sábado, 10 de julho de 2010

"Kit" Goleiro Bruno

Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=145661,OTE

Marcas do GRE na "casa de matar"

Flagrante
Logomarca da tropa de elite foi esculpida na terra e há vários tipos de munição
Publicado no Jornal OTEMPO em 10/07/2010
THÉO MOTTA
FOTO: FOTOS OSWALDO RAMOS
Suspeito. No contêiner dentro do sítio de Bola, a reportagem flagrou partes de manequins usados como alvos de treinamento de tiros; vários galões estavam no local improvisado com pedaços de madeira
FOTOS OSWALDO RAMOS
Galeria de fotos
Alvejado. Marcados de tiros, carros sem placa estavam abandonados no terreno de ex-policial civil
OSWALDO RAMOS/O TEMPO
No sítio em Esmeraldas, havia grande quantidade de munição
OSWALDO RAMOS/O TEMPO
estava marcada em tambores espalhados pelo lugar
OSWALDO RAMOS/O TEMPO
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OSWALDO RAMOS/O TEMPO
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OSWALDO RAMOS/O TEMPO

Um lugar ermo, no meio de uma mata e conhecido como "casa de matar". O sítio de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza Samudio, talvez seja o ponto de partida para investigações de um histórico de crimes macabros cometidos por um grupo de extermínio. Além de Bola, entre os criminosos, estariam homens da tropa de elite da Polícia Civil.

As denúncias de que o sítio era usado como centro de treinamento do Grupo de Resposta Especiais (GRE) foram confirmadas pela reportagem de O TEMPO que, ontem, entrou na propriedade no bairro Coqueirais, em Esmeraldas. Também há denúncias de que, no local, tenham ocorrido cerca de 50 assassinatos.

No terreno do ex-policial civil, exonerado há 18 anos, há uma série de indícios que tornam o lugar, no mínimo, suspeito. Um contêiner com a logomarca da Polícia Civil e da antiga Secretaria de Segurança Pública está fechado com cadeados.

Por uma pequena janela, foi possível observar estruturas de madeira, que parecem servir como camas. Há vários manequins usados como alvos para a prática de tiro. Alguns, ainda não utilizados.

Dois veículos sem placas e repletos de marcas de tiros integram o cenário. Em um barranco, a sigla GRE foi desenhada na terra. A profundidade da marca chama a atenção, assim como uma cabeça de boi pendurada em um pedaço de madeira.

Mais à frente, vários pneus estão dispostos - como paredes - para formar cômodos improvisados. Em um deles, caixas cheias de munição deflagrada. Há cartuchos de pistolas de vários calibres, e até de fuzil. Havia galões espalhados. Poucos passos depois, a reportagem encontrou outra grande quantidade de pneus.

O caminho do sítio que adentra a mata é todo de areia fofa, marcado por muitas pegadas - o que dá a entender que o local foi frequentado recentemente.

Bola é acusado de matar a ex-namorada do goleiro Bruno com requintes de crueldade. Os métodos seriam os mesmos usados contra outras vítimas, conforme denúncias feitas à reportagem por um agente da Polícia Civil: primeiro a pessoa era esquartejada, depois queimada dentro de pneus. Restos que sobravam eram dados para cachorros.

Explicações. Na quinta-feira, a assessoria da Polícia Civil havia negado que o sítio de Bola tenha sido usado para treinamento do GRE. No entanto, ontem, após reportagem publicada por O TEMPO, a corporação voltou atrás.

Em nota, a polícia informou que o "sítio alugado por Bola foi usado para treinamento de policiais do GRE em 2008 e meados de 2009, por meio de cessão gratuita. O espaço deixou de ser utilizado quando a Corregedoria Geral de Polícia recebeu uma denúncia, em 2009, de que um crime havia ocorrido no local no ano anterior. O caso está sendo investigado."

Mas, segundo os vizinhos, o local continua movimentado. Moradores afirmam que costumam ouvir tiros vindos do sítio. O último barulho teria ocorrido há 15 dias. As testemunhas também revelaram a presença constante de policiais no local. O sítio de Bola também seria palco de festas nos fins de semana.

O ex-policial tem uma vida marcada por confusões. Ele foi acusado por furto, extorsão, formação de quadrilha e por porte ilegal de armas.

Perguntas que precisam ser respondidas pela polícia - O que objetos da Polícia Civil faziam no sítio? - Por que o GRE usou o sítio de um policial exonerado e com ficha criminal para treinamento? - Por quais motivos o local ainda abrigava grande quantidade de munição? - Qual a relação de Bola com agentes os do GRE? - Qual o andamento das investigações da Polícia Civil sobre a atuação de um suposto grupo de extermínio? - Por que Bola, que é amigo de policiais, foi o único dos detidos a usar um capuz para esconder o rosto ao chegar na delegacia na quinta-feira?

