23/10/2012 11:54 - Atualizado em 23/10/2012 11:54
Descoberto em Minas Gerais por Peter Lund, em 1842, o
cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) foi considerado em
extinção no Estado. Após os relatos do naturalista dinamarquês,
especialistas jamais obtiveram comprovação científica da existência do
animal em território mineiro. No Brasil, os indícios também são raros.
Mas a prova de que o cachorro-vinagre, como a espécie também é chamada,
ainda habita as matas preservadas de Minas foi conquistada por biólogos
do Instituto Biotrópicos, parceiro do Instituto Estadual de Florestas
(IEF). Em 29 de setembro, eles capturaram a imagem de um exemplar do
raro animal no Parque Estadual Veredas do Peruaçu, em Januária, no Norte
do Estado.
Prova
O vídeo de apenas 1,5 segundo coroa sete anos de pesquisa. Câmeras com
sensor de movimento estão espalhadas por mais de 50 pontos dos 30 mil
hectares do parque desde 2005. “Havia apenas relatos de pessoas que
teriam visto o animal e pegadas atribuídas a ele. Depois do Lund, que
fez a descoberta na região de Sete Lagoas (Central), quase não havia
informações sobre o cachorro-vinagre. Não acreditei quando, finalmente,
conseguimos a confirmação pela imagem”, comemora o biólogo Guilherme
Braga Ferreira.
Habitat
Especialista em ecologia e conservação, ele é o coordenador do Projeto de Monitoramento de Mamíferos do Biotrópicos no Norte de Minas. Segundo o biólogo, há indícios da existência do animal apenas nesta região do Estado. “Ele está ameaçado de extinção em todo o país. Há informações mais relevantes sobre o bicho só no Mato Grosso”.
Especialista em ecologia e conservação, ele é o coordenador do Projeto de Monitoramento de Mamíferos do Biotrópicos no Norte de Minas. Segundo o biólogo, há indícios da existência do animal apenas nesta região do Estado. “Ele está ameaçado de extinção em todo o país. Há informações mais relevantes sobre o bicho só no Mato Grosso”.
Da família do cão doméstico e do lobo-guará, o cachorro-vinagre vive em
bandos. É um canídeo (carnívoro) de pequeno porte, com o adulto pesando
cerca de cinco quilos. “Ele tem rabo e patas curtas e não lembra nenhum
outro animal da mesma família. É chamado de vinagre por causa da
pelagem”, explica Guilherme.
O cachorro-vinagre se alimenta de pacas, tatus e outros animais. “O
desmatamento, a caça e o contato com o cão doméstico são os responsáveis
pelo desaparecimento e risco de extinção”.
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