terça-feira, 17 de julho de 2012

Nigeriana acusa embaixador de proteger homem que a teria violentado

Estrangeira era obrigada a fazer sexo em troca de comida
  •  Do R7 | 17/07/2012 às 12h05
nigeriana
Reprodução TV Record Brasília
Nigeriana na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) onde registrou a queixa
A nigeriana que acusou um funcionário da Embaixada da Nigéria de abuso sexual, afirmou a reportagem da TV Record que o embaixador não deu atenção a versão dela e que está protegendo o homem que seria líder religioso e amigo do diplomata. Nkiruka Paciota Onyegbuna, de 32 anos, procurou a 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) para registrar a ocorrência na última sexta-feira (13) e relatou a situação que estava vivendo desde que chegou ao Brasil há quatro meses. 
Em depoimento, ela contou à polícia que vinha sofrendo violência sexual há três meses praticada pelo compatriota. Ele exigia que Paciota fizesse sexo em troca de comida. Além dessa, ele teria feito uma série de outras ameaças para forçá-la a manter as relações sexuais, que segundo a mulher, eram feitas sem camisinha. O funcionário abusador seria um pastor que mora na embaixada.
Paciota relatou também a reportagem da TV Record que o agressor tem certeza da impunidade já que está em território de responsabilidade da representação diplomática da Nigéria. A estrangeira afirmou ainda que ele se encorajou a agredi-la por ser homem e ela estar em situação desfavorável na residência oficial do embaixador como ajudante de cozinha.
De acordo com o delegado-chefe da 10ª DP, Winsley Salomão, o suspeito que não tem imunidade diplomática e está sendo investigado por estupro. A mulher passou por exames de corpo de delito no IML (Instituto de Medicina Legal) e foi liberada. O laudo do exame comprovou que ela sofreu violência física. A polícia agora aguarda outro resultado para saber se houve violência sexual.
A investigação segue na delegacia do Lago Sul, região administrativa do DF, já que o acusado não faz parte da comissão da representação estrangeira e não tem imunidade diplomática. A Embaixada da Nigéria foi procurada pela reportagem do R7, mas não atendeu às ligações.

Nenhum comentário: