JPL CALTECH/T. PYLE/NASA/AFP
Imagem da União Astronômica Internacional mostra planetas em torno de par de estrelas
A possibilidade de encontrar vida extraterrestre parece menos remota
após o anúncio de cientistas americanos sobre a descoberta da primeira
prova de que uma estrela binária pode ter múltiplos planetas ao seu
redor.
“Estamos vendo cada vez mais planetas em mais e mais situações assim”,
disse à AFP Jerome Orosz, astrônomo da Universidade Estatal de San
Diego, Califórnia (oeste). “Estamos quase a ponto de olhar para uma
estrela e dizer, ‘Por que não tem um planeta?”, acrescentou.
Orosz integra uma equipe que observou pelo menos dois planetas que
giram ao redor de uma estrela binária, isto é, um par de estrelas que
orbitam entre si. “Depois que se forma uma estrela, resta algum
material, que finalmente forma a Terra e os planetas”, explicou Orosz.
“A pergunta era, se colocássemos estes restos ao redor de uma estrela
binária, sobreviveriam tempo suficiente para formar planetas? A resposta
é sim”, acrescentou Orosz.
Os planetas recém-descobertos foram encontrados ao redor do Kepler-47,
um astro do tamanho do sol que orbita ao redor de outro menor, com um
terço do seu tamanho.
Outras descobertas
O telescópio Kepler, da Nasa, um satélite artificial que orbita ao
redor do sol buscando planetas extrassolares, já encontrou corpos
celestes em outras quatro estrelas binárias. Mas esta é a primeira vez
que os astrônomos têm prova da existência de mais de um planeta em torno
de um sistema binário.
Talvez haja um terceiro planeta lá também, disse Orosz, embora para equipe, que publicou suas pesquisas na revista Science, ainda sejam necessários mais dados. Os planetas descobertos são gigantes gasosos do tamanho de Netuno. Mas ambos orbitam muito perto de seus sóis.
Talvez haja um terceiro planeta lá também, disse Orosz, embora para equipe, que publicou suas pesquisas na revista Science, ainda sejam necessários mais dados. Os planetas descobertos são gigantes gasosos do tamanho de Netuno. Mas ambos orbitam muito perto de seus sóis.
De fato, um dos planetas identificados, o que se encontra no exterior,
está no que os cientistas chamam de “zona habitável”, não muito próxima e
quente, nem distante e fria demais. Isto também é inédito e é muito
emocionante porque representa um passo a mais rumo à descoberta de um
planeta do tamanho da Terra nesta zona habitável, segundo os cientistas.
“Agora podemos encontrar planetas neste tipo de órbitas. Assim, o passo
seguinte é a busca de corpos cada vez menores”, explicou Orosz, algo
que fica mais fácil com o acúmulo de dados. “Se a gente sai à noite e
olha para o céu, quase a metade das estrelas que vemos é de estrelas
binárias”, disse Orosz. “Assim, o fato de que se possa encontrar
planetas em áreas habitáveis das estrelas binárias significa que há
muito mais lugares” onde se poderia encontrar vida extraterrestre,
concluiu.
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