sábado, 30 de maio de 2009

A "Disneylândia" de Aécio Neves

A "Disneylândia" de Aécio Neves
Choque de gestão? Déficit zero? Esqueça. A nova marca do governador mineiro Aécio Neves é um palácio flutuante de Niemeyer num centro administrativo de R$ 1,2 bilhão. Conheça o projeto e faça um passeio virtual pela obra.
Ricardo Mendonça, de Belo Horizonte
Bruno Magalhães
MONUMENTAL
Vista das obras da Cidade Administrativa, que vai reunir o palácio do governo e todas as secretarias mineiras

Em dezembro, a um ano do fim de seu segundo mandato, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), deverá inaugurar a maior, mais cara e mais ousada edificação da história de Minas: um majestoso palácio governamental suspenso dentro de um complexo estatal que reunirá, em mais dois megaedifícios, as 18 secretarias de Estado e outros 33 órgãos da administração. Tudo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos (confira ao final do texto um "passeio virtual" pela obra, em que é possível conhecer detalhes da construção).

Estimado originalmente em R$ 500 milhões pelo governador, as obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais já estão orçadas em R$ 1,2 bilhão. Daria para fazer quatro hospitais como o Instituto do Câncer de São Paulo (antigo Instituto da Mulher), considerado o maior dessa especialização na América Latina, com 474 leitos. E ainda sobrariam R$ 120 milhões. Além do preço, a Cidade Administrativa impressiona pelo tamanho, pela arquitetura e pela velocidade com que está sendo erguida. A área total do complexo é de 804 mil metros quadrados, o equivale a 97 campos de futebol como o do Maracanã. Quando estiver em pleno funcionamento, no fim de 2010, deverá abrigar 20 mil funcionários e receber, diariamente, cerca de 10 mil visitantes. Se fosse uma cidade real com essa população, seria maior que 82% dos municípios brasileiros.

Assim que tudo estiver pronto, no segundo semestre de 2010, os mineiros poderão pleitear uma citação no livro dos recordes para o palácio do governador. O prédio, segundo o escritório de Niemeyer, terá o maior vão livre em concreto suspenso da história da arquitetura: 147,5 metros de comprimento, o dobro do vão-livre do Masp, em São Paulo.
Apesar da crise, o canteiro de obras está a pleno vapor. Com 4.800 operários trabalhando simultaneamente, a construção atingiu seu pico de atividade em maio. Os engenehiros gostam de repetir que se trata da “maior edificação em andamento em toda a América Latina”.
O governo mineiro diz que fará economia com o novo complexo. Hoje, segundo a secretaria de Planejamento, o Estado aluga 59 imóveis em Belo Horizonte para abrigar diversas repartições. Com instalações próprias, estima-se que deixará de pagar R$ 30 milhões por ano com aluguéis. Além disso, serviços poderão ser unificados, como motoboys, refeitórios, motoristas e seguranças.

Quem não está muito convencida da conveniência do projeto é a oposição. “Essa construção é uma prioridade governamental, mas não é uma prioridade da sociedade mineira”, diz o deputado estadual Adelmo Leão, do PT. “O palácio de R$ 1,2 bilhão é bom para fazer marketing, só que o governo ainda tem muitos problemas: Minas não cumpre com o piso nacional dos professores, não faz concursos e permanece como um dos únicos Estados que não cumprem com o investimento mínimo obrigatório de 12% das receitas na saúde”, afirma.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI75212-15223,00.html

José Serra ou Aécio Neves: quem enfrentará o PT

19/02/2009 - 20:41 - Atualizado em 19/02/2009 - 23:00
José Serra ou Aécio Neves: quem enfrentará o PT
Líderes do partido abrem possibilidade de prévias como forma de pacificar conflitos internos
Paulo Moreira Leite e Matheus Leitão Com Ivana Moreira, de Belo Horizonte
Frederic Jean Eugenio Savio
SILÊNCIO
Favorito nas intenções de voto, Serra (fotografado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista) quer manter tudo como está. Tem se mostrado até conciliador
BARULHO
Popularíssimo em Minas, Aécio (fotografado no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro) fez campanha pelas prévias. Agora, ele precisa mostrar a que veio

