quarta-feira, 28 de março de 2012

Polícia Civil mantém estratégia a ‘sete chaves’

Ao tomar posse, o novo chefe da corporação, Cylton Brandão da Matta, disse que “vai trabalhar” para conter o avanço da criminalidade em Minas
Wellington Pedro/Imprensa MG
Cylton
Delegado Cylton da Matta fez um discurso evasivo nesta terça-feira (27)

Em sua primeira entrevista coletiva como novo chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, o ex-corregedor-geral Cylton Brandão da Matta disse apenas que “vai trabalhar” para conter o avanço da criminalidade e na articulação do processo de integração entres as polícias Militar e Civil. Porém foi evasivo na apresentação de propostas para conseguir seu intento. Ele foi empossado nesta terça-feira (27), em solenidade no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. O policial assume a vaga de Jairo Léllis, que deixou o cargo na semana passada.
Cylton da Matta também reconheceu a importância de mais investimentos na corporação, na comparação com os recursos recebidos pela Polícia Militar, e reiterou a necessidade de melhorias. Questionado sobre a crescente violência no Estado, comprovada pelas estatísticas de criminalidade, ele chegou a dizer que tem “novidades”, mas não revelou nenhuma ação concreta que será feita pela polícia.
“Tenho que tomar pé da situação para que possamos dizer à sociedade mineira que estamos trabalhando, que pretendemos resolver e diminuir, principalmente, a criminalidade violenta”, disse o novo chefe da Polícia Civil. O quadro atual mostra que os indicadores de crimes violentos aumentaram 10% em 2011, na comparação com o ano anterior.
Cylton Brandão da Mata ingressou na Polícia Civil em 1986, como delegado. Ele atuou como titular em sete comarcas de Minas e foi coordenador da Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte de 1996 e 1999.
Além dele, o governador Antonio Anastasia também empossou a delegada-geral Maria de Lurdes Camilli, ex-chefe do 5º Departamento, que vai ocupar a vaga do chefe-adjunto de Polícia Civil, Jésus Trindade Barreto Júnior.
Camilli é a primeira mulher a integrar a cúpula da corporação. Segundo ela, para melhorar o combate à criminalidade no Estado, é preciso, em primeiro lugar, trabalhar com a autoestima dos policiais mineiros. Segundo ela, eles estão “completamente desmotivados”.
“Nós temos que olhar a pessoa, o ser humano, o homem, porque a organização sem esse homem não é organização. Temos que primar pela qualidade da percepção criminal. Ou seja, com um inquérito bem feito, bem elaborado e uma investigação bem produzida, via de consequência, lá na frente o cidadão vai ser punido”, afirmou Maria de Lurdes Camilli.



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