícia boa. E vem das universidades brasileiras: sabores variados e saúde em dia têm tudo a ver. Os pesquisadores não precisaram ir longe para encontrar as primeiras pistas.

“Salsa batidinha por cima do salpicão, do arroz de forno. Eu uso salsa para tudo, porque ela também faz bem para o coração”, diz a aposentada Dirce Corrêa.

No Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, o conhecimento é passado de geração em geração. Dona Dirce, dona Olinda, dona Célia, dona Fátima: vidas inteiras dedicadas às ervas brasileiras.

“A salsa serve para tempero e serve para os rins. O chá é um santo remédio para expelir pedras dos rins”, afirma a feirante Fátima Barros.

Que a salsa era boa para os rins, a ciência já sabia. Mas uma pesquisa com moradores do estado do Rio surpreendeu os especialistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O farmacêutico Douglas Chaves descobriu o que estava na boca do povo: a salsa, além de diurética, afina o sangue.

“Nós observamos que a população utiliza essa espécie para fins medicinais e, principalmente, para o afinamento do sangue”, conta o farmacêutico.

Será? O jeito foi pesquisar. “Fazemos um processo de extração das substâncias da salsinha através do cozimento da planta realizado sob um aquecimento”, explica o farmacêutico Douglas Chaves.

A pesquisa trouxe uma descoberta sensacional: o tempero mais comum da mesa brasileira pode combater um dos males mais comuns da Humanidade: as doenças cardiovasculares, que atingem hoje 30% da população em todo o mundo.

Os pesquisadores ainda procuram algumas respostas. Qual é a quantidade necessária de salsa para prevenir as doenças circulatórias na população em geral e qual é a dosagem que pode funcionar como remédio para os pacientes com trombose? Na busca das repostas, eles já chegaram a algumas conclusões animadoras.

Componentes químicos da salsa agem na circulação. Eles impedem a formação de trombos, coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.

Flávia faz uma demonstração. Uma amostra de plasma que não teve contato com a salsa fica gelatinosa depois da coagulação. Enquanto isso, o plasma sanguíneo que teve contato com a salsa permanece líquido por um longo tempo. Isso mostra que a salsa inibe a formação dos coágulos. A salsa só deve ser evitada pelas mulheres grávidas, pois pode provocar sangramentos.

“No fundo, nossas avós estavam certas. Estamos mostrando que, realmente, a salsa 'afina' o sangue, serve para melhorar a circulação e prevenir a formação de trombos”, diz a bioquímica Russolina Zingali.

Com as novas descobertas, a salsinha, que todos conhecemos tão bem, pode virar um grande remédio.

“Uma pílula de salsa”, adianta Russolina Zingali.

Eles são muito fáceis de achar, estão em todas as feiras, em qualquer mercado. Afinal, não dá para cozinhar sem os temperos. E o melhor: são baratos. Mas nem sempre foi assim. As especiarias já foram muito cobiçadas. E, acredite, elas tiveram o peso cotado em ouro. Era o tempo dos descobrimentos, e os temperos serviam para conservar os alimentos. Hoje, mais do que nunca, a ciência confirma o imenso valor das especiarias.

E na raiz de todas essas descobertas está a sabedoria popular.

A feirante Olinda Ribeiro Costa é uma apaixonada por temperos. Na feira, ela contou que tem em casa um cantinho com tudo de que precisa.

“Fica no terraço. É um pedacinho que eu adoro”, diz.

No alto, protegido do sol pela caixa d'água, está o cantinho de saúde de dona Olinda. Tem um pouco de tudo.

“É muito bom chegar e pegar um galhinho”, diz dona Olinda.

E, como sempre, as dicas do uso dos temperos para a saúde vão surgindo.

“O alecrim é bom para resfriado porque é expectorante”, explica dona Olinda.

Alecrim contra gripe? E não é que dona Olinda tem toda a razão? A comprovação é feita por uma das melhores universidades do país, a Universidade de São Paulo (USP). A Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda os temperos há mais de 20 anos. E uma das conclusões mais recentes é que o alecrim combate o vírus da gripe. O trabalho foi feito em conjunto com o Instituto Butantã.

“Nós estudamos o vírus da gripe, que é o influenza, e observamos que os extratos do alecrim diminuem a replicação viral”, conta o cientista em alimentos da USP Jorge Mancini Filho.

Tudo na cozinha de dona Olinda leva um pouco de verde. No frango, vai sálvia, alfavaca e alecrim. Mas os poderes dessa planta tão cheirosa não param aí. Em testes com animais, a nutricionista da USP Ana Mara Silva descobriu outras qualidades do alecrim: um remédio poderoso contra as complicações de saúde dos diabéticos.

“Pelos resultados, reduziu o colesterol total, os triglicerídios – que são todas as gorduras, que no diabetes estão muito envolvidas com as doenças do coração”, explica Ana Mara Silva.

No mesmo experimento, o extrato de alecrim preveniu a catarata, as doenças nos rins e na retina, que são comuns nos diabéticos. É por isso que o experiente professor Mancini põe o alecrim no topo da lista de temperos indispensáveis na nossa mesa. “O alecrim é considerado a especiaria, associada a todo o conjunto de outros vegetais, com maior atividade antioxidante. É o campeoníssimo”, afirma.

Todos têm antioxidantes, compostos químicos que combatem os radicais livres, aquelas substâncias que provocam o envelhecimento do corpo.

As descobertas no Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, não terminaram. A feirante Fátima Barros conta que a mãe, a feirante Célia Diniz da Costa, de 78 anos, criou uma mistura poderosa. Dona Célia, que tem sérios problemas de circulação, diz que se mantém em pé, trabalhando, por causa das ervas que usa em chás e na comida.

Dona Fátima revela os ingredientes do tempero de dona Célia: “Hortelã-pimenta, alfavaca, sálvia, manjerona, aipo, que é o salsão, alho-poró, manjericão e hortelã comum. É o tempero da vovó. Ela usa para temperar frango, carne, arroz, feijão. Lá em casa tudo é feito com isso. É muito difícil alguém ficar gripado”.

