Fonte: Blog da Renata
FABRICIANO
– O delegado de polícia aposentado e atual presidente da Câmara de
Vereadores de Coronel Fabriciano, Francisco Pereira Lemos, disparou
críticas gravíssimas contra o Delegado Regional de Polícia Civil João
Xingó, em entrevista coletiva à imprensa regional, na manhã desta
quarta-feira (7), no plenário do legislativo. Ele afirmou com todas as
letras que “a polícia civil do Vale do Aço é corrupta” e que “Xingó é
bandido. Esmurrando a mesa, ele insistiu: “Pode publicar, sou eu que
estou falando. O João Xingó é bandido”.
Ao registrar que somente no último ano os crimes cometidos em Coronel Fabriciano cresceram 84.36%, com quase 50 homicídios, Lemos acusou a Polícia Civil de se manter “fora dos parâmetros que moldam uma polícia séria e ética, que efetivamente quer combater a criminalidade”. Para o ex-delegado, a criminalidade chegou a índices assustadores “por causa da corrupção que existe hoje dentro da Polícia Civil”.
O delegado aposentado disse que “os inquéritos policiais, principalmente de Coronel Fabriciano, são tendenciosos para satisfazer interesses pessoais de determinados policiais e não para resolver o problema efetivo de apuração dos casos”. Garantiu que “em momento adequado para o MP e para a justiça, que estão instaurando um procedimento, eu vou provar quais são os inquéritos em que a Polícia Civil atuou de forma tendenciosa e que levou inocentes para a cadeia, enquanto marginais ficaram na rua”.
O clima entre Lemos e Xingó esquentou, segundo seu relato, após procurar delegados para buscar uma resposta, tendo em vista que “diariamente eu recebo denúncias de pessoas que se sentem vítimas da corrupção policial”. Segundo ele, “os delegados me disseram que o João Xingó recebe parte do dinheiro que é capitalizado com a corrupção”. O mais grave é que Lemos diz que esta confirmação veio do próprio Xingó: “Em minha casa, quando o recebi para tratarmos deste assunto, ele me disse que por estar se aposentando teria que fazer um caixa”.
Perseguição a tenente
Ainda segundo Lemos, o tenente PM Freitas estaria sendo perseguido pela Civil por combater a corrupção, primeiro em Ipatinga e depois em Fabriciano. Foi ele quem realizou a prisão, em Ipatinga, da advogada acusada de pagar propina pela libertação de um cliente. E também quem prendeu, em Timóteo, Natanael Alves de Abreu por posse de sete papelotes de cocaína. Nos últimos dias, o oficial da Polícia Militar foi acusado de ter torturado Natanael em Fabriciano. Conforme o delegado aposentado, “o rapaz me contou que na Delegacia de Ipatinga foi negociada a liberação dele mediante pagamento de R$ 5 mil, mas como ele não tinha essa quantia o valor caiu para R$ 3 mil. A Polícia Civil deixou que ele saísse para buscar o dinheiro, mas ele fugiu. Cinco dias depois, ele foi localizado e cobrado novamente”. Nesta ocasião, conforme teria dito Natanael, como não tinha dinheiro, ele foi coagido a mudar seu depoimento, acusando o PM de torturá-lo.
“É isso que a Civil faz, traficante nenhum está indo para a cadeia. A PM prende e eles não fazem a parte que precisa”, disparou Lemos, acrescentando que “o tenente Freitas vem combatendo na cidade um traficante que não sei por que a Polícia civil não mantém preso. Esse PM está pagando um alto preço por isto”.
Cabeça na casa de capitão
Lemos disse ainda que resolveu procurar o Delegado Regional João Xingó exigindo providências. “Mas dentro do gabinete ele me disse que o Tenente Freitas havia atravessado o caminho da Polícia Civil e tinha que pagar um preço”. Segundo Lemos, nesta ocasião Xingó disse que tinha um recado para o tenente, revivendo um crime chocante que ocorreu em Ipatinga, em 2008. Xingó teria dito: ‘Nós já mandamos uma cabeça para a casa de um capitão e nós vamos matar a família dele’. Depois de ouvir isso, Lemos concluiu: “Nisso cheguei à conclusão de que não estava conversando com polícia não, mas com um bandido”.
“Ele terá que provar na Corregedoria”, diz Xingó
No final da tarde desta quarta-feira (7), o Delegado Regional João Xingó rebateu em coletiva as acusações feitas por Lemos. Ele disse que conhece o vereador há muitos anos e que já recebeu diversos elogios vindos dele. “Depois disso, da noite para o dia eu me torno um marginal, um bandido. Eu tenho minha consciência tranquila. Existe uma Corregedoria de Polícia que deverá apurar se por ventura eu, meus delegados ou meus detetives praticou algum ato ilícito como o ex-delegado afirmou”.
Dizendo-se pego de surpresa com as declarações, o Delegado Regional ressalta que “é necessário que sejam apresentadas provas cabais e irrefutáveis com referência a isto”.
“Estou na polícia Civil há 33 anos sem responder nenhuma sindicância por desvio de conduta. E os meus policiais que estão em Coronel Fabriciano vêm fazendo um trabalho que acredito que esteja desagradando alguns interesses talvez até políticos de alguém daquela região”, declarou Xingó.
Perguntado sobre a acusação de que ele estaria se aposentando e fazendo um caixa, Xingó rebateu: “Eu tenho uma casa financiada que comprei em Timóteo; faltam 15 anos para ser quitada. Tenho uma van comprada em 2009 usada pela minha esposa para o transporte escolar. E tenho um Palio 2006. Cabe à Corregedoria de Polícia averiguar se eu tenho um patrimônio maior que o condizente com aquilo que eu ganho”.
