Veja as TVs 4K na CES 2013.
TV 4K Samsung
As empresas que parecem mais próximas de transformar o 4K em algo humano e palatável (pelo menos para os com o bolso mais cheio, mas não milionários) são a Sony e a LG. Ambas trouxeram telas gigantescas para mostrar por aqui, mas também mostraram que já há espaço para televisores que podem estar na casa de pessoas: modelos de 55″ e 65″ polegadas foram exibidas, e em nossos testes oculares, mostraram que o momento do 4K está chegando.
E essa sensação surge não só por causa da tecnologia estar mais pronta, mas também pelo conteúdo: emplacar uma resolução tão alta assim requer algo que mereça ser assistido nela, certo? E é por isso que acredito que o japoneses da Sony e os coreanos da LG estão na frente. A primeira mostrou um clipe filmado em 4K no Carnaval brasileiro do ano passado. Sim, a Globo usou câmeras 4K em fevereiro de 2012, e isso é um ótimo sinal. Sobre o resultado, foi uma das coisas mais incríveis que vi por aqui: imagens tão reais e tão incríveis que deixaram milhares de transeuntes de feira boquiabertos.
Já
a LG apostou em uma exibição com upscaling do Blu-ray do clássico “Ben
Hur”. O resultado pode não ter sido tão impactante quanto o carnaval da
Sony, mas fez com que eu me sentisse mais próximo do uso comum do 4K.
Nada melhor do que um bom filme para passar essa sensação. E o
upscalling não decepciona: mesmo com a proporção de 21:9, que faz com
que boa parte da tela não seja utilizada, ver um filme assim, em 85
polegadas, com uma resolução tão incrível, foi uma das experiências mais
próximas ao ato de ir ao cinema que eu já vi em um televisor.
Fora
as duas empresas em que eu senti a realidade chegando, toda fabricante
de televisores trouxe o 4K para a CES. A Samsung mostrou sua gigantesca
TV — que chega a 110″ — e parece algo extremamente futurista (e com um
design, digamos, duvidoso), mas há televisores com resolução altíssima
em todo canto: Sharp, Toshiba… até a chinesa Hisense, que ficou com o
gigantesco espaço da Microsoft na feira, trouxe um modelo.
Além da combinação hardware + conteúdo, o preço das televisões 4K deve diminuir consideravelmente nos próximos meses. Se os primeiros modelos chegaram aos EUA nos últimos meses custando 12 mil dólares, um valor proibitivo para praticamente todos os seres vivos, a Sony promete baratear os custos consideravelmente — sem dar um número exato, mas ela diz que custará “um pouco mais” do que as telas de 1080p premium. Calculamos por aí que elas possam custar em breve uns 5 mil dólares. Claro que o valor ainda é alto, mas é muito mais razoável e aumenta a chance de popularização da tecnologia — o que significa preços ainda mais baixos em um prazo não tão longo. Por fim, esse é o preço que o 4K terá que enfrentar pela belíssima tela de Plasma da Panasonic ZT60, que já falamos, olhamos e comentamos por aqui.
Além da combinação hardware + conteúdo, o preço das televisões 4K deve diminuir consideravelmente nos próximos meses. Se os primeiros modelos chegaram aos EUA nos últimos meses custando 12 mil dólares, um valor proibitivo para praticamente todos os seres vivos, a Sony promete baratear os custos consideravelmente — sem dar um número exato, mas ela diz que custará “um pouco mais” do que as telas de 1080p premium. Calculamos por aí que elas possam custar em breve uns 5 mil dólares. Claro que o valor ainda é alto, mas é muito mais razoável e aumenta a chance de popularização da tecnologia — o que significa preços ainda mais baixos em um prazo não tão longo. Por fim, esse é o preço que o 4K terá que enfrentar pela belíssima tela de Plasma da Panasonic ZT60, que já falamos, olhamos e comentamos por aqui.
O futuro do futuro
E se já podemos olhar o 4K cada vez menos como algo futurista, é claro que as fabricantes de televisores separaram algumas traquitanas bem incríveis para a CES. Das telas que custarão mais do que meus dois olhos da cara, a armação e a lente dos meus óculos juntos, as mais impressionantes foram as OLED 4K.
As duas empresas que mostraram a tecnologia foram a LG e a Panasonic, curiosamente a dupla que assinou no meio do ano passado um acordo para produção de telas de OLED. A Panasonic o fez de forma mais humilde, com um único televisor (“a maior tela OLED 4K do mundo”). Já a LG espalhou diversas telas por seu gigantesco estande, e o resultado é realmente absurdo (como a imagem que abre esta matéria).
As coreanas Samsung e LG também disputaram as atenções com os televisores curvados. A promessa é de imersão ainda maior, mas confesso que não tive tal sensação — talvez pela presença maciça de pessoas se acotovelando para ver os aparelhos. No fim, o design dos aparelhos parece mais com uma tentativa de criar algo novo, pelo menos por enquanto.
E,
por fim, a Panasonic mostrou um curioso tablet de 20 polegadas e
resolução 4K. Eu já tive televisores de tubo com menos polegadas, então
não seria exagero dizer que ele pode ser uma televisão. Brinquei
rapidamente com o aparelho e a tela realmente impressiona, mas há
milhares de questionamentos sobre a tecnologia: que sistema aguenta
rodar em uma resolução dessa? Quanto tempo a bateria de um aparelho
assim duraria? A Panasonic ainda não responde tais perguntas, mas desde
já mostra o tablet como um aparelho de nicho, voltado para arquitetos,
fotógrafos etc.
Uma
pitada do futuro distante e uma dose muito mais polpuda do que
provavelmente será o futuro próximo dos televisores. Nas grandes telas, a
CES 2013 cumpriu sua missão de trazer o futuro distópico e o futuro
real ao mesmo tempo.
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