O Globo Repórter foi conhecer o segredo do tempero de dona Célia. Na cozinha, todos os temperos são bem lavados. Primeiro, elas põem um pouco de óleo e quatro cabeças de alho. Depois, vão acrescentando os maços de temperos, um a um: hortelã, hortelã-pimenta, sálvia, alfavaca, manjerona, alho-poró e aipo. Para completar, cebola e pimentão vermelho, para dar cor.

“Esse trabalho vale a pena porque gastamos menos horas descascando alho e socando cebola, essa lenga-lenga toda. Já fica tempero para toda a família”, conta dona Célia.

A mistura ainda leva sal. Depois de pronto, o tempero é distribuído em potinhos para toda a família.

“É um potinho para cada um”, diz dona Fátima.

Que é gostoso, ninguém duvida. Mas e os benefícios para a saúde? De Madureira para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O potinho da vovó Célia chegou longe. A professora Gláucia Pastore é uma grande conhecedora dos poderes dos alimentos. Ela fica animada com a riqueza da mistura de dona Célia e destaca as suas propriedades: as vitaminas do Complexo B, as fibras, os antioxidantes.

“Consumindo esse tipo de tempero, a pessoa ganha a manutenção da saúde, mais reforço, mais defesa para enfrentar os diversos sistemas invasivos, microorganismos, doenças contagiosas, infectocontagiosas. A pessoa vai estar mais defendida”, explica a cientista em alimentos.

A professora Gláucia Pastore diz que as qualidades de cada tempero são reforçadas com a mistura. E confirma: dona Célia tem razão quando diz que o tempero ajuda a manter a saúde da família.

Gláucia Pastore revela os temperos que não podem faltar na cozinha brasileira: alho, cebola, alho-poró, sálvia e hortelã. E dá uma última dica: “Geralmente, quando se trata de compostos bioativos, mais importante que a dose é a constância. Então, não importa muito se essa dose não é tão igual entre os dias. O importante é que todos os dias se faça uso um pouquinho”.

Raiz é capaz de aniquilar tumores cancerígenos

Testes demonstram que cúrcuma elimina células de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele.

Beatriz Castro Goiânia (GO)


A equipe do Globo Repórter viajou para Goiás em busca de uma riqueza pouco explorada. No cerrado brasileiro, uma especiaria trazida da Índia se adaptou bem. Pelo nome, pouca gente conhece o cúrcuma. É uma planta da família do gengibre. A parte usada na culinária fica na raiz. Depois de seca e moída, ela vira um ingrediente que a dona de casa chama de açafrão.

Indisponivel/Indisponivel

Raiz de cúrcuma, de onde é extraída a curcumina

"Na raiz encontram-se todos os componentes do açafrão, inclusive o corante, que é a curcumina, que é bem amarela”, explica o engenheiro de alimentos Celso José de Moura, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Celso José de Moura explica que a planta dá em qualquer lugar e requer pouca água. Mas o sabor do açafrão da terra, como é conhecido na região, caiu no gosto do povo goiano. Uma boa galinhada fica bem amarela por causa do tempero.

Mas o que ninguém conhecia era o poder de cura dessa raiz. A riqueza maior da cúrcuma está sendo descoberta nos laboratórios da UFG. “Quanto mais pesquisamos mais nos empolgamos porque o número de doenças em que ele tem se mostrado ativo é realmente impressionante”, diz a química Lídia Andreu.

A curcumina, um pó amarelo extraído da raiz, é cicatrizante e antiinflamatório. É usada há mais de cinco mil anos na ayurveda, a medicina tradicional indiana. Por isso, Marcella Carneiro, uma bióloga apaixonada por plantas medicinais, questionou: seria a curcumina poderosa também contra o câncer?

Marcella aplicou a curcumina sobre células com melanoma, o mais grave tipo de câncer de pele. Em poucas horas, um resultado impressionante.

“Nossos testes demonstraram que ela matou 90% de células de melanoma. A curcumina pode agir de duas maneiras: impedindo o crescimento das células cancerígenas e provocando a morte celular, aniquilando o tumor”, esclarece Marcella Carneiro.

O núcleo das células com câncer é implodido pela curcumina, mas os pesquisadores ainda não sabem os efeitos colaterais. Em breve, pacientes terminais devem testar um tratamento experimental em Goiânia.

“É muito interessante saber que a partir de uma especiaria você pode obter um tratamento para o câncer, por exemplo”, ressalta Marcella Carneiro.

O maior desafio é aumentar a absorção da curcumina pelo corpo humano. Para isso, os pesquisadores precisam vencer outro obstáculo: dominar a técnica de extração da curcumina. O extrato da planta é importado – e caríssimo.

“Pagamos em torno de R$ 1 mil por dez gramas de curcumina pura. Então, se conseguirmos extrair curcumina de alta qualidade, pura, com certeza o medicamento vai se tornar mais eficaz e vai ser bem mais barato. Eu diria que, para a saúde, esse pó amarelo vale ouro”, constata Lídia Abreu.

Mais um motivo para popularizar, no Brasil, essa especiaria tão comum na Índia.

Medicina indiana utiliza mais de 500 ervas

Gengibre, que pode ser encontrado no Brasil, age contra as doenças respiratórias.

Francisco José Pune, Índia


Talvez nenhuma outra medicina use tanto as plantas como a medicina tradicional indiana, conhecida como ayurveda, a ciência da vida. Muitos vão buscar tratamento na cidade indiana de Pune.

A equipe do Globo Repórter acompanhou a médica ayurvédica Sonali Shinde e uma aluna brasileira dela, Joana Rodrigues, na feira. Logo que chega ao mercado, a médica vai identificando todas as ervas. Mais de 500 podem ser usadas nesse tipo de medicina.

