23/11/2012 07:00 - Atualizado em 23/11/2012 07:00
Marcio pede desculpa por ter dito que morador de BH precisava de "babá"
Ricardo Bastos
Lacerda se desculpou por "expressão infeliz"
Uma semana após dizer que a prefeitura “precisava ser mais babá do
cidadão”, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), pediu
desculpas pela declaração. “Foi uma expressão infeliz que falei, as
pessoas se sentiram ofendidas e peço desculpas, não foi uma expressão
politicamente correta”, reconheceu.
Na sexta-feira passada, Marcio visitou alguns dos locais que sofreram
inundação na forte chuva do feriado de 15 de novembro. Em entrevista
próximo ao ponto em que uma pessoa teve o carro arrastado para o córrego
Sarandi e morreu afogada, o prefeito ficou visivelmente nervoso com uma
pergunta sobre a previsibilidade das chuvas e da morte que poderia ter
sido evitada. “Então, se é o que você está dizendo, falhamos, devíamos
ter sido um pouco mais ‘babás’ dos cidadãos para que eles não corressem
risco”.
Prevenção
O prefeito lembrou que a sua gestão investiu R$ 500 milhões em obras de
prevenção aos efeitos da chuva. Segundo ele, há intervenções em
andamento no valor de R$ 900 milhões e para o próximo ano estão
previstos mais R$ 1 bilhão. “Isso é muito mais dinheiro que vamos
investir no metrô”.
O prefeito disse ainda que quanto mais uma obra for preparada para um volume maior de chuvas, maior será seu custo.
Mesmo com todas as intervenções e recursos investidos, Marcio alertou a
população. “Não podemos estar presente em todos os momentos para que as
pessoas corram risco. As pessoas correm riscos todos os dias: ingerem
álcool e vão dirigir e acertam um poste com um carro. Isso é um risco
que a pessoa assume. Então, a gente tem de alertar as pessoas para não
entrarem com os carros em correntezas, podem ser arrastados. É preciso
evitar a proximidade com córregos nesses momentos de inundação”,
afirmou.
Alerta
A prefeitura estuda uma maneira de avisar a população de forma mais
efetiva sobre possíveis alagamentos. “Vamos imaginar alguma forma de
alerta, com sirenes ou alto-falantes nesses locais com risco de
inundação. Às vezes, é uma pessoa que não está acostumada a passar ali,
então precisa de alguma forma de alerta que só a placa não resolva”,
admitiu.
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