Minas
Gerais terá mais 3.900 policiais militares e civis nas ruas, na
tentativa de combater a criminalidade e para atuar nas copas das
Confederações, em 2013, e do Mundo (2014). O reforço, embora bem-vindo,
está longe de acabar com o déficit nas duas corporações. Ambas
precisarão, ainda, de pelo menos mais 6.250 servidores, conforme prevê a
Lei Orgânica das polícias Civil e Militar.
O
concurso para soldado terá 2 mil vagas, e a intenção do governo de
Minas é divulgar o edital com as regras para inscrição nos próximos
meses. Depois da seleção, os novos militares terão que fazer um curso
com duração de nove meses.
Para
a Polícia Civil, serão mais mil servidores, atuarão nos setores
burocráticos da instituição e 900 estagiários de direito. Esses
estudantes ajudarão na assessoria jurídica da Polícia Civil. Com as
novas contratações, a instituição vai retirar os agentes dos gabinetes
para que eles reforcem as investigações em campo.
Levantamento
feito pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento e Gestão mostra que a
Polícia Civil de Minas precisa de 18.500 servidores para ajudar nas
investigações, mas, pela Orgânica do Estado (nº85/2005), seriam
necessários 12.250.
“A
lei precisa ser modificada. Ela foi elaborada há sete anos, quando os
índices de criminalidade eram menores. A Polícia Civil precisa de
pessoas treinadas para investigar os crimes e para elaborar os
inquéritos”, analisou o advogado Enir Lemos, especialista em segurança
pública.
Enferrujados
O
presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil, Denilson
Martins, defende a contratação de servidores para trabalhar na área
administrativa, mas alerta que os policiais que retornarão para as ruas
precisam ser treinados. “Eles ficaram mais de cinco anos cuidando de
funções burocráticas em gabinetes e perderam a prática de investigar.
Por isso, precisam passar por um reciclagem”, disse Martins.
Hoje em Dia- CELSO MARTINS
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