Logo fomos apresentados ao amalaki. Parece uma ameixa, mas não tem no Brasil. É muito valorizado na ayurveda por ter cinco sabores em uma só fruta: é doce, amargo, azedo, apimentado e adstringente. Só não é salgado.

Mas no mercado de Pune é possível encontrar produtos bem conhecidos dos brasileiros. Um produto que tem muito no Brasil, o gengibre, é da maior importância na medicina ayurveda.

“Quando cozinhamos os legumes, usamos gengibre. Ele digere as toxinas no corpo e age contra as doenças respiratórias, como a sinusite”, diz a médica Sonali Shinde.

A doutora explica que a hortelã age contra o que a medicina indiana chama de vata, a força do ar: reduz dores e gases abdominais e por isso acompanha bem as comidas mais pesadas.

Seguimos nossa busca pelo mercado de Pune.

“O abacaxi é ótimo para melhorar o tecido sanguíneo, mais especificamente o plasma. E é ótimo também para eliminar vermes e lombrigas. Então, mesmo como medida preventiva, de vez em quando deve-se comer abacaxi”, orienta Joana Rodrigues.

As cenouras, que na Índia são avermelhadas, são usadas nos doces.

“A goiaba tem uma propriedade adstringente também. Tudo o que é adstringente fecha as glândulas salivares. Então, paramos de ter vontade de comer mais. Por isso, é ótima para depois das refeições”, diz Joana Rodrigues.

Feitas as compras, doutora Sonali Shinde nos convidou para ir até a casa dela. Ela preparou a refeição com os produtos que comprou na feira.

Enquanto elas preparavam o almoço, fomos conhecer os alimentos mais importantes para a ayurveda, que ajudam a conseguir uma saúde perfeita. Podem ser consumidos por qualquer tipo de pessoa, em qualquer estação.

O arroz, cultivado em 60 dias, deve ser consumido um ano depois da colheita. Feijão mungo, um tipo de feijão verde, comum na Ásia, é de fácil digestão. E também passas pretas, mel, romã, abóbora – que no Nordeste tem o nome indígena de jerimum – e amalaki – a fruta dos cinco sabores, único desses alimentos que não tem similar no Brasil.

“Ela é rejuvenescedora. Mesmo cozida e seca, não perde a vitamina C. E tem cem vezes mais vitamina C que a laranja”, ressalta Sonali Shinde.

Depois, sobre folhas de bananeira, Sonali Shinde e Joana Rodrigues foram servindo a refeição. Um pouco de sal, limão, uma pasta de pimenta, romã, pão indiano. Mais uma vez, sabores variados.

Na Índia, a refeição começa pela sobremesa. E tem que ser com a mão direita. No início da refeição, o doce tira a fome mais intensa. Mas tem ainda algo curioso: soro de leite de uma vaca feliz. É isso mesmo: os indianos dizem que, para o leite ser bom, a vaca tem que viver solta, nos campos e nunca confinada.

Espinafre com queijo branco, arroz com um pouco de manteiga cozida em cima e batata com gengibre, alho, pimenta e coentro.

“É uma refeição completa para uma pessoa ativa. Ela tem todos os seis gostos, é equilibrada. Você não come apenas arroz, não come só trigo, ou apenas comida crua. A ayurveda não aconselha isso. Um pouco de cada coisa é bom para o seu corpo”, ressalta Sonali Shinde.

Para quem está acostumado a comer carne é um pouco difícil. Mas uma recomendação da medicina indiana serve para todos: sempre que der, deixe de lado as comidas prontas.

“Cozinhe só o que você precisa e coma em seguida. Este é o mantra da saúde”, define Sonali Shinde.

Saiba como preparar receitas com especiarias


CHÁ DE ESPECIARIAS

Misture erva-doce, pedaços de canela em pau e semente de mostarda em quantidades iguais. Você pode fazer a quantidade que quiser e guardar para outros dias. Depois, para uma xícara, use uma colher de chá da mistura.

Importante: a água não deve ferver. Retire a água do fogo quando surgirem as primeiras bolhinhas da fervura (cerca de 92ºC). Deixe em infusão por três minutos e aproveite.

TEMPERO PREPARADO PELA FEIRANTE CÉLIA DINIZ DA COSTA

Ingredientes:

1 maço de sálvia
1 alho-poró
aipo
4 cabeças de alho
1 cebola
1 pimentão vermelho
alfavaca
hortelã
pimenta
alecrim
manjerona
óleo, azeite de oliva ou água para misturar

Modo de Fazer:

Ponha o alho no liquidificador. Para ajudar a bater, use um pouco de óleo, azeite de oliva, ou água. Depois, vá acrescentando os temperos, um a um, até que obter uma mistura homogênea. Em seguida, adicione uma xícara de sal, que ajuda a conservar a mistura.

GELÉIA DE PIMENTA

Ingredientes:

2 quilos de pimenta
2,5 litros de água
150g de pimenta dedo-de-moça sem sementes
10g de ácido cítrico
13g de pectina

Modo de Fazer:

Coloque a água em uma panela. Acrescente o açúcar, separando um pouco para ser misturado depois com a pectina. Adicione a pimenta, que deve ser batida no liquidificador com um pouco de água antes de ir para a panela. Acenda o fogo e mexa. Depois coloque a pectina misturada ao açúcar que ficou separado. Por fim, acrescente o ácido cítrico. Deixe ferver por 40 minutos. Está pronto.

PIMENTA NO VINAGRE (receita da agricultora Leni Nörnberg)

A receita é ideal para quem gosta de pimenta mais fraca e deve ser feita com o fruto fresco. Pegue um vidro para acondicionar a pimenta e esterilize (escalde com água quente). Em seguida, coloque nacos de pimenta sem sementes. Colorida fica melhor. Cubra com vinagre. Se preferir mais forte, utilize pimenta seca e cubra com azeite.

