segunda-feira, 4 de junho de 2012

NOTA DO COMANDO-GERAL - (Dia do Pessoal da Reserva e Reformados)


“Deslocamento, condensações e contrações de significado”, afirma o filósofo alemão Christoph Türcke, “fazem parte do cotidiano de cada língua viva”. Por ocasião da comemoração do Dia do Pessoal da Reserva e Reformados da PMMG, a veracidade desse fenômeno semântico mostra-se novamente bem nítida. 
Há poucos instantes, isso ficou particularmente notório na hora que antecedeu à presente solenidade, aqui mesmo nessa Academia de Polícia Militar: o comando da PMMG, concedeu, principalmente a integrantes dos quadros da Reserva e Reformados da PMMG, prêmios de excelência em gestão e em pesquisa, bem como títulos honoríficos de pesquisador benemérito da PMMG. A predominância de PM’s e 
BM’s da Reserva Altiva dentre os agraciados evidenciou que é um equívoco atribuir a palavra “inatividade” a quem integra os quadros da Reserva ou da Reforma nessas organizações.
A Polícia Militar já vem, promovendo há algum tempo o deslocamento semântico do que é estar na Reserva ou já ter obtido o direito à Reforma. Para tanto, a instituição vem destacando esses policiais militares com a expressão “Reserva Altiva”. Trata-se de um esforço de justiça e de reconhecimento à altivez dos homens e mulheres que, especialmente na União dos Militares de Minas Gerais, compõem a lídima “velha guarda” da PMMG e do Corpo de Bombeiros Militar dos mineiros.
As comemorações desse Dia do Pessoal da Reserva e Reformados espelha a cultura organizacional sóbria e lúcida de uma educação não utilitarista, refletida tanto da União dos Militares de Minas Gerais como da PMMG e do Corpo de Bombeiros Militar. Isso porque essas organizações conservam uma tradição de lembrança do significado das pessoas que a integram e das que a apoiam. 
Homenageiam-se neste dia todos os que, após ter prestado trinta anos de serviço na ativa da PMMG ou do Corpo de Bombeiros Militar, tenham completado igual período de transferência para o Quadro da Reserva e sejam sócios da União dos Militares de Minas Gerais. São esses os termos do Decreto nº 31.763, de 30 de agosto de 1990. 
A outra comenda refere-se a uma figura histórica da PMMG, concede-se hoje a medalha Coronel Fulgêncio de Souza Santos, a participantes da Revolução de 1932, da qual o Cel Fulgêncio foi líder modelar, bem como a “personalidades e instituições que tenham prestado serviços relevantes à UMMG”, conforme disposto no Decreto nº 24.973, de 26 de setembro de 1985.
A PMMG é uma organização bissecular cuja efetividade depende de que a atuação operacional respeite o significado infinito de cada pessoa; cada militar, do Soldado ao Coronel, deve enxergar de forma realista o valor dos seres humanos, independente de quaisquer fatores distintivos; ser policial-militar é, sob essa lógica, seguir o exemplo do Alferes Tiradentes, do Coronel Fulgêncio e de todos aqueles que, muitas vezes de forma anônima, praticam a essência do “ser” policial-militar ou bombeiro-militar: erguer-se acima 
do seu ambiente natural, colocando-se como guardião da sociedade, mesmo que com o sacrifício da própria vida.

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