terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cemig faz investimentos para melhorar distribuição de energia elétrica em Minas

Programa de Desenvolvimento da Distribuição (PDD) melhora instalação, ampliação e redistribuição de energia

Daniela Rezende - Estado de Minas
Publicação: 19/10/2012 09:05 Atualização: 19/10/2012 09:36

Em uma sexta-feira, há algumas semanas, Maria Aparecida Ponciano, de 47 anos, fazia as unhas de uma cliente quando começou a chover e ventar muito e a energia elétrica acabou. Ela, que é monitora de transporte escolar nos dias úteis e trabalha como manicure nos fins de semana, não teve outra saída. "Tinha colocado os pés dela na água e tive que fazer a unha à luz de velas", brinca.
Passadas 12 horas a energia voltou. Nesse período, o banho foi de bacia, com água aquecida no fogão. "Com a falta de luz você fica sem lugar. Você tem o hábito de fazer suas atividades usando a energia e com a falta dela é um transtorno", comenta.
Motivos comuns para a interrupção do fornecimento de energia são ventos com cerca de 80 a 100km/h associados as chuvas. Eles causam queda de postes e de árvores, que tocam ou caem na rede, e o rompimento de cabos. Outros motivos para o corte de energia são as descargas elétricas, causadas pelos raios. Foi o que ocorreu naquele dia na rua em que mora Maria Aparecida, no bairro Floramar, Região Norte de Belo Horizonte.
Para evitar que as árvores toquem nos fios durante a chuva e causem a queda da energia, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) investiu na substituição da rede simples por rede protegida ou isolada. Além disso, em 2012, cerca de 100 mil plantas foram podadas na RMBH e 500 mil em Minas Gerais para evitar acidentes.
Para resolver esses e outros problemas, a Cemig criou o Programa de Desenvolvimento da Distribuição (PDD), realizado em etapas, que duram cerca de cinco anos. O objetivo é melhorar a instalação, ampliação e redistribuição da energia para suprir o estado e melhorar a qualidade do fornecimento.
De acordo com o gerente de Planejamento Comercial da Cemig, Sérgio Mourthe, após o programa, os transtornos diminuíram. "Novas instalações, subestações e equipamentos têm o objetivo de manter o nosso sistema sempre aprimorado e renovado em relação a qualidade da energia. Aumentamos a oferta para melhorar a qualidade do fornecimento para o cliente", explica. "Para resolver um problema simples, estamos reduzindo o tempo médio de atendimento entre o cliente fazer a reclamação e a Cemig retomar a energia. Em 2009, gastávamos em torno de 6 horas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), hoje são 4h30. Reduzimos em média 1h30".
RESSARCIMENTO

João Batista aguarda a resposta da Cemig sobre o pedido de ressarcimento
João Batista aguarda a resposta da Cemig sobre o pedido de ressarcimento (Juliana Flister)
Por causa de um pique de energia, o analista de sistemas João Batista Figueiredo, de 30 anos, ficou sem a geladeira de casa. "O técnico explicou que estragou o módulo que coordena todas as funções, comprometendo também o motor. Tivemos um prejuízo de R$800,00", explica. Os moradores do apartamento entraram em contato com a Cemig, que se comprometeu a dar, em breve, uma solução sobre a situação.
O gerente de Planejamento Comercial, Sérgio Mourthe, explica que a Cemig faz uma avaliação do dia do ocorrido. "Se o dano foi causado por chuva, vento ou falta de energia". Quando os casos são mais urgentes, como geladeiras e portões eletrônicos, por exemplo, a concessionária autoriza o reparo imediato. "O cliente fornece a nota fiscal e se a Cemig concluir que é responsável vai ressarcir naquele valor", explica.
A solicitação pode ser feita em até 90 dias após os problemas causados nos eletrodomésticos. "O recomendado é que sempre que houver dano seja feita uma reclamação junto a Cemig", explica. Aproximadamente 25 mil solicitações de ressarcimento são feitas anualmente e 60% delas são atendidas.


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