terça-feira, 28 de agosto de 2012

Policiais federais fazem passeata em Belo Horizonte

28/08/2012 13h00

DÉCIO AMORIM
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Nesta terça-feira (28), às 15h, os policiais federais, que estão em greve desde o último dia 7 de agosto, irão fazer uma passeata que tem como slogan do protesto a seguinte frase: “chega de carregar o piano”. Esta iniciativa é para que os profissionais de nível superior da corporação tenham o mesmo tratamento, principalmente no que tange aos salários. Segundo o presidente do Sindicato de Policiais Federais em Minas Gerais, Renato Deslandes, dos cinco cargos da corporação somente dois possuem remuneração conforme a escolaridade exigida, como Delegados e Peritos.
O protesto será uma crítica à desvalorização frente aos outros cargos do serviço público federal, causa da evasão de aproximadamente 250 policiais por ano, e prejuízo das funções da PF, como combate ao crime organizado e corrupção, além do desconhecimento por parte do Governo e da população sobre a importância do trabalho exercido por esses profissionais. Durante a manifestação, carregarão um piano fazendo alusão àqueles que realmente fazem a Polícia Federal funcionar.

De acordo com o Sindipef-MG, a passeata saíra da sede do sindicato, na avenida Raja Gabaglia, e irá até a Assembleia Legislativa do Estado, localizada no Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital.  No local, os servidores irão assinar o ponto referente ao dia trabalhado.

Greve

Os Policiais Federais lotados em Belo Horizonte estão reunidos em virtude do movimento de greve na luta pela valorização da carreira e a reestruturação salarial. O movimento é uma reivindicação ao reconhecimento do trabalho dos EPAs (Escrivães, Papiloscopistas e Agentes da Polícia Federal).

Negociação

Segundo o Sindipef-MG, o Ministério do Planejamento não avançou na proposta feita aos Policiais Federais e manteve a mesma fórmula que vem apresentando aos demais servidores do funcionalismo público federal em greve: reajuste de 15,8%, diluído entre os próximos três anos.

Serviços

Com a manutenção da greve, todos os serviços da Polícia Federal continuam paralisados. Emissão de passaportes, registro de porte de armas, oitivas, investigações entre outros serviços não estão sendo realizados, somente em casos emergenciais. Em Minas Gerais, o número de passaportes emitidos diariamente é de cerca de mil e duzentos passaportes, e desde o início da greve, mais de 20.000 deixaram de ser produzidos.

 


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