MENSALÃO
29/10/2012 21h04
FELIPE REZENDE
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, saiu
nesta segunda-feira (29) em defesa do ministro Ricardo Lewandowski,
revisor do processo do mensalão, que foi hostilizado por eleitores no
domingo quando foi votar na zona sul de São Paulo.
"Todos estamos sujeitos a críticas, mas que não se descambe, a pretexto
de fazer crítica, para o desacato, para a ofensa pessoal", afirmou
Britto. "O ministro Lewandowski tem votado com transparência, isenção e
desassombro", acrescentou.
No domingo, na sua zona eleitoral, um mesário perguntou a Lewandowski
se ele já teria "dado um abraço" no ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu. Outra eleitora também o criticou, uma atitude que Lewandowski
classificou como apenas uma "indelicadeza".
Britto admitiu que Lewandowski poderia ter dado voz de prisão para o
mesário por desacato à autoridade. No entanto, o presidente do tribunal
afirmou que o colega não estava "com espírito para entrar em polêmica".
Revisor do mensalão, Lewandowski tem sido criticado por absolver alguns
dos principais réus do mensalão, como José Dirceu. Britto defendeu
Lewandowski. "Cada ministro vota de acordo com sua consciência e ciência
jurídica", afirmou.
AGÊNCIA ESTADO
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