sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Exército fica de fora da agência de inteligência que usará tecnologia Vivo contra o PCC

Fonte: http://www.pmsdobrasil.com/2012/11/exercito-fica-de-fora-da-agencia-de.html

pmsdobrasil.com
Exclusivo - A Vivo (do grupo Telefónica) foi especialmente convidada pelos governos Federal e de São Paulo para implantar o sistema de inteligência de comunicações, com segurança máxima, para o trabalho da “Agência contra o Crime Organizado”. 
A empresa já atende ao Palácio do Planalto com um sofisticado e seguro sistema de transmissão de dados por microfibra ótica.

A decisão não provocará ciumeira no mercado porque só a Vivo tem uma equipe preparada para tamanho desafio de implantar o sistema para um centro de comando e controle integrado na área de segurança. Curiosamente, as Forças Armadas ficaram de fora da criação da Agência de inteligência que promete combater e neutralizar o PCC (Primeiro Comando da Capital) – que hoje funciona como uma empresa política. A Receita Federal e Secretaria da Fazenda promete asfixiar financeiramente as organizações criminosas.
Certamente, a exclusão do Exército, Marinha e Aeronáutica na “estrutura” da agência tem um motivo político-ideológico. A Presidenta Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin temem reeditar um modelo dos Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna. Subordinados ao Exército, os Doi-Codi foram eficientes no combate e neutralização tática das guerrilhas que queriam implantar o comunismo no Brasil, na década de 70. Por coincidência, o PCC tem claros objetivos político-ideológicos, muito além do lema “Paz, Justiça e Liberdade”.
Por azar (ou incompetência) na gestão da História, o Doi-Codi perdeu a guerra para a esquerda que na década de 60/70 agia como o PCC: praticavam roubos, assaltos, sequestros, assassinatos e atos de terror. No entanto, o Exército e sua comunidade de informações acabaram classificados de torturadores pela sempre eficiente contra-propaganda esquerdista. 

Os desvios e excessos pontuais cometidos em sua maioria por policiais civis (e não pelos militares de carreira) queimaram, irremediavelmente, o filme dos Doi-Codi – cujo modelo operacional e de inteligência poderia ser usado agora no combate efetivo ao PCC.
Agora, no joguinho federal-estadual do faz de conta, formarão a agência dita de inteligência os setores de inteligência e operacional das polícias Federal, Militar e Civil Rodoviária Federal (PRF) e Estadual, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Depem, órgão que administra as cadeias, Receita Federal, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Secretaria da Fazenda, polícia técnico científica, Ministério Público Estadual (MPE).
Após reunião conjunta ontem no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não falaram em quanto vai custar a criação e manutenção desta agência conjunta de inteligência. 

Os dois apenas anunciaram ações táticas imediatas para afetar a criminalidade. O combate estratégico ao crime nunca acontece, o que queima o filme de Geraldo Alkmin perante a opinião pública.
Ontem, ele e Cardozo só anunciaram o óbvio ululante. Além da transferência de presos de alta periculosidade para penitenciárias federais (provavelmente Mossoró, no Rio Grande do Norte), haverá contenção em rodovias, portos e aeroportos, um programa de enfrentamento ao crack, aperfeiçoamento da Polícia Científica, além do centro de controle e comando integrados.
A criação da Agência de “inteligência” é uma tentativa política de responder ao assassinato de 90 policiais em São Paulo. A maioria dos crimes é atribuída ao PCC. Na verdade, a tal “cooperação” pode dar em pouca coisa ou em nada. 

O pacto tenta esconder uma queda de braço entre os governos federal e estadual. Com a vitória de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, a marketagem petista agirá em dois sentidos. Desgastar Alckmin e fingir que o partido faz algo importante por São Paulo.

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