terça-feira, 24 de julho de 2012

EUA quer ser o maior fornecedor de armas da Índia



Ashton Baldwin Carter
Depois de descrever a Índia como um “elemento chave” na nova estratégia política para “reequilíbrio” das forças na Ásia-Pacifico, os EUA estão agora se esforçando para aumentar as vendas de armas para Nova Délhi, em um projeto que é visto como um grande desdobramento para conter a China.
Do escudo antimísseis, passando por aeronaves, UAV, os EUA esta ávido em colaborar com a Índia no mais alto nível da tecnologia militar em uma tentativa de desbancar países com Rússia França e Israel, países esses que hoje são os maiores fornecedores de material bélico da Índia.
A Índia tem planos de gastar na próxima década nada mais, nada menos que US$ 100 bilhões em material bélico. Depois de haver embolsado mais de US$ 8 bilhões em acordos de defesa firmados com a Índia nos últimos anos, os EUA agora querem mais.
“Por ser um país comprometido com a paz duradoura e a segurança da Ásia-Pacifico, a Índia merece o melhor equipamento disponível. A Índia á uma das prioridades de exportação em nossas considerações”, disse na segunda-feira (23) Ashton Baldwin Carter, vice-secretário de Defesa.
“Praticamente, nós queremos ser o fornecedor mais confiável de tecnologia de alta qualidade a longo prazo... Nós confiamos na Índia e sabemos que a Índia não um re-exportador ou explorador de nossas tecnologias”, disse Carter.
Carter manteve passado a segunda-feira mantendo conversas com o ministro da Defesa da Índia, AK Antony, com o assessor de segurança nacional, Shiv Shankar Menon, o secretário de Defesa, Shashikant Silva e com o secretário de Relações Exteriores, Ranjan Mathai.  Segundo Carter, a Índia já havia surgido como o segundo país no âmbito do programa Foreign Military Sales (FMS) em 2011, com importações no valor de US$ 4,5 bilhões.
A Índia sem dúvidas já não nutre de muitas desconfianças acerca dos EUA fornecedor de armas a longo prazo. Isso se deve ao fato da Rússia elevar os custos de fornecimento material bélico depois de já ter firmado os contratos. Os indianos também não estão contentes com uma adequada transferência de tecnologia dos russos, assim como o pós-venda. Ademais, ainda tem um certo receio se os EUA realmente podem oferecer tecnologia militar de vanguarda.
Carter enfatizou que a Índia e o EUA se movem além de um mero comércio bélico, ou uma relação comprador-vendedor, para a produção conjunta de armamento. Ele identificou o escudo antimísseis como uma área em potencial para esta cooperação de defesa, mas disse que os dois países deveriam discutir primeiro o assunto no nível “estratégico” antes de se envolver em discussões técnicas.
"Queremos derrubar todas as barreiras burocráticas restantes em nossa relação de defesa, e despojar os impedimentos ... Comprar os sistemas norte-americanos, seja através de vendas diretas comerciais ou FMS, levará a Índia adquiri tecnologia de alta qualidade excepcional, alto grau de transparência, e não a corrupção, isso é obrigatório pelo nosso sistema legal”, disse Carter.
O Ministério da Defesa Índia, também, parece favorecer o acordo de governo para governo direto no sistema FMS americano. A Índia, por exemplo, está agora perto fechar um contrato de US$ 647 milhões para a aquisição de 145 obuseiros M-777 em um negócio FMS. Isto vem após a finalização de outro negócio como valor US$ 4,1 bilhões para a aquisição de 10 aeronaves de transporte militar estratégico do tipo C-17 Globemaster-III.

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