sexta-feira, 22 de junho de 2012

Presidente do paraguai aguarda decisão do Senado sobre impeachment

Lugo convoca ministros, multidão em apoio ao presidente se reúne diante do Senado

Estado de Minas
Publicação: 22/06/2012 16:36 Atualização: 22/06/2012 17:35

Multidão de apoiadores a Lugo se reúnem diante diante do Senado enquanto o impeachment é votado  (AFP PHOTO/NORBERTO DUARTE )
Multidão de apoiadores a Lugo se reúnem diante diante do Senado enquanto o impeachment é votado
O jornal paraguaio Ultima Hora divulgou que Fernando Lugo convocou os ministros do país para o Palácio do Governo enquanto aguarda a decisão do Senado sobre o impeachment do presidente. Lugo afirmou nesta sexta-feira que irá acatar a decisão do Senado mas que vai organizar outras formas de resistir caso seja retirado do cargo.
Enquanto isso, diversos grupos se organizam em manifestações de apoio ao presidente. Milhares de manifestantes favoráveis a Lugo estão reunidos diante do Senado em Assunção, capital do país. De acordo com o jornal Ultima Hora os apoiadores de Lugo já organizaram comissões de segurança, alimentação e logística para resistir em caso de aprovação do pedido de impeachment. Algumas pessoas já estavam acampadas no local desde quinta-feira.
Os policiais que fazem a segurança do senado receberam ordens de não portar armas diante da manifestação. Embora atiradores de elite estejam posicionados no telhado do edifício.
O secretário geral da União Nacional Sul-americana (Unasur), Alí Rodríguez, anunciou que os governos da Venezuela, Bolívia e Nicarágua não reconheceriam um governo do vice-presidente Federico Franco. Nicolas Maduro, representante do governo Venezuelano na Unasur e que está em Assunção declarou para televisão paraguaia que os Senadores tentam derrubar um governo eleito e com amplo apoio popular. Ele alertou para a possibilidade de um grande confronto caso o presidente seja deposto.
Senadores governistas pediram durante a sessão que seja concedido um prazo de 72 horas para analisar as acusações contra o presidente. Mesmo assim o presidente do Senado deu sequência aos andamentos dos trabalhos da casa e depois de escutar por quase duas horas os advogados de Lugo abriu a sessão em que se analisam as denúncias contra o governo.

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