As repórteres Beatriz Castro e Luciana Kraemer revelam os bastidores da reportagem

Confira, em vídeo, imagens exclusivas das gravações.


Pitadas de saúde

A gente nem imagina o quanto faz bem uma comida bem temperada. Especialmente se os ingredientes são as especiarias. Seguindo aqueles velhos conselhos da vovó, descobrimos que os temperos têm, sim, muito valor. Não só para dar um gosto a mais ao que comemos, mas para a saúde. Não é por acaso que eles concentram tanto sabor e perfume em mínimas porções.

Os egípcios já sabiam que eram excelentes conservantes. A canela foi encontrada ao lado de múmias. Os grandes navegadores enfrentavam o desconhecido e o mar bravio atrás de plantas que poderiam conservar melhor os alimentos quando nem se sonhava com a comodidade da geladeira. As especiarias valiam o peso em ouro, literalmente.

E foi atrás de um novo descobrimento, desta vez navegando pelo conhecimento das universidades, que pudemos desvendar o que a ciência comprovou sobre os efeitos das especiarias para a nossa saúde. O resultado é surpreendente e animador.

Encontramos pesquisadores entusiasmados em seus laboratórios apertados e cheios de plantas. Eles foram instigados pelo conhecimento popular. Se o povo usa temperos em chás para combater tantos males, alguma coisa havia de especial nesses ingredientes. Foi assim que conhecemos as maravilhas do alecrim; o chá de erva-doce, canela e semente de mostarda; a riqueza do cúrcuma, que chamamos de açafrão; o poder da salsa.

Foi uma viagem e tanto atrás das novidades dos temperos. Nossa equipe passou pelo Rio de Janeiro, por São Paulo, Campinas, Goiânia, Rio Grande do Norte. Um roteiro tão diversificado quanto as especiarias. Percorremos um universo fantástico de cheiros, sabores, conhecimento.

Como tudo na vida, consumir os temperos também exige moderação. Não é porque combatem os radicais livres, que causam o envelhecimento, que devemos comer baldes de salsinha ou beber bules de chá. Mas um pouquinho, todos os dias, vai deixar nossa alimentação mais gostosa e nossa saúde mais reforçada.

A viagem ficou muito saborosa graças à companhia do repórter cinematográfico Luiz Paulo, do auxiliar técnico Adriano Moraes, da produtora Arlete Heringer e do editor
Saulo de la Rue.

Espero que gostem e que tenham sempre na cozinha uma pequena dose de saúde.

Um abraço,

Beatriz Castro
Repórter

Nós e a pimenta

Antes de fazer este Globo Repórter, eu achava que tinha boa resistência para pimenta. Sempre gostei de pratos picantes até colocar, por engano, o fruto inteiro na boca! Bastou uma mordidinha. Foi como se minha garganta tivesse prendido fogo. Em um movimento involuntário, comecei a pular de um lado para o outro, abanando a boca e pedindo ajuda. Enquanto a equipe e os entrevistados morriam de rir da minha trapalhada, eu me lembrava do que havia lido e ouvido sobre a pimenta: aumenta a adrenalina, emagrece, baixa o colesterol, funciona como antiinflamatório natural. Pelo menos eu estaria protegida. O problema era a ardência, que, saibam, piora quando se toma água. A sobremesa preparada pela produtora rural Verônica Tuchtenhagen, um maravilhoso sorvete de creme acabou me salvando. Tudo porque algumas horas antes eu havia experimentado a mesma pimenta, biquinho, só que na versão doce. O formato é igualzinho à da apimentada, que estava em outra vasilha, e que eu, xereta, fui pegar.

Rimos e aprendemos bastante nesta reportagem. Além de conhecermos os benefícios da pimenta, tivemos a chance de ver como esse tempero é importante para a gente de Turuçu, cidadezinha gaúcha de 4 mil habitantes. O plantio é feito por famílias que mantêm o alemão como segunda língua. Todos trabalham muito. Passar a tarde gravando com os agricultores Leomar e Leni Nörnberg na lavoura, com o sol a pino, foi importante para ter uma idéia do enorme esforço que é produzir. E aí acontece uma troca que é muito gratificante. Também para eles era novidade. Se transformar em personagem, dar entrevista, acompanhar as gravações, assistir tudo no monitor. E agora, ainda ver todo aquele trabalho transformado em programa.

Tomara que tenham gostado tanto quanto nós, que contamos essa história. Foi uma bela experiência.

Abraços,

Luciana Kraemer
Repórter

Medicina das especiarias: confira a equipe da reportagem


Edição de Texto:

Jefferson Pacheco
Saulo de la Rue

Reportagem:

Beatriz Castro
Francisco José
Luciana Kraemer

Produção:

Arlete Heringer
Michelle Guerra
Vanda Viveiros de Castro

Edição de Imagens:

Adriana Nagle
João d'Alessandro
Lilian Cavalheiro

Imagens:

Jean Ribeiro
Lúcio Rodrigues
Luis Paulo Mesquita
Patric Domingues

Técnico:

Douglas Lima
Adriano Moraes

Áudio:

Paulo Sérgio Silva

Arte:

Luiz Nogueira

Agradecimento:

RBS TV Porto Alegre

Veja como entrar em contato com cientistas que pesquisam os benefícios dos temperos


CHÁ DE ESPECIARIAS

Ana Vládia Moreira – cientista de alimentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV)
E-mail: anavladiab@yahoo.com.br

OS BENEFÍCIOS DA SALSA

Russolina Zingali – bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Site: www.bioqmed.ufrj.br

OS BENEFÍCIOS DO ALECRIM

Jorge Mancini Filho – cientista em alimentos da Universidade de São Paulo (USP)
Ana Mara Silva nutricionista da Universidade de São Paulo (USP)
E-mail: anamara@usp.br


OS BENEFÍCIOS DA CÚRCUMA

Lídia Andreu Guillo – química da Universidade Federal de Goiás (UFG)
e-MAIL: lidia.guillo@gmail.com

Marcella Lemos Brettas Carneiro – bióloga da Universidade de Brasília (UnB)
E-mail: marbrettas@gmail.com

Gláucia Pastore – cientista em alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
E-mail: glaupast@fea.unicamp.br


Fonte: G1

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MOTIM FRACASSADO

Amotinados em Bangladesh mataram seu chefe, diz sobrevivente

Jornal diz que confrontos dexaram 21 mortos, entre eles quatro civis.
Mais de 100 oficiais continuam desaparecidos.

