11/11/2012 10:47 - Atualizado em 11/11/2012 10:47
Luiz Costa
Luiz Carlos Sachetto: "Concorrência com os chineses é desleal"
As cores verde e amarela na cobertura de um equipamento de precisão,
usado na produção de ferramentas e também na injeção e sopro de
plástico, foi a forma que a Indústria Romi S/A encontrou para chamar a
atenção sobre a situação que a indústria brasileira vive diante da
concorrência com as máquinas seriadas chineses, durante a décima edição
da Feira da Indústria Mecânica de Minas Gerais (Mecminas 2012). “Somos a
única empresa nesta feira que apresenta produtos novos com tecnologia
100% nacional. A concorrência com os chineses é desleal”, queixou-se
Luiz Carlos Sachetto, gerente da Romi em Contagem.
A situação poderia estar pior, segundo ele, não fossem os juros baixos,
na casa dos 2,5% ao ano, praticados pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Social (BNDS).
Preços imbatíveis
A China, reconhecem os concorrentes brasileiros, oferece equipamentos
de ponta a preços imbatíveis. Em 2008, de acordo com Ministério da
Indústria e Comércio Exterior, o Brasil importou US$ 20 bilhões em bens
de capital. Até setembro deste ano, as importações já somam US$ 25
bilhões. Na aquisição de uma máquina injetora de plásticos, por exemplo,
o mercado, que antes se dividia entre a nacional e a importada alemã,
hoje não tem dúvidas. O preço de uma máquina alemã equivale ao de três
chinesas, que desempenham as mesmas funções e, em caso de defeito, têm
assistência técnica e peças para reposição.
Leia sobre os prejuízos que a concorrência traz para o Brasil e como Minas é um mercado promissor na edição digital do Hoje em Dia
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