quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TCU aponta risco de obras para a Copa não saírem do papel até 2014

22/11/2012 06:36 - Atualizado em 22/11/2012 06:36

Amália Goulart - Do Hoje em Dia


Amadeu Barbosa
O estádio do Mineirão, na Pampulha, está com 97% das intervenções concluídas

Mineirão
As obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014, em Belo Horizonte e nas outras 11 cidades sede, estão atrasadas e correm o risco de não ficarem prontas para o Mundial. A situação é a mesma quando o assunto é aeroporto.
Na capital mineira, obras para adequação das principais avenidas ainda patinam. Os índices de execução são baixos e a previsão de término de algumas delas é em janeiro do próximo ano.
O aeroporto internacional de Confins enfrenta problema similar. De todas as intervenções previstas, apenas 8,42% foram realizadas.
Relatório
As constatações fazem parte de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), após a fiscalização de todos os empreendimentos para o mundial. O documento foi finalizado neste mês e diz respeito ao andamento das obras até julho deste ano.
A mobilidade urbana é considerada essencial para o sucesso do campeonato. Recebe investimentos federais, mas estão à cargo dos municípios.
As obras viárias em Belo Horizonte consistem em alargamentos de vias, construção de corredores rápidos de ônibus e melhoria nas avenidas de acesso ao Mineirão. Na prática, a menos de dois anos da Copa, nem metade dos empreendimentos está concluída – algumas obras começaram em 2010.
Os prazos estão tão apertados que das oito intervenções na área da mobilidade previstas para a capital, duas já deveriam ter sido concluídas. Uma delas é a construção de um corredor de ônibus, o chamado BRT, na avenida Cristiano Machado, que liga a Região Central ao aeroporto de Confins. O empreendimento deveria estar pronto em outubro deste ano. Apenas uma intervenção é considerada pelo TCU como tendo execução razoável.

Orçamento

A principal obra viária para a Copa também está atrasada. É a construção do BRT na avenida Antônio Carlos, iniciada em junho de 2010 – a previsão era a de ficar pronta em outubro de 2013.
Até agora, apenas 26,79% da obra foi feita. Ela tem o maior orçamento, de R$ 633,9 milhões, de um total de R$ 1,3 bilhão a ser investido em Belo Horizonte.
A obra consiste na construção de um corredor de transporte de massa com 16 quilômetros de extensão e duas faixas exclusivas para ônibus em cada direção.
Serão construídas ainda 64 estações. A intervenção fará a conexão entre a Região Central da cidade e o Mineirão. É considerado pela Fifa o principal corredor para transporte em massa dos torcedores.
Outro empreendimento para a mobilidade em atraso é o corredor da avenida Pedro II, com 0,31% completado. A obra consiste na adequação viária da avenida com alargamento de viaduto. O custo é de R$ 158,8 milhões.
O único empreendimento mineiro que está avançado é a reforma do estádio do Mineirão. Ele não faz parte da obras de mobilidade. O estádio está 97% pronto.
 

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