quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Moradores e PM se unem na internet para evitar crimes

21/11/2012 07:23 - Atualizado em 21/11/2012 07:23

Celso Martins - Do Hoje em Dia


A Rede de Vizinhos Protegidos, criada em 2004 para ajudar na prevenção e no combate à violência, agora já está nas redes sociais. Uma página on-line criada por estudantes de informática de Belo Horizonte é a nova aposta da Polícia Militar para receber informações sobre suspeitos e dar dicas para evitar assaltos e roubos.
O projeto está em fase de teste nos bairros de abrangência do 34º Batalhão da PM – regiões Noroeste e Pampulha –, onde surgiu a Rede de Vizinhos Protegidos. Nessa primeira etapa, os interessados em participar do projeto virtual estão fazendo o cadastro pela internet.
“A pessoa da comunidade que não puder participar de reunião presencial receberá, em videoconferência, orientações de como passar informações ao policial responsável pelo bairro”, diz o comandante interino do 34º BPM, major André Leão.
Para evitar que criminosos se infiltrem na rede, o militar tem uma estratégia. “O acesso pela internet será por meio de senha. Ela só será repassada à pessoa da comunidade que for integrante da rede. E uma das exigências será a participação em, pelo menos, uma reunião”, afirma.

Resultados
No bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, onde a Rede de Vizinhos Protegidos foi criada há cinco anos, a média de um arrombamento por semana caiu para um por mês, segundo a PM.
A administradora Adriene Arantes Moore, 50 anos, já usa a internet para repassar informações de ocorrências atendidas pela polícia aos outros moradores.
“Quando há um carro suspeito trafegando pelo bairro, imediatamente eu repasso a placa para 60 pessoas que fazem parte da rede. Com o sistema on-line, as informações vão se espalhar mais rapidamente”, avalia.
Além de reuniões a cada três meses com os moradores, os integrantes da rede usam apitos para alertar a presença de suspeitos no bairro.
“Nos encontros, a PM informa os tipos de ocorrências mais comuns no mês e em quais horários os criminosos estão atuando. Isso ajuda na prevenção, para que as pessoas redobrem os cuidados”, diz a professora Júlia Andrade, 32 anos, do bairro Caiçara, na região Noroeste.

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