quinta-feira, 12 de abril de 2012

A face tecnológica do Estado de Minas Gerais

O Governo de Minas Gerais tem batido na tecla de que o estado precisa incentivar a criação de empregos de qualidade. Nesse sentido, alguns polos de excelência são incentivados, como esse no entorno do aeroporto internacional de Confins, em relação à indústria da aviação. Na quarta-feira (11), noticiamos que a Gol consolida seu centro de manutenção de aeronaves em Confins ao conseguir permissão para prestar serviços a outras companhias.
As exportações mineiras sempre foram concentradas em commodities, como minério e café, que trazem divisas, sempre bem-vindas, mas que colocam o estado no ranking das economias menos desenvolvidas.
As exportações de produtos com alto valor agregado, embora incipientes, começam a se destacar, como mostramos hoje através de dados divulgados pela Fundação João Pinheiro.


A pauta de exportação de produtos de intensivo conhecimento, como os fármacos e biotecnológicos, já atingem a cifra de quase US$ 4 bilhões. Alguns nichos têm crescido significativamente, a exemplo de bovinos e cavalos de raça pura, uma das tecnologias mais conhecidas do Triângulo Mineiro.

Também se destacaram os produtos da indústria mecânica, elétrica e instrumentos de precisão, com aumento de 28,2% nas exportações. E os produtos biotecnológicos voltados para saúde humana e animal, fármacos e químicos, vendidos para países da América Latina, Estados Unidos, África e Oriente Médio.

Em muitos casos, um container com produtos de alta tecnologia tem valor em dólares bem superior a um navio inteiro de minério de ferro. Essa relação é demonstrada em números. Conforme a Fundação João Pinheiro, nos últimos dois anos a representatividade das exportações tecnológicas começou a fazer diferença de fato nas relações de troca entre Minas Gerais e outros países parceiros.

Em alguns segmentos, Minas lidera a produção no Brasil, como na fabricação de válvulas cardíacas, lentes intraoculares e aparelhos de raio-X para diagnóstico médico.

A pouca escala justifica da indústria sem chaminé justifica um apoio oficial na medida em que o novo produto tem uma curva inicial para maturação. Foi o caso do álcool combustível, que, no início, tinha preço de produção três vezes superior ao da gasolina. Hoje, o país detém a tecnologia para o etano, setor que tem se expandido bastante em Minas.

Um exemplo de parceria vitoriosa entre a União e o governo mineiro promete alavancar a economia do Triângulo. A Petrobras confirmou um investimento de US$ 1,3 bilhão na unidade de fertilizantes nitrogenados em Uberaba. Para tocar a planta, a Gasmig vai investir R$ 750 milhões para interligar Uberaba ao gasoduto Brasil-Bolívia, levando energia barata e limpa ao empreendimento, que vai tirar o país da condição de quarto maior importador de amônia, composto químico essencial para uma maior produtividade das culturas de milho, cana de açúcar, café, algodão, soja e laranja, produzidas lá mesmo no Triângulo.

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