sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ataques contra policiais seriam praticados por adolescentes, diz delegado


Base PM atacadaEdison Temoteo/AE
Uma base da 2ª Companhia do 38º Batalhão da PM, na avenida Luís Pires de Minas, em São Mateus, zona leste da capital paulista, foi alvo de atiradores às 23h30 de quarta-feira (20). A base fica a 3 km da academia onde um soldado da Cavalaria da PM foi morto a tiros por seis homens que invadiram o local

O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro, afirmou que há indícios de que os ataques contra policiais militares, registrados desde o último domingo, tenham sido realizados por adolescentes. A declaração foi dada, nesta sexta-feira (22), durante entrevista a Rádio Bandeirantes.
De acordo com Carneiro, muitos menores atuam de “forma autônoma e sem comando”. Questionado se os ataques teriam relação com a facção criminosa que atua a partir dos presídios de São Paulo, o delegado respondeu que não há um indicativo positivo, mas que esta hipótese também é trabalhada.
Sobre os rumores de que haveria uma meta para executar 12 PMs, Carneiro confirmou que esta informação chegou à polícia, mas sem consistência . O delegado afirmou que não há motivos para a sociedade ficar alarmada e ressaltou que os casos estão sendo investigados. Enfatizou ainda que o DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai dar uma resposta para a sociedade “dentro dos limites legais”.
Também em entrevista a Rádio Bandeirantes, o coronel Roberval França afirmou que foi determinada uma “postura firme” por parte dos policiais. Ele afirmou ainda que houve reforço no policiamento.
Sem relação
O tenente Eduardo Mosna, responsável pela assessoria de imprensa da Polícia Militar, destacou que é precipitado tentar estabelecer uma relação entre os casos.
—Foram situações individuais que, até o presente momento, não têm relação entre si. Foram ocorrências envolvendo policiais militares em horário de folga. São crimes específicos, com modos de atuação dos criminosos distintos, em circunstâncias diversas.
Mosna admitiu que o número de ataques contra PMs é “diferenciado” em relação à média habitual. Ele enfatizou que a Polícia Militar está apurando os casos recentes, muitos em caráter sigiloso, para não comprometer a investigação.
—Quando nós tivermos para cada caso, informações comprovadas, com veracidade, vamos divulgar à imprensa na medida em que elas forem surgindo, corroborados pela Corregedoria e pelo DHPP.

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