Único aparelho que faz o exame de DNA está quebrado há um mês e familiares não conseguem fazer o enterro de seus parentes
Luiz Costa/Arquivo
Instituto Médico Legal da capital fica no bairro Gameleira
As quatro pessoas que morreram em 19 de maio deste ano, em um acidente na MG-060, em Maravilhas, na região Central, ainda não puderam ser enterradas por causa do defeito do aparelho. Como os corpos foram carbonizados, a identificação precisa ser feita pelo DNA, com amostras de sangue dos parentes de primeiro grau.
“Já fui várias vezes ao IML em busca de informações. Chegamos até a oferecer ajuda financeira para consertar a máquina, mas a direção do Instituto de Criminalística informou que é preciso fazer uma licitação para que o conserto seja feito”, alega Marial Helena Amaral, mãe de Giovani Amaral Gonçalves, 43 anos, uma das vítimas do acidente.
A vereadora Elaine Matozinhos (PTB), que já foi delegada da Polícia Civil, informou que já foi procurada pelos familiares do acidente de Maravilhas reclamando da demora. “Estive no Instituto de Criminalística e fui informada que o dinheiro para o conserto já foi liberado”, conta a parlamentar.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou que a máquina está estragada há 30 dias. A demora se deve ao fato da empresa responsável pelo reparo ser de São Paulo. A firma seria a única que presta esse tipo de serviço e, por isso, não poderia atender de imediato. Não há previsão de quando o equipamento voltará a funcionar.
Segundo a Polícia Civil, outros exames, feitos com a arcada dentária e raio x, também podem ajudar na identificação de corpos encontrados carbonizados ou em estado de decomposição.
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