Unidos
Comissão interamericana avalia pedido de indenização por crime cometido por policiais em BH
Guilherme Paranaiba -Estado de Minas
Publicação: 09/11/2012 06:00 Atualização: 09/11/2012 06:10
Ilustração: Google Images
Guilherme Paranaiba -Estado de Minas
Publicação: 09/11/2012 06:00 Atualização: 09/11/2012 06:10
Ilustração: Google Images
Um caso de tortura e morte ocorrido no fim da década de
1980 em Belo Horizonte ganhou repercussão internacional ao chegar à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sediada em Washington,
capital dos Estados Unidos, onde foi debatido em audiência no último
dia 3. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,
que acompanha os casos envolvendo brasileiros no órgão de mediação
internacional, admitiu a possibilidade de negociação para que a família
de Silas Abel da Conceição – assassinado por dois policiais civis
mineiros quando tinha 18 anos – seja indenizada pelo poder público.
Apesar disso, como quem responde pela violação é o governo de Minas,
devido ao envolvimento de agentes estaduais, o desfecho do caso ainda
parece longe do fim.
Segundo o advogado que representa a família, Elcio Pacheco, em 1988, Silas e um amigo, moradores do Bairro 1º de Maio, Região Norte de BH, foram presos e levados para uma delegacia na capital, onde foram torturados por policiais. O amigo de Silas faleceu depois da sessão de agressões e o sobrevivente foi ameaçado pelos agentes em caso de delação. As mães dos dois adolescentes resolveram denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Civil e Silas acabou morto. Ainda segundo o advogado, várias testemunhas presenciaram o jovem sendo levado em uma noite por dois policiais para o Anel Rodoviário, onde levou um tiro na nuca.
Em 2005, época que o processo criminal contra os dois policiais civis ainda se arrastava no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o representante da família denunciou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que ratificou a denúncia em 2009, sob o número 12.708, quando os policiais já haviam sido condenados no Brasil. No último sábado, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República admitiu tentar um acordo entre o Estado brasileiro e os autores da denúncia. Ainda segundo o advogado, além do pedido de indenização, ficou acordado um pedido público de desculpas.
Acordo Segundo a assessoria da Secretaria de Direitos Humanos, está em curso uma negociação com o governo de Minas na tentativa de “definir os termos de um acordo de solução amistosa para o caso Silas Abel da Conceição e Augusta Tomázia Inácia (mãe do jovem), na qual poderá constar uma cláusula referente à indenização aos familiares”, diz a nota oficial.
Já o governo de Minas se pronunciou informando que houve pedido formal de desculpas à família em reunião realizada na sede da Advocacia Geral do Estado, no início de 2011, e que, de acordo com a Constituição, só pode realizar pagamento de indenização após a devida condenação judicial, transitada em julgado, via precatório. Nenhuma ação indenizatória foi proposta pelos familiares de Silas Abel no Brasil, diz o texto.
Segundo o advogado que representa a família, Elcio Pacheco, em 1988, Silas e um amigo, moradores do Bairro 1º de Maio, Região Norte de BH, foram presos e levados para uma delegacia na capital, onde foram torturados por policiais. O amigo de Silas faleceu depois da sessão de agressões e o sobrevivente foi ameaçado pelos agentes em caso de delação. As mães dos dois adolescentes resolveram denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Civil e Silas acabou morto. Ainda segundo o advogado, várias testemunhas presenciaram o jovem sendo levado em uma noite por dois policiais para o Anel Rodoviário, onde levou um tiro na nuca.
Em 2005, época que o processo criminal contra os dois policiais civis ainda se arrastava no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o representante da família denunciou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que ratificou a denúncia em 2009, sob o número 12.708, quando os policiais já haviam sido condenados no Brasil. No último sábado, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República admitiu tentar um acordo entre o Estado brasileiro e os autores da denúncia. Ainda segundo o advogado, além do pedido de indenização, ficou acordado um pedido público de desculpas.
Acordo Segundo a assessoria da Secretaria de Direitos Humanos, está em curso uma negociação com o governo de Minas na tentativa de “definir os termos de um acordo de solução amistosa para o caso Silas Abel da Conceição e Augusta Tomázia Inácia (mãe do jovem), na qual poderá constar uma cláusula referente à indenização aos familiares”, diz a nota oficial.
Já o governo de Minas se pronunciou informando que houve pedido formal de desculpas à família em reunião realizada na sede da Advocacia Geral do Estado, no início de 2011, e que, de acordo com a Constituição, só pode realizar pagamento de indenização após a devida condenação judicial, transitada em julgado, via precatório. Nenhuma ação indenizatória foi proposta pelos familiares de Silas Abel no Brasil, diz o texto.
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