BLOG DA RENATA
Leia com atenção
1. Sua
arma não lhe dá poderes sobrenaturais. Ou seja, tê-la na cintura não o
torna invencível ou membro dos Avengers. Foi-se a época em que tinham
medo de quem estava armado;
2. Estar
armado em trajes civis muda sua forma de saque, o posicionamento de sua
arma e também o condicionamento natural de acesso rápido a seu
armamento. Ou seja, treine e esteja consciente desses três pontos;
3. Invista
em um coldre para uso velado. Vai ser ridículo ter sua arma presa na
borda da calça ou na sua cueca na hora do saque. Deixe essa gracinha
para os três patetas;
4. Usa
coldre velado em pochete abdominal ou de perna? Treine os saques também
com esses acessórios! Sua arma não virá para sua mão de forma mediúnica
e seus movimentos “finos” para abrir a pochete estarão prejudicados
pelo estresse e pela carga de adrenalina que seu organismo recebeu.
Lembre-se disso!;
5. Sua
boa intenção não é suficiente para identificá-lo como policial. Tenha E
USE o distintivo que lhe caracteriza como tal. Sugiro que ele esteja
posicionado na linha de cintura, no mesmo lado onde será realizado o
saque. Quando do acesso a seu armamento, IMEDIATAMENTE o distintivo será
visto, reduzindo drasticamente sua chance de ser confundido com um
bandido;
6. Aumente
a freqüência de manutenção de sua arma. Se antes suor não tinha tanto
contato com seu armamento pelo fato de você estar fardado, agora vai
ter!;
7. Houve
troca de tiros (I) e precisou neutralizar a ameaça? Disparos em regiões
periféricas do corpo NÃO SOLUCIONAM CONFLITOS ARMADOS. Aquela estória
de “dar um tiro na mão…/atirar na perna…” é coisa de quem assiste muito
filme e, obviamente, de “achistas”; atinja o agressor social – em não havendo dúvida da necessidade legal de
atuar – na região do tórax, abdômen ou pelve gerando uma “cavidade
permanente”. Isso aumentará sua possível sobrevivência e a proteção de
outras vítimas;
8. Houve troca de tiros (II) e precisou neutralizar a ameaça? Faça o seguinte:
a) Cheque à sua volta a possibilidade de haver outros agressores;
b) Ato contínuo, de forma visual e tátil, veja se você está ferido – primeiro, pescoço, região toráxica, depois abdominal, pélvica e parte interior das coxas (pontos onde hemorragias seriam mais graves), depois, parte interior dos braços e lateral do corpo;
c) É comum que você, por questões psicofisiológicas, não sinta ou perceba alguns ferimentos e nem faça uma checagem periférica para ver se há outras ameaças;
b) Ato contínuo, de forma visual e tátil, veja se você está ferido – primeiro, pescoço, região toráxica, depois abdominal, pélvica e parte interior das coxas (pontos onde hemorragias seriam mais graves), depois, parte interior dos braços e lateral do corpo;
c) É comum que você, por questões psicofisiológicas, não sinta ou perceba alguns ferimentos e nem faça uma checagem periférica para ver se há outras ameaças;
9. Potencialize
sua possibilidade de sobrevivência tendo a certeza de que você tem
chances de se ferir e vai ter que resistir a dor. Negar ou ter medo
desse fator é um sinal de que você está pouco preparado para neutralizar
uma ação com o uso da força letal;
10. Ligue
para o 190 para comunicar o fato e para se identificar, descrevendo
local, pessoas feridas (inclusive você, se for o caso) e como você está
vestido, mantendo seu distintivo sempre a mostra; caso alguém se
aproxime, mantenha-se alerta e não descuide da manutenção de sua
proteção pessoal, pois hoje é raro agressores atuarem sozinhos.
Autor: Tenente-Coronel PMDF Sant’Anna./CamocimPolícia24H
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