Missão
Autor de livro e blog está no Brasil aprendendo árabe egípcio
FOTO: FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Atração. Benny: "Quero ir para o Egito em janeiro e pensei que poderia vir para o lugar que mais gosto no mundo (Brasil)"
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Ser
viajante profissional pode ser o sonho de muita gente. Pois o autor do
blog "Fluent in 3 Months", o irlandês Benny Lewis vem, há dez anos,
aprendendo novas línguas viajando pelo mundo. O que começou com a
percepção de que ele ainda não havia aprendido a falar espanhol depois
de seis meses morando na Espanha virou estilo de vida. Hoje, o irlandês
poliglota fala 11 idiomas e está em Belo Horizonte para aprender mais
um.
Os números do seu site são impressionantes: mais de 60 países, 500 mil visitantes por dia, quase 21 mil seguidores no Facebook e mais de 1 milhão de visualizações de seus vídeos no YouTube. Sem contar seu livro, que, com a venda online, banca a vida "cigana" do irlandês. Como ele faz para conseguir toda essa atenção? Propõe a si mesmo missões. Em três meses (o tempo em que pode ficar em um país sem precisar renovar o visto), ele precisa sair do status de não falante para fluente em alguma língua. No Brasil, ele está para aprender árabe egípcio através do francês - se é que isso é possível.
BH por quê? Questionado sobre o porquê de vir para Belo Horizonte e não diretamente para o Egito, ele diz que, quando esteve na China, aprendendo o mandarim, sentiu muita dificuldade em interagir com os nativos.
"Acabava que passava todo o meu tempo voltado para os estudos. Quero ir para o Egito em janeiro e pensei que poderia vir para o lugar que mais gosto no mundo e mostrar que é possível aprender através da internet e ainda manter uma vida social nos intervalos", diz.
Sobre o francês, ele garante que é mais fácil assimilar um novo idioma se você não fica fazendo traduções o tempo todo. Como a versão francesa do seu livro de estudos preferido é a melhor, a opção era a mais lógica.
Dicas. Em seus vídeos, podcasts e livro, o autor sempre faz questão de dizer que, diferente do que costumamos pensar, não é preciso ter menos de 14 anos, estudado a vida inteira ou facilidade linguística para aprender um novo idioma.
O segredo é se despir da vergonha e começar a falar desde o primeiro dia, independentemente do quanto você já saiba. Outra dica é aproveitar os fóruns da internet (veja abaixo) para trocar conhecimento e conversar com nativos.
Para ele, a melhor maneira de se aprender é através das pessoas. O contato (mesmo que virtual), defende, é a melhor arma contra o ego e o medo de errar.
Para muitos viajantes, visitar um novo lugar não está ligado necessariamente a conhecer profundamente a sua cultura. Quando se convive com as pessoas e se partilha do dia a dia delas desde o primeiro minuto da viagem, tem-se a possibilidade de se compartilhar muito mais do que belas paisagens.
Lewis explica que aprender um novo idioma está em todos os detalhes: é comunicar sem falar. A observação, desde o modo de se movimentar dos brasileiros até o tipo de negociação dos indianos, extrapola as questões gramaticais.
Se viajar também transmite conhecimento, outro adquirido por ele foi o desapego. Sempre de acordo com as condições alfandegárias impostas, hoje a sua vida se resume aos 23 kg de sua bagagem, os mais de mil livros no seu Kindle e os inúmeros amigos que ele coleciona pelo caminho.
Os números do seu site são impressionantes: mais de 60 países, 500 mil visitantes por dia, quase 21 mil seguidores no Facebook e mais de 1 milhão de visualizações de seus vídeos no YouTube. Sem contar seu livro, que, com a venda online, banca a vida "cigana" do irlandês. Como ele faz para conseguir toda essa atenção? Propõe a si mesmo missões. Em três meses (o tempo em que pode ficar em um país sem precisar renovar o visto), ele precisa sair do status de não falante para fluente em alguma língua. No Brasil, ele está para aprender árabe egípcio através do francês - se é que isso é possível.
BH por quê? Questionado sobre o porquê de vir para Belo Horizonte e não diretamente para o Egito, ele diz que, quando esteve na China, aprendendo o mandarim, sentiu muita dificuldade em interagir com os nativos.
"Acabava que passava todo o meu tempo voltado para os estudos. Quero ir para o Egito em janeiro e pensei que poderia vir para o lugar que mais gosto no mundo e mostrar que é possível aprender através da internet e ainda manter uma vida social nos intervalos", diz.
Sobre o francês, ele garante que é mais fácil assimilar um novo idioma se você não fica fazendo traduções o tempo todo. Como a versão francesa do seu livro de estudos preferido é a melhor, a opção era a mais lógica.
Dicas. Em seus vídeos, podcasts e livro, o autor sempre faz questão de dizer que, diferente do que costumamos pensar, não é preciso ter menos de 14 anos, estudado a vida inteira ou facilidade linguística para aprender um novo idioma.
O segredo é se despir da vergonha e começar a falar desde o primeiro dia, independentemente do quanto você já saiba. Outra dica é aproveitar os fóruns da internet (veja abaixo) para trocar conhecimento e conversar com nativos.
Para ele, a melhor maneira de se aprender é através das pessoas. O contato (mesmo que virtual), defende, é a melhor arma contra o ego e o medo de errar.
Para muitos viajantes, visitar um novo lugar não está ligado necessariamente a conhecer profundamente a sua cultura. Quando se convive com as pessoas e se partilha do dia a dia delas desde o primeiro minuto da viagem, tem-se a possibilidade de se compartilhar muito mais do que belas paisagens.
Lewis explica que aprender um novo idioma está em todos os detalhes: é comunicar sem falar. A observação, desde o modo de se movimentar dos brasileiros até o tipo de negociação dos indianos, extrapola as questões gramaticais.
Se viajar também transmite conhecimento, outro adquirido por ele foi o desapego. Sempre de acordo com as condições alfandegárias impostas, hoje a sua vida se resume aos 23 kg de sua bagagem, os mais de mil livros no seu Kindle e os inúmeros amigos que ele coleciona pelo caminho.
Ferramentas online e gratuitas também ajudam o aprendizado
Aprender
uma língua é um processo de absorção de informação e interação com
outras pessoas. Isso não quer dizer necessariamente que você precise
fazer isso em outro país ou gastar rios de dinheiro. Um dos ensinamentos
que Benny Lewis tenta passar é que há ferramentas na internet para
conectar falantes.
Entre as opções, há sites como o Italki e o Live Mocha, que usam esquema de fichas, lições audiovisuais e interação com nativos. Nesses sites, a maioria dos cursos é gratuita, mas existem opções pagas, que oferecem recursos adicionais, como professores oficiais, downloads e a gramática da língua estudada. Com o Verbling, a ideia é conectar pessoas, randomicamente, através de videochats.
Mas o aprendizado não vem só de sites especializados. Outra dica valiosa é o uso do Couch Surfing para marcar encontros. Na ferramenta, é possível ainda encontrar fóruns de línguas e - por que não? - hospedar alguém que fala o idioma que se quer treinar. (KB)
Entre as opções, há sites como o Italki e o Live Mocha, que usam esquema de fichas, lições audiovisuais e interação com nativos. Nesses sites, a maioria dos cursos é gratuita, mas existem opções pagas, que oferecem recursos adicionais, como professores oficiais, downloads e a gramática da língua estudada. Com o Verbling, a ideia é conectar pessoas, randomicamente, através de videochats.
Mas o aprendizado não vem só de sites especializados. Outra dica valiosa é o uso do Couch Surfing para marcar encontros. Na ferramenta, é possível ainda encontrar fóruns de línguas e - por que não? - hospedar alguém que fala o idioma que se quer treinar. (KB)
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