Da EFE


Foto: NDTV/AFP Photo
NDTV/AFP Photo
Imagem da NDTV mostra muita fumaça saindo do quarte-general ocupado por paramilitares amotinados em Bangladesh. (Foto: NDTV/AFP Photo)

O diretor-geral dos Bangladesh Rifles (BDR), general Shakil Ahmed, está entre os mortos no motim da guarda especial de fronteiras, segundo o relato de um oficial sobrevivente publicado nesta sexta-feira (27) pelo jornal local "The Daily Star".


O general morreu nos primeiros minutos do motim, que começou na quarta-feira (25) no quartel-general dos Bangladesh Rifles, em Daca, devido a uma disputa sobre salários, de acordo com o tenente-coronel Syed Kamruzzaman.


Faltando ainda serem divulgados dados sobre número oficial de vítimas do motim e enquanto a polícia segue investigando, o jornal assegura que já foram recuperados corpos de 21 pessoas, entre elas quatro civis, e que mais de 100 oficiais continuam desaparecidos.


A morte do general no comando foi confirmada por Kamruzzaman, que, embora ferido, sobreviveu aos tiroteios e contou à imprensa o ocorrido após abandonar o quartel depois de o governo pôr fim à rebelião dos guardas.


O motim terminou nesta quinta (26), após quase 36 horas de tensão e negociações que incluíram a intervenção direta da primeira-ministra Sheikh Hasina, e a presença do Exército, que cercou os quartéis em vários pontos do país.


Os Bangladesh Rifles formam um corpo de quase 70 mil soldados, dependente do Ministério do Interior, que se ocupa fundamentalmente da vigilância de fronteiras, mas que também ajuda Exército e polícia em situações extremas.


Por enquanto, 156 dos amotinados foram detidos por um batalhão especial da polícia, que tomou o controle do quartel dos Bangladesh Rifles.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

RECORDES

16/02/09 - 17h31 - Atualizado em 16/02/09 - 17h31

Menor cavalo do mundo vira estrela de feira de brinquedos nos EUA

Toy Fair começou neste domingo em Nova York.
Égua Thumbelina mede quase 45 centímetros.

Do G1, em São Paulo


Foto: Timothy A. Clary/AFP

Menor cavalo do mundo, a égua Thumbelina foi uma das atrações da abertura da Toy Fair 2009, principal feira da indústria de brinquedos norte-americana, no domingo, em Nova York (EUA). Thumbelina mede quase 45 centímetros. (Foto: Timothy A. Clary/AFP)


Americana quebra as unhas mais longas do mundo em acidente

Segundo o Guinness, as unhas de Lee Redmond mediam 8,65 m.
A norte-americana não cortava as unhas das mãos desde 1979.

Do G1, em São Paulo


Foto: AP

As unhas de Lee Redmond mediam 8,65 m. (Foto: AP)

A norte-americana Lee Redmond, de Salt Lake City, no estado de Utah (EUA), que aparecia no Guinness (livro dos recordes) como detentora das unhas mais longas do mundo, sofreu um acidente de carro na última terça-feira (10).

As unhas de Lee, que não eram cortadas desde 1979, quebraram por causa do acidente. Segundo a edição de 2009 do Guinness, as unhas das mãos esquerda e direita mediam 8,65 metros.

Segundo o policial Don Hutson, Lee Redmond foi levada para o hospital. Ela sofreu ferimentos, mas não corre risco de morte, de acordo com a polícia.


Cingalês vê TV por 72 horas e bate recorde na Suécia

Atrás do recorde, Suresh Joachim fez uma maratona da série '24 Horas'.
Ele assistiu a três temporadas da série estrelada por Kiefer Sutherland.

Do G1, em São Paulo


Cingalês Suresh Joachim viu TV por 72 horas ininterruptas, em Estocolmo (Suécia), e quebrou o recorde. (Foto: Reprodução/TV4)

O cingalês Suresh Joachim, de 40 anos, viu TV por 72 horas ininterruptas, em Estocolmo (Suécia), e quebrou o recorde mundial. A antiga marca de 69 horas e 48 minutos pertencia ao próprio Joachim e tinha sido estabelecida em 2005.

Para quebrar o recorde, Joachin fez uma maratona da série "24 Horas", que é estrelada pelo ator Kiefer Sutherland. Ele assistiu a três temporadas da série, de acordo com a porta-voz do canal sueco TV4, Janina Witkowski.

Este é o 58º recorde batido por Suresh Joachim, que vive no Canadá. "Estou feliz por ter batido esse recorde aqui na Suécia. É o meu 58º recorde, mas o meu primeiro na Suécia", disse Suresh Jochim à emissora TV4.

Jovem come 203 asas de frango e ganha torneio nos EUA

Vencedor da 17ª edição do Wing Bowl foi John Squibb.
Competição foi realizada na Filadélfia, na Pennsylvania.

Do G1, em São Paulo


Foto: Tim Shaffer/Reuters

John Squibb comeu 203 asas de frango e conquistou o título do Wing Bowl, em competição realizada na Filadélfia, no estado da Pennsylvania (EUA). (Foto: Tim Shaffer/Reuters)

Foto: Tim Shaffer/Reuters

John Squibb comemora título do Wing Bowl, em disputa realizada na Filadélfia, no estado da Pennsylvania (EUA). Competição está na 17ª edição. (Foto: Tim Shaffer/Reuters)

Médicos tiram pedra de 1,125 kg do rim de húngaro

Pedra retirada de Sandor Sarkadi tem 17 centímetros de diâmetro.
Cirurgia aconteceu no hospital Kenez Gyula, em Debrecen (HUN).

