quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TJPE autoriza força da PM contra Polícia Civil em greve


Segurança pública




TJPE autoriza força da PM para evitar protesto marcado por policiais civis

Movimento deve ocorrer às 14h desta quarta-feira (1°), no IC, no Recife.
Para presidente do sindicato, atitude pode colocar 'vidas em risco'.

Do G1 PE
Nesta terça-feira (31), o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Silvio de Arruda Beltrão solicitou ao comando da Polícia Militar reforço de pessoal para impedir a realização de um protesto marcado pela Polícia Civil, que está em greve há nove dias, às 14h desta quarta-feira (1°), com concentração no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife.
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) anunciou a mobilização em frente ao Instituto de Criminalística (IC), na Rua Odorico Mendes. Após a concentração, a programação era sair em passeata até a sede do Governo do Estado, que está funcionando de maneira provisória no Centro de Convenções, em Olinda.
Em entrevista por telefone ao G1, o presidente do Sinpol-PE, Cláudio Marinho, classificou a atitude do TJPE como irresponsável. "Nós já tínhamos orientado os policiais a não irem armados, para fazermos um ato pacífico. Se o Governo quer assumir isso, é com ele e a sorte. Vão colocar em confronto duas forças, a das polícias Civil e Militar, que eles sabem que têm divergências naturais. Vão colocar vidas em risco, e isso é uma irresponsabilidade. Isso só está fazendo com que a categoria fique mais irritada e reforce o movimento", falou. Segundo Marinho, o Sinpol-PE ainda está no prazo de dez dias em que pode recorrer à Justiça contra a ilegalidade da greve.
O desembargador, que já havia julgado a greve ilegal, no mesmo dia em que ela começou, decidiu suspender o movimento com o pedido de declaração de ilegalidade e abusividade do movimento grevista. O magistrado determinou a suspensão da greve, com imediato retorno ao trabalho, na ocasião.
Em nota à imprensa divulgada na noite desta terça (31), o magistrado diz que os policiais civis vêm "paulatinamente descumprindo os termos da decisão". Silvio Beltrão também determinou a proibição do movimento previsto para esta quarta-feira, “na medida em que o mesmo pode importar em grave lesão à preservação da ordem pública, podendo, inclusive, incitar a desobediência civil e a criação de tumulto".

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