É dura a vida de quem precisa enfrentar um presidente com 84% de aprovação popular. Único partido de oposição que hoje exibe chances reais de disputar o Planalto em 2010, o PSDB transformou-se num endereço de conspirações, manobras ilusionistas e golpes de mão para escolher seu candidato à Presidência da República. A maioria dos observadores concorda que, se fossem capazes de se unir, o governador José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, formariam uma chapa quase imbatível para enfrentar a ministra Dilma Rousseff, candidata abençoada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São Paulo e Minas produzem, juntos, 40% do PIB brasileiro. Abrigam 32% da população do país e acumulam uma força política que marca a história do país desde a política café com leite, da República Velha, com aqueles políticos de cartola, cavanhaque e casaca negra.

Mas os deuses e os interesses concretos da política real raramente produzem aqueles movimentos que parecem claros e racionais para o cidadão comum. Em vez de unidos, Serra e Aécio estão cada vez mais separados. Estimulado pelo presidente Lula, que tem um talento peculiar para seduzir rivais e aprofundar a divisão nas fileiras adversárias, em várias ocasiões Aécio deixou no ar a possibilidade de abandonar o PSDB e vestir a camisa do PMDB. Ele chegou a encaminhar consultas informais a integrantes do Tribunal Superior Eleitoral para medir o risco de mudar de partido, cair na cláusula de fidelidade partidária e perder o mandato. Descobriu que a punição era certa. A alternativa é ajudar na criação de um novo partido, que pode receber políticos de outras legendas sem o risco de perda de mandato. Isso já está em andamento.

Sob inspiração de Miro Teixeira (PDT-RJ), um dos mais experimentados políticos de Brasília, auxiliado pelo trabalho de formiga de Silvio Costa (PMN-PE), parlamentar discreto da bancada pernambucana, um grupo de duas dezenas de parlamentares articula, na surdina, uma legenda nova em folha para participar da campanha de 2010. “Não estávamos pensando na sucessão presidencial quando pensamos nesse partido novo”, diz Costa. “Mas, depois que ficaram sabendo, vários deputados ligados ao Aécio me deram total apoio à ideia.”

Um governador próximo de Lula disse a ÉPOCA que está convencido de que “há o dedo de Aécio” nessa articulação. No final de 2008, Aécio admitiu a um dos grandes empresários do país que, caso fosse bloqueado no PSDB, poderia trocar de legenda. Questionado sobre a possibilidade de deixar que Serra disputasse a eleição em 2010, para lhe dar a vaga em 2014, Aécio respondeu: “Meu momento é agora, não daqui a quatro anos. Sou governador de Minas, e estou bem avaliado”.

Miro Teixeira afirma que o projeto do novo partido tem vida própria, não nasceu para auxiliar nenhuma candidatura presidencial, “mas poderá atrair até 80 deputados, se as condições forem favoráveis”. Ele encaminhou uma consulta à Justiça Eleitoral para esclarecer como ficariam as mercadorias indispensáveis numa eleição, como regras de propaganda na TV e acesso aos fundos partidários, indispensáveis numa eleição.

Mesmo nas raras ocasiões em que Serra e Aécio simulam um comportamento de aliados, fica difícil afastar a impressão de que é puro teatro. A mais nova encenação foi produzida na terça-feira, quando o senador Sergio Guerra anunciou que o partido poderá – a palavra-chave é esta: “poderá” – realizar prévias para definir quem será escalado para enfrentar Dilma Rousseff em 2010.

Guerra e os demais líderes tucanos se esforçam para apresentar a prévia como um passo rumo à pacificação do partido. É uma boa intenção. Na prática, é apenas a forma de Serra e Aécio prosseguirem sua guerra por outros meios. A melhor comparação é a seguinte: até agora, os dois travavam uma disputa feia como briga de rua, com rasteiras e garrafadas. Agora, vão lutar boxe. A violência é grande, mas pelo menos os dois poderão ser obrigados a obedecer a algumas regras.

A prévia não tem data marcada para ocorrer. Não se sabe quem poderá votar. Nem se tem a menor ideia das regras que deverão ser obedecidas pelos dois concorrentes. Especula-se que um bom momento seria entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, mas isso é exercício de imaginação. Impossível adivinhar se, até lá, os dois adversários ainda terão interesse em participar de uma disputa interna desse tipo. Aécio agarrou-se à prévia como um argumento legítimo para se livrar de uma situação desconfortável: como contestar a candidatura de um rival com uma vantagem de 300% de intenções de voto? A esperança de Aécio é encontrar-se numa situação mais favorável até o fim do ano. Se isso acontecer, tudo bem. Mas isso pode não acontecer.