Do G1, em São Paulo


Foto: MTI,Tibor Olah/AP

Urologista Judit Csorba, do hospital Kenez Gyula, em Debrecen (Hungria), mostra uma pedra de 1,125 quilo e 17 centímetros de diâmetro, que foi removida do rim do paciente Sandor Sarkadi, que está ao lado de sua mulher. (Foto: MTI,Tibor Olah/AP)


Francês bate recorde mundial ao falar 124 horas sem parar

Lluis Colet alternou textos e poemas de grandes autores.
Ele dedicou bastante tempo a Salvador Dalí e à cultura catalã.

Da France Presse


Francês Lluis Colet bateu o recorde mundial de discurso mais longo, ao falar, sem interrupções, durante 124 horas. (Foto: Raymond Roig/AFP)

O francês Lluis Colet, de 62 anos, bateu no último sábado (17), em Perpignan (França), o recorde mundial de discurso mais longo, ao falar, sem interrupções, durante 124 horas, ou seja, mais de cinco dias.

Colet, funcionário público e guia do Museu de Artes e Tradições Catalãs, pulverizou o recorde anterior, que era de 120 horas. Ele começou a falar às 10h do dia 12 de janeiro e parou às 14h deste sábado.

Durante o período, Colet não pôde dormir e só se alimentou com refeições rápidas, com o objetivo de que seu discurso não fosse interrompido.

Essa é a segunda vez que ele alcança essa marca. Em 2004, Colet tinha estipulado o recorde ao falar sem parar durante 48 horas.

Durante as 124 horas, Colet alternou textos e poemas de grandes autores, além de textos pessoais. Ele dedicou bastante tempo a Salvador Dalí, um de seus artistas favorito, e à cultura catalã, que defende ardentemente.

Colet esteve acompanhado por um grande público durante a quebra do recorde. "É um grande dia para mim e dedico esse recorde a todos aqueles que defendem a cultura e a língua catalã", disse Colet.

Fonte: G1

EU TENHO "A FORÇA"...

Jovem dominicano está há seis dias com ereção prolongada

Jovem de 23 anos misturou estimulantes sexuais com álcool e energético.
Segundo os médicos, ele pode ser operado se o tratamento não funcionar.

Do G1, em São Paulo, com agências


Caso do jovem com ereção prolongada ganhou destaque nos jornais dominicanos, como o 'El Nuevo Diario'. (Foto: Reprodução)

O dominicano Antonio Rosa, de 23 anos, apresentava nesta terça-feira (24) uma ereção prolongada que já durava seis dias. O problema começou depois que ele tomou dois estimulantes sexuais misturados com álcool e um energético, já que tinha um encontro com uma mulher.

Rosa foi levado para o hospital, mas os médicos da cidade de Santiago deram alta na terça-feira para o jovem. No entanto eles não descartam que seja necessária uma intervenção cirúrgica se não funcionar o tratamento recomendado.


"Há alguns dias um paciente jovem chegou à área de emergência do hospital com um problema de priapismo [ereção persistente]", disse um dos médicos, destacando que o tratamento para fazer com que o pênis retornasse a seu estado flácido não deu o resultado desejado.

Rosa, que ficou cinco dias internado no hospital, disse na terça-feira que o pênis continuava ereto. "Os médicos me disseram que é preferível que melhore a situação com o tratamento recomendado, porque, se for operado, poderia ficar impotente e isso me preocupa", disse ele.

Fonte: G1

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

REALMENTE... MUITO FEIO!

Hotel norte-coreano é considerado o prédio mais feio da terra

'Monstro' começa a ser finalizado depois de 16 anos parado.
Anúncios promovendo o turismo na cidade apagam o hotel da foto.

Do G1, em São Paulo


Hotel Ryugyong aparece como a construção mais feia do planeta. (Foto: Reprodução)

O hotel Ryugyong, na Coreia do Norte, é considerado por vários sites (Esquire.com, Worldhum.com, Weirdasianews.com) como a construção mais feia do planeta.

O edifício fica em Pyongyang e é um dos mais altos do mundo, com 330 metros de altura. Tem 3 mil quartos distribuídos em 105 andares. O topo do prédio --que teria sido inspirado no castelo da Cinderela, mas parece um foguete-- abrigará cinco restaurantes.

Sua construção começou em 1987. As obras foram interrompidas em 1992 e só retomadas agora, 16 anos depois.

Críticos do "monstrengo" duvidam que ele um dia seja concluído, já que o país está sem dinheiro e não há turismo na região. Há ainda a suspeita de que ele nunca poderá ser habitado por erro de cálculo dos engenheiros. Para piorar, é comum peças publicitárias que enaltecem as belezas da região apagarem o hotel da foto.

carnaval 2009 / rio de janeiro

24/02/2009 - 08h00 - Atualizado em 24/02/2009 - 08h30

Cão sambista invade a Sapucaí nos três dias de carnaval

Primeira aparição aconteceu sábado, durante desfile do Paraíso do Tuiuti.
Domingo, ele saiu na Grande Rio; e segunda; na Imperatriz e na Viradouro.
Do G1, no Rio entre em contato

Pelo terceiro dia consecutivo, um cachorro entrou na Marquês de Sapucaí acompanhando o desfile das escolas de samba.

Veja o "desfile" do cão sambista


O “bamba” foi visto pela primeira vez no sábado (21), durante o desfile das escolas de samba do Grupo de Acesso A. Ele acompanhou o casal mirim de mestre-sala e porta-bandeira do Paraíso do Tuiuti.

