20/08/2012 10:57 - Atualizado em 20/08/2012 10:57
Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia
Operações-padrão, como a da imagem realizada em Confins na semana passada, foram proibidas
Após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 16,
proibindo as operações-padrão que vinham causando longas filas e
transtornos nos principais aeroportos brasileiros, os agentes federais
mudaram de estratégia. Como forma de protesto, eles pretendem atuar, a
partir de amanhã, usando mordaças. O protesto silencioso deverá
acontecer no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, além
dos similares no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, dentre outros.
O presidente do Sindicato dos Policias Federais em Minas Gerais
(Sinpef), Renato Deslandes, informou que o objetivo das operações-padrão
nunca foi provocar transtornos, mas denunciar a falta de pessoal e de
infraestrutura. Segundo ele, nas operações-padrão todas as bagagens de
passageiros vistoriadas e farejadas por cães treinados em detectar
drogas e explosivos, deveriam acontecer de forma rotineira, o que não é
possível devido ao número insuficiente de agentes e de infraestrutura
nos principais aeroportos do país.
Deslandes informa que os agentes federais também iniciaram a
distribuição de panfletos bilíngues (Português e Inglês) aos passageiros
denunciando o sucateamento da Polícia Federal e projetos do Ministério
da Justiça, supostamente ineficazes, ao custo de R$ 500 milhões ao invés
de ampliar o número de agentes e a infra-estrutura como forma de
proteger o país de ameaças.
Documento
Em um dos panfletos, os federais alertam que o país sofre constante
ação das organizações criminosas internacionais voltadas para o tráfico
de drogas, pedofilia, tráfico de mulheres, além de outros crimes como o
terrorismo.
“Para protegermos o país dessas ameaças, somos poucos policiais federais, sem infraestrutura e apoio da cúpula da PF”, desabafa. O presidente do Sinpef disse também que redige um relatório sobre a segurança nos principais aeroportos do país.
“Para protegermos o país dessas ameaças, somos poucos policiais federais, sem infraestrutura e apoio da cúpula da PF”, desabafa. O presidente do Sinpef disse também que redige um relatório sobre a segurança nos principais aeroportos do país.
“O que temos até agora é muito preocupante”, disse, sem entrar em
detalhes. Amanhã, o secretário de Relações do Trabalho, da Secretaria do
Planejamento, Sérgio Mendonça, dará parecer sobre as propostas da
categoria.
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