13/11/2012 07:47 - Atualizado em 13/11/2012 07:47
Ricardo Bastos
Bancada federal se reuniu com governador para tratar prioridades nas chamadas emendas parlamentares
Nem a duplicação das BR’s 381 e 040 nem Anel Rodoviário, muito menos o
Rodoanel. Essas obras, tidas como prioritárias pelo governo estadual e
as bancadas de deputados e senadores mineiros, não sairão do papel, se
depender do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
Nenhuma delas está contemplada no orçamento do órgão enviado, junto as
despesas da União, ao Congresso para o exercício de 2013. Isso significa
que só haverá obras se a partir de 2014. O alerta foi dado, nessa
segunda-feira (12), pela bancada federal mineira ao governador Antonio
Anastasia (PSDB), durante reunião para tratar das prioridades estaduais
nas chamadas emendas destinadas aos parlamentares junto ao orçamento
federal.
Corte
Corte
Segundo o coordenador da bancada, deputado Fábio Ramalho (PV), houve um
corte de R$ 800 milhões nos gastos que o Dnit pretendia para Minas em
2013. Esse corte aconteceu no momento em que a previsão de despesas com
as obras foi encaminhada ao Ministério do Planejamento.
Inicialmente, segundo o parlamentar, estavam previstos R$ 2,1 bilhões
ao Estado. Porém, a equipe econômica do governo federal fechou o
orçamento em R$ 1,3 bilhão. “Foi cortado muito recurso para o Dnit.
Vamos fazer um termo de bancada, uma exigência para que esses recursos
voltem”, afirmou. Segundo ele, haverá reação por parte dos
parlamentares.
Mesma preocupação demonstrou Anastasia. “O senador Clésio Andrade
(PMDB) mostrou que a proposta que o Dnit fez para a equipe econômica
sofreu cortes”, completou o governador.
Sem verba
Sem verba
Levantamento feito pelo Hoje em Dia, no projeto de lei
orçamentária enviado pelo Ministério do Planejamento ao Congresso,
mostra que não estão previstos recursos para as obras rodoviárias
prioritárias. A duplicação da 381, por exemplo, foi anunciada há menos
de um mês.
Já a modernização do Anel Rodoviário teve até edital de licitação
lançado no mercado. Em convênio com o Estado, a União liberou o processo
licitatório. O próprio Anastasia havia, ontem, afirmado que o governo
federal faria as obras. Mas não é o que diz o orçamento do Dnit.
Os recursos analisados referem-se apenas ao montante destinado a obras,
não inclui projetos executivos. O maior montante de dinheiro empregado
no Estado será para a manutenção da malha viária. Serão R$ 700 milhões
para 9.392 quilômetros de rodovias.
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