Investigação.
Inquérito do GRE está parado
Em 2009, agentes foram surpreendidos quando iriam matar uma pessoa

Apesar da gravidade das denúncias que envolvem policiais de elite do Grupo de Resposta Especial (GRE), o inquérito encontra-se parado na corregedoria da Polícia Civil desde outubro do ano passado. Aproximadamente dez dos 22 agentes que faziam parte do GRE em 2009 são acusados de irregularidades, como compra fraudulenta de veículos, extorsão, ameaças de morte e ação em grupo de extermínio.

A reportagem de O TEMPO obteve detalhes sobre as denúncias. Em 5 de fevereiro do ano passado, dois integrantes do grupo foram surpreendidos por policiais militares em Contagem. Eles se preparavam para matar uma pessoa, mas fugiram e abandonaram o veículo em que estavam, um Fiat Uno Preto, que, segundo dados do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), até hoje está apreendido.

Segundo registro da polícia, o carro foi avistado parado em um ponto de tráfico de drogas no bairro Urca, divisa de Contagem com Belo Horizonte. No boletim consta que, ao ser abordado, o motorista do Uno teria fugido.

Ainda segundo a ocorrência, o condutor praticou "direção perigosa, contramão e subiu no meio-fio", até o bairro Confisco, na região da Pampulha, onde o motorista parou e conseguiu fugir. Não consta no registro militar o nome de nenhum proprietário de veículo, uma vez que o automóvel está financiado por um banco.

Segundo o site do Detran, o veículo possui registradas três multas: uma na capital e duas em Contagem, todas por excesso de velocidade. Somadas, as multas chegam a R$ 297,95. Todas as autuações foram tomadas entre os dias 4 e 17 de janeiro do ano passado.

Um dos integrantes do grupo de extermínio seria Gilson Costa, que foi transferido do GRE para o Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp). Ele é vizinho de Bola, em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte.

Os dois seriam amigos, tanto que, assim que soube que seria preso, Bola teria ligado para Gilson contando que iria se matar. Gilson, Bola e cerca de outros oito policiais do GRE estariam envolvidos no grupo de extermínio. O caso foi denunciado por Júlio Monteiro no ano passado, quando ainda era inspetor do GRE. A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito que encontra-se com o promotor Alexandre Campbell, mas não há informações claras sobre o andamento das investigações. A maioria dos policiais que eram do GRE até o ano passado foi transferida para outras delegacias da capital, inclusive Júlio Monteiro, que atua na Seccional Noroeste.

Comando teve cinco delegados A disputa pelo poder rachou o Grupo de Resposta Especial (GRE), considerado a tropa de elite da Polícia Civil. Desde a sua criação, pelo menos cinco delegados estiveram à frente da unidade. Atualmente, o grupo é comandada por Élcio Sá Bernardes, que não comenta sobre as denúncias. O GRE cresceu e acabou despertando o interesse de muitos policiais. Contudo, apenas 30 entre 10 mil homens conseguem fazer parte da corporação. Fuzis, submetralhadoras, espingardas calibre 12 e pistolas calibre 40 integram o armamento. São dez viaturas e um helicoptero. (TM)

FOTO: alex de jesus
Grupo de Resposta Especial (GRE) é considerado a tropa de elite da Polícia Civil de Minas Gerais
alex de jesus
Denúncias mancharam imagem de tropa de elite

Denúncias de compra fraudulenta de veículos, extorsão e até crimes de ameaças e ação de um grupo de extermínio mancharam a imagem do Grupo de Resposta Especial (GRE), criado em 2004 para ser uma espécie de tropa de elite da Polícia Civil de Minas.

As acusações estão sendo apuradas pela Corregedoria Geral da Polícia Civil. O Ministério Público acompanha as denúncias, a pedido da Comissão de Direitos Humanos.

Escolhidos a dedo, delegados, inspetores, subinspetores e agentes que integram o GRE têm issões de alto risco, que exigem treinamento especializado.

De acordo com a Polícia Civil, os únicos endereços utilizados para treinos do GRE ficam nos bairros Taquaril, na região Leste, e Gameleira, na parte Oeste da capital. Nesse último está localizada a Academia de Polícia do Estado de Minas Gerais (Acadepol). (TM)


Belo Horizonte
Ministério Público... E também cadê o Deputado Durval ângelo, defensor dos "Frascos e comprimidos"??? Será que não vão apurar TODAS as denúncias??? Será que somente "Enchergam" o que lhes é favorável??? BRASIL! A LEI deveria ser DURA para todos, inclusive para assassinos que pressupõe-se estariam em defesa das LEIS!!! CADEIA nos Criminosos com distintivo. "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Rui Barbosa)


10/07/2010 - 13h56




10/07/2010 - 13h10
Mário Sebastião Cordeiro Alves
Turmalina
Onde estava a o comando da pplícial civil e outras autoridades? Se já era uma "casa de matar" qual providência teria sido tomada? Incompetentes...