G1
G1
Sábado, cãozinho apareceu no desfile do Paraíso do Tuiuti, escola do grupo de acesso A (Foto: Alziro Xavier/G1)

No domingo (22), no primeiro dia de desfiles do Grupo Especial no Sambódromo, ele foi visto na Grande Rio, próximo da atriz Susana Vieira.

Nesta segunda-feira (23), o animal apareceu em uma das alas da Imperatriz Leopoldinense durante o desfile da escola. E, para fechar a noite, desfilou entre os componetes da Viradouro, última escola a entrar na Sapucaí.

G1
Domingo, na Grande Rio, ele se encantou com a atriz Susana Vieira (Foto: Edmilson Saldanha/ Ag. News)

G1
Na segunda-feira, já enturmado, preferiu acompanhar uma ala da Imperatriz Leopoldinense (Foto: Alziro Xavier/G1)

Sidnei Parraro
Cão sambista fechou a noite de folia com a Viradouro, última escola a entrar na Sapucaí (Foto: Sidney Parraro/Ag News)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Empresa americana já substitui trabalhador brasileiro

Agência Estado

Em muitos restaurantes e nas filiais da Dunkin Donuts da região de Framingham, a mudança é visível: onde antes trabalhavam predominantemente brasileiros, agora há americanos, na maioria brancos e de meia idade. A região tem uma das maiores concentrações de imigrantes brasileiros ilegais dos Estados Unidos. Mas muitos foram embora por causa da recessão. Outros ficaram, mas foram substituídos por americanos, conta Fausto Rocha, diretor executivo do Centro do Imigrante Brasileiro.

O departamento de imigração tem apertado o cerco sobre imigrantes ilegais, o que desestimula as empresas de contratá-los. Mas até os que estão legalmente no país e poderiam trabalhar acabam afetados. Pela lei, os empregadores são proibidos de discriminação contra estrangeiros. Mas, na prática, muitos optam pelo “patriotismo”.

Leia também:

EUA vivem onda contra trabalhador estrangeiro

Também cresceu muito o número de incidentes trabalhistas envolvendo imigrantes brasileiros ilegais, diz Fausto. Por semana, entre 5 e 15 brasileiros vão ao centro porque levaram calote de seus empregadores ou tiveram algum outro problema com a remuneração. Antes da crise, Fausto via no máximo dois casos desses por mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

EUA vivem onda contra trabalhador estrangeiro

Agência Estado
“No ano passado, 2,5 milhões de americanos perderam o emprego, mas, apesar dos milhões de desempregados, nosso governo continua trazendo 1,5 milhão de trabalhadores estrangeiros por ano para pegar empregos americanos. Será que o seu pode ser o próximo?”. Essa propaganda está sendo veiculada nas TVs americanas, bancada pela Coalizão para o Futuro do Trabalhador Americano, entidade que reúne 13 associações de classe com mais de 500 mil membros.

Com o desemprego projetado para ultrapassar os 8% neste ano, organizações protecionistas como a coalizão estão apostando tudo no lobby do “hire American” (contrate americanos) para a aprovação de leis que restrinjam a entrada de trabalhadores estrangeiros legais e apertem o cerco aos ilegais que estão no país.

Na semana passada, esses grupos contra trabalhadores estrangeiros comemoraram uma vitória: o pacote de estímulo aprovado pelo Congresso inclui uma medida que dificulta a contratação de funcionários estrangeiros com visto H-1B (de mão de obra especializada) pelos bancos que estão recebendo recursos do programa de resgate.

Mas isso é só o começo, alertam especialistas. Segundo Bob Sakaniwa, diretor da Associação Americana de Advogados de Imigração, há uma série de propostas para restringir e dificultar a concessão de diversos tipos de visto de trabalho para estrangeiros, inclusive uma proposta de moratória. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: EM - UAI

carnaval 2009 / salvador

22/02/2009 - 17h01 - Atualizado em 22/02/2009 - 17h37

Alinne Rosa, do Cheiro de Amor, usa roupa transparente no carnaval baiano

Cantora buscou temas como prevenção de doenças e reciclagem para compor figurino.
Peças de roupas que ela usa no carnaval de Salvador foram recolhidos do lixo.
Glauco Araújo Do G1, em Salvador

A cantora Alinne Rosa, da Banda Cheiro de Amor, entrou no circuito Osmar (Campo Grande) com um figurino do estilista Walério Araújo. Ela buscou temas como prevenção da Aids, prevenção ao câncer de mama e reciclagem. Peças de roupas têm muitas transparências.

Edgar de Souza
Alinne Rosa ensina as foliãs como se deve fazer exame de mama para prevenir o câncer (Foto: Edgar de Souza/G1)
Tiago Cruz
Alinne Rosa exibe boa forma com figurino transparente no carnaval de Salvador (Foto: Tiago Cruz/G1)
Tiago Cruz
Roupa de Alinne foi feita com materiais coletados pela própria cantora durante shows pelo país (Foto: Tiago Cruz/G1)
Tiago Cruz
Com a roupa, Musa pretende conscientizar o público de que o lixo pode virar luxo (Foto: Tiago Cruz/G1)

BLOGS - Vida inteligente na blogosfera


Fáceis de serem criados e abertos a todas as causas, blogs se popularizam velozmente na internet. Já são até motivo de concurso para a escolha dos melhores
Frederico Bottrel - Estado de Minas
Criar um blog é fácil. Difícil é se destacar nesse povoado universo de blogueiros com mil e uma coisas para escrever (de banalidades pessoais a furos de reportagem). Com as facilidades das ferramentas de publicação de conteúdos na internet, os endereços pipocam em incontáveis blogs – e desse mato saem cachorros de todo tipo. Tanto que é até difícil navegar ao léu e encontrar páginas que valham uma adição à pasta favoritos. Se a web 2.0 é bacana por dar voz a quem tem o que falar, acaba dando voz também a um monte de gente que fala muita besteira. Por isso, premiações como a do Best Blogs Brasil são um bom farol, indicando que há luz e coisa boa no mundo dos blogs.