Eles vão brigar, brigar e brigar. Depois, acabam juntos”, disse Lula a um senador

19/02/2009 - 20:41 - Atualizado em 19/02/2009 - 23:00
José Serra ou Aécio Neves: quem enfrentará o PT
Líderes do partido abrem possibilidade de prévias como forma de pacificar conflitos internos
Paulo Moreira Leite e Matheus Leitão Com Ivana Moreira, de Belo Horizonte
Alan Marques
ESTRATÉGIA
Dilma e Lula durante encontro com prefeitos, em Brasília. Para ajudá-la em 2010, Lula estimula a guerra entre Aécio e Serra. Chegou a abandonar um projeto que previa o fim da reeleição porque poderia ajudar a pacificar o PSDB

A economia mundial trouxe más notícias para o presidente Lula, para a candidata Dilma Rousseff e para todos os governadores – inclusive José Serra. O desemprego na indústria automobilística é um pesadelo especial em São Paulo, numa área em que a batucada sindical petista costuma fazer barulho com afinação. Mas poucos Estados foram tão atingidos como Minas Gerais, cujo crescimento recente se apoiava na exportação de minério de commodities, que desabaram nos últimos meses e jogaram as receitas do Estado para o fundo do poço.

Embora tenha dito ao jornal Folha de S.Paulo que sua oposição às prévias é um “factoide” forjado pelos inimigos, Serra sempre foi adversário da ideia – por considerar, desde 2002, quando o partido se dividiu na sucessão de Fernando Henrique Cardoso, que elas são mais úteis para dividir o partido do que para fortalecer um candidato. Observadores neutros dizem que a maioria do PSDB está alinhada com Serra não porque tenha uma preferência especial, mas porque ele aparece hoje em posição melhor para derrotar Dilma – e poderá mudar de posição caso a situação se modifique. Interessado em manter a situação como está, Serra evita ondas e marolas. Tem abandonado o tom metálico de muitas de suas intervenções políticas e assumiu uma postura de conciliação. O vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, jamais escondeu sua oposição à proposta de Aécio, do mesmo modo que o secretário de Relações Institucionais, Henrique Lobo.

As prévias foram anunciadas num momento delicado, quando o ex-governador Geraldo Alckmin assumiu uma secretaria no governo de São Paulo e abriu uma perspectiva de convivência e ajuda mútua, útil para todos – menos para Aécio. Entre ataques e contra-ataques, avanços e recuos, ocorreu na Câmara dos Deputados uma reação difícil de definir como coincidência. Num movimento que pegou a maioria da bancada de surpresa, os deputados ligados a Aécio decidiram cimentar uma aliança com o deputado José Aníbal, tucano histórico de São Paulo, que já foi aliado e adversário de absolutamente todas as plumagens do PSDB e tem uma relação especialmente temperamental com Serra. Candidato a líder da bancada pela segunda vez consecutiva, algo então proibido pelo estatuto do partido, Aníbal enfrentava um obstáculo em sua caminhada – a oposição de parlamentares convencidos de que era sua vez de assumir as funções. Antes da nomeação de Alckmin, a maioria da bancada mineira estava fechada contra a reeleição. Depois, os parlamentares de Minas mudaram de postura. Sumiram das conversas de oposição a Aníbal e, no dia da decisão, apoiaram o terceiro mandato, reelegendo-o por 36 votos, enquanto 21 deputados se ausentaram da votação e um votou nulo, como protesto.

