Edison Temoteo/AE
Uma
base da 2ª Companhia do 38º Batalhão da PM, na avenida Luís Pires de
Minas, em São Mateus, zona leste da capital paulista, foi alvo de
atiradores às 23h30 de quarta-feira (20). A base fica a 3 km da academia
onde um soldado da Cavalaria da PM foi morto a tiros por seis homens
que invadiram o local
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro, afirmou que há
indícios de que os ataques contra policiais militares, registrados desde
o último domingo, tenham sido realizados por adolescentes. A declaração
foi dada, nesta sexta-feira (22), durante entrevista a Rádio
Bandeirantes.
De acordo com Carneiro, muitos menores atuam de “forma autônoma e sem
comando”. Questionado se os ataques teriam relação com a facção
criminosa que atua a partir dos presídios de São Paulo, o delegado
respondeu que não há um indicativo positivo, mas que esta hipótese
também é trabalhada.
Sobre os rumores de que haveria uma meta para executar 12 PMs,
Carneiro confirmou que esta informação chegou à polícia, mas sem
consistência . O delegado afirmou que não há motivos para a sociedade
ficar alarmada e ressaltou que os casos estão sendo investigados.
Enfatizou ainda que o DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa)
vai dar uma resposta para a sociedade “dentro dos limites legais”.
Também em entrevista a Rádio Bandeirantes, o coronel Roberval França
afirmou que foi determinada uma “postura firme” por parte dos policiais.
Ele afirmou ainda que houve reforço no policiamento.
Sem relação
O tenente Eduardo Mosna, responsável pela assessoria de imprensa da
Polícia Militar, destacou que é precipitado tentar estabelecer uma
relação entre os casos.
—Foram situações individuais que, até o presente momento, não têm
relação entre si. Foram ocorrências envolvendo policiais militares em
horário de folga. São crimes específicos, com modos de atuação dos
criminosos distintos, em circunstâncias diversas.
Mosna admitiu que o número de ataques contra PMs é “diferenciado” em
relação à média habitual. Ele enfatizou que a Polícia Militar está
apurando os casos recentes, muitos em caráter sigiloso, para não
comprometer a investigação.
—Quando nós tivermos para cada caso, informações comprovadas, com
veracidade, vamos divulgar à imprensa na medida em que elas forem
surgindo, corroborados pela Corregedoria e pelo DHPP.
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