O Informátic@ conversou com alguns dos blogueiros que aparecem na lista dos 30 melhores blogs do Brasil, para saber exatamente quais são as histórias por trás dos endereços que bombam na blogosfera. E encontramos casos de empreendimentos bem-sucedidos, como do mineiro Guilherme Valadares, responsável pelo Papo de Homem. O blog vencedor pelo Best Blog Brasil na categoria universo masculino é hoje uma empresa (chamado até de revista eletrônica), inclusive com uma equipe que cuida das atualizações sob a batuta do criador.

Por outro lado, há também opiniões como a do apresentador Marcelo Tas, que é dono do blog eleito como o melhor do Brasil. Tas aposta na autoralidade como estratégia para fazer um espaço legal. “O blog é o autor”, afirma. Antônio Tabet, o criador do KibeLoco, melhor blog de humor de acordo com o prêmio, também não divide o mouse com ninguém: os posts e as melhores piadas são só dele e ninguém tasca. “Para montar uma equipe, teria de encontrar gente afinada com esse tipo de humor, que é próprio, pessoal”, defende.

O organizador do Best Blogs Brasil, Edney Souza (conhecido na web como Interney), também dá as dicas para quem pretende ser blogueiro. “Blog não é só uma ferramenta, é conteúdo e relacionamento. Se quer ter algum sucesso como ele, precisa planejar o que, para quem e qual a frequência com que vai escrever.” De acordo com ele, não precisa ser tão inflexível, mas se relacionar com o público é essencial. “O blog é um canal de mão dupla e muitas vezes os leitores vão orientar o autor em novos caminhos, ajudando na melhoria do espaço”, afirma.

COMO FAZER E, se você é daqueles que nunca fuçaram em um provedor de blogs, também vamos mostrar o caminho das pedras, para os primeiros passos, nas três principais ferramentas de criação de blogs disponíveis na internet: Blogger, Wordpress e Live Journal. Também criamos um perfil no Dzaí, plataforma de relacionamento e blog dos Diários Associados, para experimentar a publicação de conteúdos multimídia, que é grande diferencial do espaço. Os portais oferecem características diferentes para cada tipo de blogueiro, e nós vamos ajudar você a encontrar o melhor meio de se expressar na rede.

CIENCIA E TECNOLOGIA

Brasil deverá ter em breve internet por meio de rede elétrica, garante conselheira
Agência Brasil
Brasília - Os brasileiros poderão acessar a internet banda larga por meio da rede de energia elétrica ainda este ano. A conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Emília Ribeiro garante que o seu relatório sobre a regulamentação da questão estará pronto no fim de março. Depois disso, as normas devem ser analisadas pelo Conselho Diretor da agência e, se forem aprovadas, as empresas já podem oferecer o serviço.

“É muito importante decidir essa questão, porque é mais uma forma de expandir a banda larga para todo o país de forma mais barata, para aumentar a competição também”, afirmou a conselheira, em entrevista à Agência Brasil. Ela diz que está ouvindo todos os setores interessados, e que algumas experiências já estão sendo realizadas no país.

Com a transmissão de dados em alta velocidade pela rede elétrica, sistema conhecido como BPL, as tomadas residenciais passam a ser pontos de rede, se conectadas a um modem. A conselheira explica que os dados serão transmitidos por meio de fio elétrico ou por outro cabeamento no poste de energia. O sinal da internet banda larga chega até as residências pela caixa de energia elétrica e é transmitidos por dentro da rede.

Serviço público


Outra bandeira defendida por Emília Ribeiro dentro da Anatel é a utilização da banda larga no serviço público. Segundo ela, o país pode economizar muito com a informatização de serviços como saúde, educação e segurança.

“Não se discute a importância disso, é uma necessidade. Mas a forma de fazer ainda está sendo amadurecida. É uma política de governo, depende da vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro [das Comunicações] Hélio Costa. Tenho certeza de que eles têm essa vontade, quem não quer ver um governo informatizado? Mas temos muitos desafios, como a extensão territorial”, afirma.

Segundo a conselheira, uma das alternativas para expandir o serviço seria por meio da universalização da banda larga nas escolas, com os sistemas de backhaul, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga. “Não custa muito para o governo um estudo que faça o serviço chegar à segurança, à saúde, à cultura. Uma política de governo que tem uma iniciativa já feita e basta mais um fôlego para avançar”, defende.

“É uma questão inadiável, inaceitável, me sinto em uma agonia terrível por não conseguir que esse serviço seja disponibilizado para a nossa população”, lamenta.

Fonte: Estado de Minas - EM

Preso um dos bandidos mais procurados de Minas

Paulo Henrique Lobato - Estado de Minas
Reprodução/Jair Amaral


Márcio de Oliveira, de 35 anos, mais conhecido como Marcinho da Ventosa, era um dos 10 bandidos mais procurados de Minas Gerais até a tarde deste sábado, quando o rapaz, foragido da penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, foi detido no Bairro Salgado Filho, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ele usava uma carteira de habilitação falsa.

O rapaz, suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas na favela que lhe rendeu o apelido, tinha quatro mandados de prisão em aberto: um latrocínio, uma ameaça e dois assaltos. Sua foto foi estapamada na lista de homicidas foragidos da Polícia Civil, divulgada em 2005.

“Recebemos uma denúncia anônima de que ele estava no estabelecimento e nos deslocamos para lá. Ao abordá-lo, ele nos mostrou uma carteira de habilitação com outro nome. A foto batia, mas não o nome”, informa o cabo Renê, que participou da prisão de Marcinho.

Minutos depois de encontrar Marcinho, uma outra guarnição da Rotam que fazia o policiamento na mesma Região Oeste da capital prendeu um homem e apreendeu um adolescente na Rua Eucalipto, no Morro do Querozene. A dupla portava duas balanças de precisão, 63 pedras de crack e R$ 190 em dinheiro.