Recursos são para as áreas de infraestrutura rodoviária, mobilidade urbana e segurança pública
MAURICIO DE SOUZA - 27/07/2011
Estado pretende alavancar o desenvolvimento das áreas do entorno do vetor Norte da capital
Com uma dívida com a
União de R$ 62,1 bilhões, o governo estadual pediu autorização à
Assembleia de Minas para contrair empréstimos de R$ 3,1 bilhões para
investimentos, que não serão feitos com recursos próprios. Como já
adiantou o Hoje em Dia, os recursos são para aportes
nas áreas de infraestrutura rodoviária, mobilidade urbana e segurança
pública. O dinheiro será destinado à redução do índice de criminalidade
violenta, garantia de segurança na Copa de 2014 e construção de estradas
em regiões consideradas centros econômicos do Estado.
O secretário-adjunto da Fazenda, Pedro Meneguetti, chegou a admitir, no
texto do projeto de lei encaminhado aos parlamentares, que a
administração paga R$ 4,2 bilhões por ano somente com os encargos da
dívida, ou seja, juros e amortizações. Mas o secretário informa que o
Estado tem dinheiro para pagar a nova dívida, já que as receitas anuais
são da ordem de R$ 22 bilhões. Grande parte desse recurso, no entanto, é
destinada ao pagamento de pessoal. O valor total da dívida mineira é da
ordem de R$ 62,1 bilhões.
O governo estadual informou à Assembleia que tentou contrair
financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
porém, a entidade se recusou a fornecer recursos em 2012. A saída da
administração do governador Antonio Anastasia (PSDB) foi recorrer a
outros organismos de fomento. Obteve êxito junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Corporação Andina de
Fomento (Caf). O BID ainda contribuiu, mas com um valor pequeno frente
ao pleiteado pelo Estado. Dos R$ 3,1 bilhões em empréstimos a serem
contratados, o Banco Interamericano irá disponibilizar R$ 145,6 milhões.
“A alteração ora proposta deve-se a alteração de escopo da operação em
contratação junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, uma vez
que este agente financiador demonstrou, após as negociações,
disponibilidade para empréstimo para o setor rodoviário apenas a partir
do exercício 2013”, diz trecho da justificativa ao projeto de lei
apresentada por Meneguetti.
O secretário ainda negou que o Estado não tenha recursos para os
investimentos. “Não se deduza dessa afirmativa que o governo de Minas
Gerais irá se eximir da responsabilidade de investir no setor com
recursos próprios”, completou Meneguetti. Segundo ele, mais
investimentos estão previstos no orçamento.
A assessoria de comunicação da secretaria informou que as obras não
serão realizadas com recursos próprios porque os financiamentos, com
condições atrativas, representam a oportunidade de ampliação de
investimentos.
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