Por fim, Xingó disse que irá abrir um processo contra Lemos: “O ônus da prova cabe a quem acusa. Não sei porque ele fez tudo isso, mas não entrarei nesse jogo. E ele tem interesse políticos ali naquela região”, encerrou.
Ao registrar que somente no último ano os crimes cometidos em Coronel Fabriciano cresceram 84.36%, com quase 50 homicídios, Lemos acusou a Polícia Civil de se manter “fora dos parâmetros que moldam uma polícia séria e ética, que efetivamente quer combater a criminalidade”. Para o ex-delegado, a criminalidade chegou a índices assustadores “por causa da corrupção que existe hoje dentro da Polícia Civil”.
O delegado aposentado disse que “os inquéritos policiais, principalmente de Coronel Fabriciano, são tendenciosos para satisfazer interesses pessoais de determinados policiais e não para resolver o problema efetivo de apuração dos casos”. Garantiu que “em momento adequado para o MP e para a justiça, que estão instaurando um procedimento, eu vou provar quais são os inquéritos em que a Polícia Civil atuou de forma tendenciosa e que levou inocentes para a cadeia, enquanto marginais ficaram na rua”.
O clima entre Lemos e Xingó esquentou, segundo seu relato, após procurar delegados para buscar uma resposta, tendo em vista que “diariamente eu recebo denúncias de pessoas que se sentem vítimas da corrupção policial”. Segundo ele, “os delegados me disseram que o João Xingó recebe parte do dinheiro que é capitalizado com a corrupção”. O mais grave é que Lemos diz que esta confirmação veio do próprio Xingó: “Em minha casa, quando o recebi para tratarmos deste assunto, ele me disse que por estar se aposentando teria que fazer um caixa”.
Perseguição a tenente
Ainda segundo Lemos, o tenente PM Freitas estaria sendo perseguido pela Civil por combater a corrupção, primeiro em Ipatinga e depois em Fabriciano. Foi ele quem realizou a prisão, em Ipatinga, da advogada acusada de pagar propina pela libertação de um cliente. E também quem prendeu, em Timóteo, Natanael Alves de Abreu por posse de sete papelotes de cocaína. Nos últimos dias, o oficial da Polícia Militar foi acusado de ter torturado Natanael em Fabriciano. Conforme o delegado aposentado, “o rapaz me contou que na Delegacia de Ipatinga foi negociada a liberação dele mediante pagamento de R$ 5 mil, mas como ele não tinha essa quantia o valor caiu para R$ 3 mil. A Polícia Civil deixou que ele saísse para buscar o dinheiro, mas ele fugiu. Cinco dias depois, ele foi localizado e cobrado novamente”. Nesta ocasião, conforme teria dito Natanael, como não tinha dinheiro, ele foi coagido a mudar seu depoimento, acusando o PM de torturá-lo.
“É isso que a Civil faz, traficante nenhum está indo para a cadeia. A PM prende e eles não fazem a parte que precisa”, disparou Lemos, acrescentando que “o tenente Freitas vem combatendo na cidade um traficante que não sei por que a Polícia civil não mantém preso. Esse PM está pagando um alto preço por isto”.
Cabeça na casa de capitão
Lemos disse ainda que resolveu procurar o Delegado Regional João Xingó exigindo providências. “Mas dentro do gabinete ele me disse que o Tenente Freitas havia atravessado o caminho da Polícia Civil e tinha que pagar um preço”. Segundo Lemos, nesta ocasião Xingó disse que tinha um recado para o tenente, revivendo um crime chocante que ocorreu em Ipatinga, em 2008. Xingó teria dito: ‘Nós já mandamos uma cabeça para a casa de um capitão e nós vamos matar a família dele’. Depois de ouvir isso, Lemos concluiu: “Nisso cheguei à conclusão de que não estava conversando com polícia não, mas com um bandido”.
“Ele terá que provar na Corregedoria”, diz Xingó
No final da tarde desta quarta-feira (7), o Delegado Regional João Xingó rebateu em coletiva as acusações feitas por Lemos. Ele disse que conhece o vereador há muitos anos e que já recebeu diversos elogios vindos dele. “Depois disso, da noite para o dia eu me torno um marginal, um bandido. Eu tenho minha consciência tranquila. Existe uma Corregedoria de Polícia que deverá apurar se por ventura eu, meus delegados ou meus detetives praticou algum ato ilícito como o ex-delegado afirmou”.
Dizendo-se pego de surpresa com as declarações, o Delegado Regional ressalta que “é necessário que sejam apresentadas provas cabais e irrefutáveis com referência a isto”.
“Estou na polícia Civil há 33 anos sem responder nenhuma sindicância por desvio de conduta. E os meus policiais que estão em Coronel Fabriciano vêm fazendo um trabalho que acredito que esteja desagradando alguns interesses talvez até políticos de alguém daquela região”, declarou Xingó.
Perguntado sobre a acusação de que ele estaria se aposentando e fazendo um caixa, Xingó rebateu: “Eu tenho uma casa financiada que comprei em Timóteo; faltam 15 anos para ser quitada. Tenho uma van comprada em 2009 usada pela minha esposa para o transporte escolar. E tenho um Palio 2006. Cabe à Corregedoria de Polícia averiguar se eu tenho um patrimônio maior que o condizente com aquilo que eu ganho”.
Por fim, Xingó disse que irá abrir um processo contra Lemos: “O ônus da prova cabe a quem acusa. Não sei porque ele fez tudo isso, mas não entrarei nesse jogo. E ele tem interesse políticos ali naquela região”, encerrou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário