sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Chefes das 18 delegacias da PRF em Minas entregam cargos em protesto

Gesto simbólico foi feito na Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal em Contagem, na Grande BH. Somente casos de urgência e emergência estão sendo atendidos

Cristiane Silva
Jefferson da Fonseca Coutinho - Estado de Minas
Publicação: 24/08/2012 13:15 Atualização: 24/08/2012 14:30

Os policiais estão em greve desde a última segunda-feira (Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Os policiais estão em greve desde a última segunda-feira

Os chefes das 18 delegacias da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas Gerais entregaram seus cargos em um ato simbólico na manhã desta sexta-feira em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em greve desde segunda-feira, os profissionais entregaram as faixas que identificam seus cargos e assinaram pedidos de exoneração na Superintendência Regional da PRF. Os policiais que possuem funções de chefia recebem de R$ 200 a R$ 300 a mais pela gratificação do cargo. A ação de protesto ocorreu porque não houve acordo na última reunião da categoria com representantes do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Os policiais reivindicam aumento do efetivo. Em todo o estado, são 800 policiais e todos aderiram à greve, segundo o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Minas Gerais (SINDPRF-MG). Sobre a escala mínima, a presidente do sindicato, Maria Inês Miranda, informa que a quantidade de policiais nas rodovias do estado já é inferior à necessária.
Por causa da greve, o atendimento de ocorrências de acidentes nas BRS em casos de urgência e emergência. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que está em greve desde ontem. Com a medida, nas batidas que não causarem vítimas, e sim danos materiais, os envolvidos terão de seguir até um posto mais próximo da corporação para fazer o boletim de ocorrência. Casos que representarem perigo à vida serão atendidos normalmente.
O sindicato faz um alerta para motoristas que se envolverem em batidas sem vítimas para retirar os veículos da pista e evitarem novos acidentes. Durante a paralisação, também não é feita a escolta de cargas, entrega de boletins de ocorrência e de extrato de multas. Os policiais rodoviários federais continuarão de braços cruzados até a próxima segunda-feira, dia 27, quando haverá uma reunião de negociações às 16h em Brasília.

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