terça-feira, 12 de junho de 2012

Dilma e Anastasia assinam termo de compromisso - Recuperação do Anel Rodoviário e construção do Contorno Sul e Leste da via estão entre as obras previstas. Licitação para duplicação da BR-381 de Belo Horizonte até Governador Valadares deve sair até setembro para revitalização do Anel Rodoviário

REPASSE DE R$ 17 MILHÕES
12/06/2012 12h56

ANA CLARA OTONI
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FOTO: WELLINGTON PEDRO / IMPRENSA MG
Dilma e Anastasia assinaram termo de compromisso para que as obras do Anel Rodoviário sejam iniciadas
Após anos de espera e registro de tráficos acidentes, o Anel Rodoviário poderá finalmente ser modernizado. Isso porque foi assinado na manhã desta terça-feira (12) o termo de compromisso para a elaboração do projeto executivo das obras de reformulação e modernização da pista, pelo governador Antonio Anastasia e pela presidente Dilma Rousseff. Mais cedo, a presidente visitou a obra de modernização da linha férrea entre o Horto e Belo Horizonte e General Carneiro e Sabará da empresa Vale, no bairro Horto. 
Dilma Rousseff chegou ao local no mesmo carro que o governador Antonio Anastasia. A presidente também estava acompanhada do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda, também participou da visita.
Dilma anunciou ainda a liberação de verba e o início da elaboração dos projetos executivos para a duplicação da BR-381, no trecho de Belo Horizonte a Governador Valadares, além da construção da Alça Sul do Rodoanel. Segundo a presidente, o projeto executivo para a duplicação da Fernão Dias deve ser entregue até julho e aberta a licitação em setembro. Não há previsão de quantos quilômetros tem o trecho a ser duplicado e nem mesmo quanto será gasto nesta obra. A presidente sugeriu que a construção da Alça Norte seja feita por meio de Parceria Público Privada. E que a Alça Leste tivesse o projeto elaborado pela Prefeitura de Belo Horizonte e financiada pelo governo federal. Ao todo, a reforma do Anel Rodoviário, a duplicação do trecho da BR-381 e a construção da Alça Sul do Rodoanel vão demandar um aporte de R$ 6 bilhões do governo federal. 
Anel Rodoviário. O projeto contemplará a revitalização da pista, complementação das vias marginais, tratamento das interseções e obras de transposição no trecho de 27,3 quilômetros de extensão localizado entre as rodovias BR-040 e BR-262. O objetivo é a adequação da capacidade de fluxo e da segurança de quem transita pelo Anel, por onde trafegam diariamente, em média, 130 mil veículos.
Pelo acordo, o governo federal repassará ao Governo do Estado R$ 17 milhões para serem investidos no projeto de engenharia da obra, cuja elaboração será de responsabilidade do Governo de Minas, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG). Após assinatura e publicação do termo de compromisso, o próximo passo será o lançamento do edital de licitação, previsto para ser lançado ainda neste mês de junho. A expectativa é que a assinatura do contrato com a empresa vencedora ocorra em um prazo de 120 dias.
O prazo para elaboração e aprovação do projeto de engenharia será de 15 meses, contados a partir da conclusão do processo de licitação para escolha da empresa que desenvolverá o trabalho. Após a elaboração do projeto, a União e o Estado vão negociar a responsabilidade pelos investimentos e pela execução da obra.
A operação no Anel Rodoviário continuará sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), inclusive no período de elaboração do projeto de engenharia.
Histórico. O Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi construído na década de 1950 com intuito de desviar o tráfego pesado da região urbana de Belo Horizonte. Com o crescimento da capital, o Anel foi inserido no sistema viário urbano, configurando, na atualidade, como o maior problema de tráfego de veículos na região metropolitana.
O grande fluxo de veículos no Anel Rodoviário decorre do fato de que ele recebe o tráfego do Centro-Oeste do país, seja via BR-262 (Triângulo Mineiro, Mato Grosso e Goiás), seja via BR-040 (Distrito Federal, Goiás e Tocantins), em direção ao Rio de Janeiro, ou ao pólo ferrífero (BR-381 na direção de Governador Valadares).
A mesma movimentação ocorre no sentido inverso. Soma-se, ainda, o tráfego pesado de São Paulo em direção ao Norte de Minas Gerais e do país. Além disso, quase toda a produção industrial e agrícola do Estado trafega no Anel em direção aos portos de Santos e Sepetiba. 
COM AGÊNCIA MINAS. 
Atualizada às 13h16.

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