10/07/2010 - 12h27




10/07/2010 - 11h59
Célio Lima
Uberlândia
parabéns a toda equipe do Tempo por esse furo jornalístico. vocês foram na mosca de muitos graves problemas e mentiras de minas gerais.





10/07/2010 - 11h33
JULIO CESAR
GOVERNADOR VALADARES
PARABÉNS AO JORNAL O TEMPO. SOMENTE ESSE RESPEITADO JORNAL PODE FAZER AS COISAS ACONTECEREM E ACORDAR AS AUTORIDADES DE MINAS GERAIS. ESSE CASO DO GRE É APENAS UMA MINÚSCULA PONTA DE UM NEBULOSO AICEBERG. CADÊ OS PROMOTORES DE MINAS GERAIS? O JUDICIÁRIO? CADÊ TODO MUNDO DE BEM? PARABÉNS O TEMPO. REVOLTA DE UM CIDADÃO.


10/07/2010 - 10h55
Tuiuiu
Bh
O Bruno e a Samudio são as primeiras consequencias de uma geração de filhos abandonados pelos pais que estão sem rumo agora adultos ! Será uma geração que mostrará a sociedade o quanto é pesado viver sem raizes ou seja , viver por viver qual animal irracional já que não teem referencias paternas para se basearem e formar seu carater!

10/07/2010 - 10h35
senio de alcino gomes
caratinga
cade a explicacao da policia civil




10/07/2010 - 10h21
paula
contagem
Essa turma do GRE certamente não presta. Havia previsão legal para a existência dessa GRE ou é informal? Existe um princípio na administração pública denominado PUBLICIDADE. Muitos desaparecimentos e outros crimes não solucionados podem ser esclarecidos. Cadê o governo do estado ou melhor da "Colômbia"?

I

10/07/2010 - 09h16
w
Belo Horizonte
Acredito que apesar dos excepcionais Policiais que existem na PC Mineira, existe uma parte "Podre", que precisa ser ELIMINADA. Em todas as instituições existem pessoas de má índole, mas, quem tem o dever CONSTITUCIONAL de nos proteger, que é pago com o dinheiro dos contribuintes, ficar fazendo parte de grupos de extermínio, macumunados com pessoas envolvidas em CRIMES é demais para serem ditos que são POLICIAIS. O Dever deles é nos SERVIR E PROTEGER!!! Apuração com rigor e punição para os possíveis envolvidos. A Disciplina e a MORAL é essencial. Se não confiarmos em nossas Polícias, vamos confiar em quem?


10/07/2010 - 09h11
MARCIO EUSTAQUIO VIEIRA
BELO HORIZONTE
É BRUNO, O FERROLHO MINEIRO ESTÁ APERTADO???. NÃO ESPERAVA ENCONTRAR UMA POLÍCIA TÃO COMPETENTE, NÉ!!. SE O CORPO DA ELIZA FOI INSINERADO, MESMO ASSIM AS PROVAS CONTIDAS NO INQUÉRITO, PROVAS TÉCNICAS, DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS, A PRÓPRIA ELIZA, ATRAVÉS DE UM VÍDEO, A SUA FICHA POLICIAL QUE NÃO MUITO LIMPA, JÁ SÃO SUFICIENTES PARA DEIXÁ-LO, NO MÍNIMO OS VINTE ANOS NA TRANCA. ESTOU FALANDO SÓ NO ASSASSINATO, PREMEDITADO, DA ELIZA. AINDA TEM: FORMAÇÃO DE QUADRILHA, SEQUESTRO, CÁRCERE PRIVADO E CORRUPÇÃO DE MENORES.(MÁRCIO CARECA DA CONCÓRDIA)

Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=145622,OTE


10/07/2010 - 07h33
carlos
bh
por que esta parada a investigação ? COOPORATIVISMO

paula
contagem
Investigar toda essa podridão é obrigação legal do Ministério Público - MP. Os promotores(as) do MP ganham muito bem para fazer isso. Até agora o MP não disse nada. Cadê a coragem? mostrem que vocês não querem apenas mamar, ganhar R$20mil/mes e ter férias de 3 mes
Marco
Betim
Eu queria acreditar que esta investigação resultase em alguma coisa, mas com toda sinceridade não acredito. Dificilmente vai aparecer algum delegado que tenha coragem de investigar a fundo os policiais civis. Existe um grande corporativismo e principalmente o medo. Tanta historia envolvendo policiais civis e eu não me lembro de nenhum que foi eslarecido. Se voltarmos um pouco atras no tempo vamos nos lembrar do medo de Fernandinho Beira-mar em voltar a Minas pois segundo ele temia ser morto por policiais civis. Agora um homem de alta periculosidade e com inimigos por todas as partes so tem medo de vir para Minas, imagina os pais de familia que precisam invetigar estes policiais!
es por ano.