quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Empresários querem monotrilho para ligar Pampulha a Confins

Ideia foi debatida com BHTrans, garante presidente da ACMinas
Publicado no Jornal OTEMPO em 15/08/2012

DANIEL LEITE
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Empresários e entidades de classe da capital vão se unir nos próximos dias, sob a coordenação da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), para tentar convencer a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) a discutir a instalação na cidade de monotrilho - transporte sobre trilho suspenso - com a sociedade. Segundo o presidente da ACMinas, Roberto Fagundes, o tema já foi tratado em dois encontros recentes - um deles, com a presença do presidente da BHTrans, no último dia 3. A assessoria de imprensa da BHTrans, entretanto, não confirma a presença na reunião.
"Se outras grandes cidades, como Manaus (AM), Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP), estão fazendo ou pretendendo fazer o monotrilho, porque nós, em Belo Horizonte, não podemos fazer também?", questionou Fagundes.
O presidente da ACMinas afirmou que dentre as entidades dispostas a discutir o tema, estão Conselho Regional de Engenharia e Agronomia em Minas (Crea-MG), Sociedade Mineira de Engenheiros, Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e as federações das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio) e da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
Fagundes defende que a Prefeitura de Belo Horizonte amplie as modalidades de transporte oferecidas à população, melhorando o serviço. A implementação do monotrilho - similar ao metrô, porém, mais viável economicamente, segundo ele - facilitaria os deslocamentos entre as cidades da região metropolitana de Belo Horizonte.
Especialista. O monotrilho pode vencer as barreiras do relevo montanhoso da capital e região com mais facilidade do que o metrô, segundo especialistas. O engenheiro Berilo Torres explicou que cada quilômetro de monotrilho construído custa em torno de R$ 70 milhões, contra R$ 250 milhões gastos na mesma extensão do metrô. "O prazo de execução também é mais rápido", afirmou Torres. Como os trilhos são suspensos, desapropriações - que em geral geram polêmica e custos - são raras, disse.

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