http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/07/pe-agua-e-desviada-e-usada-ate-para-irrigar-plantacoes-de-maconha.html
As ligações clandestinas são responsáveis pelo desvio de mais de seis bilhões de litros d'água por dia, o suficiente para abastecer uma cidade com 40 mil moradores.
A seca está castigando o Nordeste do Brasil. E o pior: a água que
deveria matar a sede da população está sendo desviada em ligações
clandestinas que servem até para irrigar plantações de maconha.
Na Caatinga seca, água limpa e tratada enche açudes e molha plantações.
No sítio, o rebanho de carneiros e bodes passa bem. O pasto está
verdinho, e não teria nada de errado se a água não estivesse sendo
furtada.
A água vem por meio de ligações clandestinas, feitas nos tubos das adutoras que abastecem 18 cidades do interior de Pernambuco, com água do rio São Francisco.
Quem furta água foge quando os técnicos da Companhia Pernambucana de
Saneamento chegam com a polícia. O dono deste sítio, no município de
Ouricuri, estava criando peixes, sem gastar um centavo com a água.
"Nós estamos buscando exatamente essas pessoas, por que elas estão
tirando a água dos centros urbanos para o proveito da própria pessoa,
inclusive com ganhos financeiros", Fernando Lobo, engenheiro da
Companhia de Saneamento.
As ligações clandestinas são responsáveis pelo desvio de mais de seis
bilhões de litros d'água por dia, o suficiente para abastecer uma cidade
com 40 mil moradores. O furto também diminui a pressão nos tubos das
adutoras, principalmente nos longos trechos por onde a água segue por
gravidade, sem o impulso das bombas.
Mas não é fácil combater o desvio. É preciso sobrevoar a região e
localizar áreas suspeitas. Depois, por terra, os agentes usam um
aparelho especial para escutar a água passando em canos enterrados. O
equipamento revela o lugar exato da ligação clandestina, que é destruída
na hora.
E o mais surpreendente, as equipes já descobriram que até plantações de
maconha, camufladas na Caatinga, são irrigadas com a água que deveria
ser destinada, exclusivamente, a matar a sede da população.
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