terça-feira, 12 de junho de 2012

Exclusivo: viatura do Gate é usada para comprar cerveja e carne

Jornal da Alterosa 1ª Edição
O major Ledwan Salgado Cota chegou a participar de uma audiência na ALMG em setembro do ano passado
Rangel Faúla - TV Alterosa
Reprodução TV Alterosa
A tropa de elite da Polícia Militar já vem sendo investigada por assédio sexual


11 de junho de 2012 - A Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebe novas denúncias contra o Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) que envolvem o uso de viatura até para comprar carne e cerveja. A tropa de elite da polícia já vem sendo investigada por assédio sexual.
Os documentos mostram que o major Ledwan Salgado Cota comprou 30 microfones para rádio transmissor. A quantia de R$ 23.299.99 foi paga, mas os equipamentos, segundo a denúncia, nunca apareceram. A nota fiscal em nome do Gate é clara. Ela foi emitida com o objetivo de receber o dinheiro com antecedência. O pagamento foi autorizado pelo subcomandante.
Em um boletim reservado da Polícia Militar, militares acusam o major de usar viaturas do Gate para resolver problemas particulares. O major teria dado ordem para que a guarnição fosse buscar documentos na casa de um tio e ainda para levar o parente dele à Polícia Federal para resolver problemas sobre armamento. O subcomandante justificou dizendo que é papel da PM a segurança pública diante da irregularidade em que se encontrava o tio de 79 anos.
Seria também costume o uso da viatura para comprar cerveja, carnes e refrigerante para encontros de última hora na unidade. Militares do próprio Gate fizeram uma outra denúncia à Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Eles disseram que o major escalou uma guarnição para fazer a segurança em uma festa particular na cidade de Nova Lima.
Os militares tiveram que fazer passagens periódicas e permanecer por 20 minutos. Na ordem de serviço, o subcomandante explicou que o responsável pela empresa onde a festa aconteceu também é dono de um lote que foi cedido gratuitamente para servir de estacionamento do Gate.
Ledwan Salgado Cota chegou a participar de uma audiência na ALMG em setembro do ano passado. Na época, dois PMs subordinados dele, fizeram inclusive acusações de assédio sexual. Ele se negou a comentar as declarações. A Corregedoria também foi acionada, mas, segundo o deputado que acompanha o caso, Sargento Rodrigues, até hoje, não houve resposta.

Nenhum comentário: