Recebeu
alvará de soltura na noite de quinta-feira (19) o empresário Herbert
Moreira Dias, o Beto Meira. Ele foi preso na Operação Mercado Livre,
deflagrada pela Polícia Federal. Beto Meira foi solto pouco antes de ser
transferido para o presídio Ariston Cardoso.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal e
Receita Federal na residência do acusado e em depósitos do supermercado.
Herbert Moreira foi preso por porte ilegal de armas e posse de dinheiro
falso.
Entenda o caso
Hebert Dias, um dos donos da Rede de
supermercado Meira, foi preso quando agentes da PF encontraram em sua
residência, uma pistola 9 milímetros com 80 munições e mais 150 cédulas
de dinheiro falsas, cujo valor não foi divulgado.
Na operação, a PF cumpria quatro mandados de busca e
apreensão expedidos pela Justiça Federal em Ilhéus e tinha como
objetivo o combate à sonegação fiscal e à utilização de "laranjas" pelos
reais proprietários da rede de supermercados, que possui 11 lojas,
sendo duas em Itabuna e nove em Ilhéus.
De acordo com a PF, a estimativa de prejuízo aos
cofres públicos é superior a R$17 milhões, desviados através do método
de sonegação conhecido como "mata-mata". O grupo criava uma razão social
fantasma ou simulada, para onde eram direcionados os tributos. Em
seguida, o endereço da razão social simulada é transferido ou a empresa é
declarada inativa, abrindo-se, no mesmo lugar, outra empresa que
desenvolveria a mesma atividade e continuaria utilizando o nome fantasia
da anterior.
Nas investigações, a PF apurou que foram
constituídas diversas empresas utilizando o nome fantasia da rede,
porém, foram inseridos nomes de terceiros como sócios, com a finalidade
de que os verdadeiros proprietários se eximissem de responsabilidades
tributárias. Como esses “sócios” não são os detentores do capital e nem
administram as empresas, tinha a facilidade de fechamento delas e
"desaparecimento" do mundo jurídico tributário, sem bens que guarneçam
suas dívidas, deixando débitos para o erário público.
Lojas - Em um dos depósitos da rede, enquanto
agentes da PF vasculhavam o local à procura de documentos, funcionários
não puderam entrar e aglomeravam-se na porta do estabelecimento. Apesar
da operação, as lojas funcionaram normalmente com atendimento ao
público. Procurados, os sócios da rede Meira que estavam na sede da PF
não quiseram dar declarações.
http://www.radarnoticias.com/noticias/geral/12223/proprietario-do-meira-recebe-alvara-de-soltura-20-07-2012/
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