Embora Aníbal seja respeitado entre os colegas, duas dezenas de deputados tucanos contestam sua orientação em quase todas as votações. Eles o acusam de ter abaixado a guarda diante do governo, em votações como a da TV Pública e a do imposto sindical. De acordo com essa visão, que mistura teoria conspiratória a argúcia política, Aníbal e seus aliados participam de uma triangulação política sofisticada: aliam-se a Aécio, que, por sua vez, evita qualquer postura agressiva em relação ao Planalto na esperança de entrar na campanha eleitoral como uma espécie de segunda opção de Lula. Nessa situação, Aníbal ocupa um lugar privilegiado. Ele foi colega classe de Dilma Rousseff nos tempos de faculdade. Os dois também estiveram lado a lado numa organização de ultraesquerda que forneceu quadros para a luta armada – e mantêm uma camaradagem que Aníbal passou a exibir com frequência. “Nem todas essas acusações têm origem na disputa entre Serra e Aécio”, afirma Aníbal. Ele diz que diversos deputados considerados aliados de Serra também apoiaram a indicação de seu nome para a liderança do partido. “As críticas são discurso dos perdedores que não conseguiram criar liderança própria.”

Assistindo aos conflitos do camarote dos 84% da aprovação popular, o presidente Lula tem uma estratégia para 2010. Está convencido de que nada seria tão ruim para o governo como a união de Serra e Aécio numa chapa única. Aécio já disse mais de uma vez que não topa. Serra não chegou sequer a cogitá-la. “Mas eles vão acabar se unindo”, disse Lula, em conversa com o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Já nos tempos do sindicalismo, Lula aprendeu a sempre esperar pelo pior – e, aos poucos, trabalhar para mudar a situação. Seus amigos da Câmara chegaram a apresentar um projeto de reforma eleitoral, que suspendia o direito à reeleição e criava o mandato de cinco anos. O debate até embalou, mas o governo abandonou o projeto ao constatar que o fim da reeleição poderia reaproximar Serra e Aécio, abrindo espaço para um acordo envolvendo a cabeça de chapa em 2010 e 2014. E também porque havia interesse de Lula em que a disputa intestina entre Serra e Aécio se alastrasse pelo PSDB e por toda a oposição.


19/02/2009 - 20:41 - Atualizado em 19/02/2009 - 23:00
José Serra ou Aécio Neves: quem enfrentará o PT
Líderes do partido abrem possibilidade de prévias como forma de pacificar conflitos internos
Paulo Moreira Leite e Matheus Leitão Com Ivana Moreira, de Belo Horizonte
A vitrine e a vidraça

Os aspectos de governo que poderão ajudar ou atrapalhar Serra e Aécio em sua disputa

 Reprodução

VITRINE
Com as finanças saneadas, conseguiu mais empréstimos. Com operações financeiras, medidas fiscais e economia, terá R$ 20,6 bilhões para investir

Deve entregar o trecho sul do Rodoanel (ligação entre as rodovias que chegam a São Paulo) e a ampliação de três linhas de metrô em 2010

Promete 44 novos presídios e dobrar o total de escolas técnicas

VIDRAÇA
São Paulo não cumpriu as metas para melhorar o ensino. O índice de reprovação no ensino médio subiu de 9% para 17%

Os presídios de São Paulo continuam superlotados: têm 50% mais presos do que poderiam ter

Encaminhou lei que abre caminho para a criação de cobrança de pedágio urbano

VITRINE
Acabou com o deficit orçamentário de R$ 2,4 bilhões e deverá investir R$ 11 bilhões neste ano, o maior valor da história do Estado

Com as finanças saneadas, voltou a poder contratar empréstimos internacionais

Planeja inaugurar até 2010 um novo Centro Administrativo, projetado por Oscar Niemeyer, e uma via expressa que ligará Confins ao centro de Belo Horizonte

VIDRAÇA
Minas Gerais registrou queda nos principais indicadores de avaliação do ensino

O sistema de remuneração por desempenho para o funcionalismo é pouco aplicável em alguns setores

Nas regiões mais carentes do Estado, há escolas que estão administradas com apenas R$ 0,11 por aluno por dia

 Reprodução
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI27358-15223-1,00-JOSE+SERRA+OU+AECIO+NEVES+QUEM+ENFRENTARA+O+PT.html

segunda-feira, 4 de maio de 2009

CAMPEÃO MINEIRO - 2009!!!



Futebol Nacional » Campeonato Mineiro

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04/05/2009 03h00

Clique na imagem ao lado e assista ao clipe produzido pela equipe de O TEMPO online.
(Você poderá baixar este clip em três versões, logo abaixo.)

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Ouça abaixo a versão exclusiva do hino do Cruzeiro, gravada pelo violeiro Ilton Mourão e pelo percussionista Léo Batera:


Download do hino

Fonte: http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=18191

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