MÁBILA SOARES
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Cerca de 200 pessoas, entre oficiais de Justiça, juizes, advogados e
deputados fizeram uma grande manifestação, na tarde de quarta-feira
(30), em frente ao prédio da Justiça Federal, na avenida Álvares Cabral,
no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital. O grupo
protestou contra à falta de segurança e de apoio das autoridades do
Poder Judiciário aos oficiais de justiça, tendo em vista os riscos
diários que a classe enfrenta no exercício da função.
Familiares e amigos de Daniel Norberto da Cunha, de 54 anos, encontrado
morto dentro do próprio carro, nessa segunda-feira, em Contagem, na
região metropolitana, também participaram do protesto. Vestindo camisas
com a palavra "Basta", o grupo protestou e prestou uma homenagem ao
colega. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder
Judiciários Federal no Estado de Minas Gerais (SITRAE/MG).
Segundo Welington Gonçalves, oficial de justiça da Justiça Federal e
presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Minas
Gerais (Assojaf/MG), eles trabalham diariamente com o sentimento de
insegurança. "A própria natureza da nossa profissão já é um risco. A
gente está exposto aos riscos e as autoridades não se sensibilizam em
relação a isso. Não nos fornecem coletes, não temos porte de arma, não
temos direito à aposentadoria especial”, afirma.
A manifestação contou com a participação de oficiais da Justiça
Federal, da Justiça do Trabalho e da Justiça Estadual, além de
advogados, juizes e outros servidores do Poder Judiciário. O deputado
Délio Malheiros também apoiou o protesto, assim como os deputados
Rogério Correia e Durval Ângelo, que mandaram representantes.
A manifestação ocorreu de forma pacífica e não comprometeu o trânsito na região.
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