quarta-feira, 25 de julho de 2012

Em sete dias de operação da Polícia Militar, 11 são presos

Corredor de segurança.
De acordo com , foram apreendidos 105 veículos irregulares
Publicado no Jornal OTEMPO em 25/07/2012

KARINA ALVES
FOTO: FOTO: CHARLES SILVA DUARTE
Tática. Segundo plano de policiamento, militares se revezam em ações nos locais estabelecidos
Nas 778 abordagens feitas pela Polícia Militar (PM) nos primeiros sete dias de operação nos corredores de segurança implantados pela corporação em Belo Horizonte, foram apreendidos 105 veículos em situação irregular, encontradas 29 pedras de crack e 15 porções de maconha, presas 11 pessoas e recolhidas oito armas e 15 unidades de munição de calibres variados, segundo o tenente-coronel Idzel Fagundes. Nas operações, os policiais se revezam nos endereços estabelecidos, em horários variados, sem permanecer o dia inteiro em um único ponto.
Ontem, por cerca de uma hora, a reportagem de O TEMPO acompanhou uma dessas operações, na rua Machado de Assis - um dos corredores implantados pela PM -, na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste da capital. De acordo com o tenente Cláudio Antônio Jorge, do 34º Batalhão da PM, o objetivo da ação era "barrar quem chegasse procurando o ponto de venda de drogas e criar uma referência para a comunidade".
Entretanto, a viatura parada nas proximidades da boca de fumo pode ser uma solução para questões isoladas, mas não altera a rotina da comunidade, segundo os próprios moradores. "Não acho que vá mudar nada. A PM prende os criminosos, mas eles voltam para a rua do mesmo jeito. Se tivesse uma cabine aqui, poderia ser diferente", comentou uma dona de casa de 30 anos, que não quis ter o nome revelado.
É o que também pensa a auxiliar de cozinha Vanda Teixeira, 38. "Depois que a polícia vai embora, tudo continua da mesma forma".
Já o comerciante Pedro Cunha, 79, dono de um bar na região, aguarda os resultados do novo policiamento. "Ficar sem eles (militares) é pior, né? Espero que as coisas melhorem".
Especialista. Para o sociólogo Robson Sávio, a descrença da população se justifica. "A comunidade sabe que ações pontuais não vão resolver os problemas. É preciso comunicação com a comunidade", disse.

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