Idosa de 67 anos dá soco em ladrão na Barragem Santa Lúcia. Mulher fazia caminhada quando foi abordada por assaltante.

Moradores do entorno reclamam de violência e pedem mais policiamento

Pedro Ferreira -Estado de Minas
Publicação: 03/08/2012 07:16 Atualização:
Os moradores do entorno da Barragem Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, estão assustados com frequentes assaltos. No local, fica o 22º Batalhão da Polícia Militar e, ainda assim, eles pedem a implantação de um posto de vigilância. Ontem, uma aposentada de 67 anos foi abordada quando fazia caminhada, mas espantou o ladrão dando um soco na boca dele. Alda Gonzaga Penna disse que não deveria ter reagido, mas agiu por impulso. “O ladrão poderia estar armado. Não acho que fui corajosa, fui doida mesmo”, disse.
A aposentada contou que minutos antes uma outra mulher também foi vítima de tentativa de assalto na barragem, mas ela também teria reagido empurrando o ladrão. Ela pediu socorro para a polícia e, pelas características, foi o mesmo rapaz. “Ele é alto, magro, tem cerca de 20 anos e estava com os olhos vermelhos, possivelmente drogado”, afirmou. Alda contou que sempre faz caminhada na barragem no início da manhã, mas ontem precisou ir mais tarde. Ela estava perto do campo de futebol quando pegou o celular para ligar para o marido e percebeu que era observada. “Não havia nenhum policial por perto. O rapaz me olhava e eu já fiquei preparada. Ele veio correndo para cima de mim e disse: ‘Me dá o…’ Só que antes de ele completar a frase eu virei e dei um soco entre o nariz e a boca dele e ele saiu correndo”, conta.
RISCO
Alda conta que agiu por impulso e não recomenda que outras pessoas façam o mesmo. “O ladrão poderia ter me agredido. Eu poderia ter levado um tiro. Me arrisquei muito”, disse. A aposentada disse que procurou proteção numa banca que vende coco e ficou sabendo da outra vítima. “Ela estava naquele momento registrando queixa no batalhão da PM e fui para lá também. A mulher falava ao celular e disse que foi agarrada por trás pelo ladrão, mas ela o empurrou e fugiu”, disse.
A aposentada afirma que já presenciou outros assaltos na barragem. “A gente reclama da falta de policiamento, mas ninguém resolve nada. Os ladrões atacam e correm. A barragem é um lugar muito bonito e gostoso de andar. Uma pena, deveria ser espaço de convivência”, completou. O comandante do 22º Batalhão da PM, tenente-coronel Luiz José Francisco Filho, orienta que ninguém deve reagir a assalto quando perceber que o ladrão está armado. “Mas se o indivíduo não estiver com nada, a pessoa deve proteger seu patrimônio e o seu estado físico. A pessoa não pode deixar que um menino de 10 anos sem armas leve a sua bolsa”, disse o tenente-coronel. Ele garante que há policiamento constante no entorno da barragem e há reforço de duas duplas de guardas municipais diariamente.