Quatro dos oito assaltantes que aterrorizaram a cidade de Cotiporã no domingo, após assalto a fábrica de joias,...
Quatro
dos oito assaltantes que aterrorizaram a cidade de Cotiporã no domingo,
após assalto a fábrica de joias, escaparam do cerco policial, fizeram
mais um refém e conseguiram fugir para a região metropolitana de Porto
Alegre ontem. O quinto ainda pode estar na mata onde o grupo se
escondeu. Os outros três morreram em confronto com a Brigada Militar
logo no início da perseguição no domingo.
A ação da quadrilha
surpreendeu os 4 mil moradores de Cotiporã, na serra do nordeste do Rio
Grande do Sul. Os bandidos fizeram os frequentadores de um bar de
escudos humanos enquanto explodiam e roubavam uma fábrica de joias. Na
primeira etapa de fuga levaram sete reféns e enfrentaram uma barreira
policial. No confronto, três assaltantes morreram e dois soldados de
Brigada Militar ficaram feridos. Entre os mortos, estava um dos bandidos
mais procurados do Rio Grande do Sul. Cinco dos sequestrados
conseguiram escapar da polícia.
Na sequência, ainda na madrugada
de domingo, o grupo invadiu uma casa de agricultores e levou mais sete
reféns para dentro de uma mata.
Na tarde daquele mesmo dia, os
fugitivos se afastaram e as nove pessoas que estavam no cativeiro saíram
da mata. Desde então a polícia vigiava todas as estradas vicinais da
área.
Na madrugada de ontem, quatro dos assaltantes invadiram uma
casa de uma área rural de Bento Gonçalves, amarraram três pessoas,
roubaram dois carros e obrigaram um dos agricultores a seguir com eles.
Como um pneu de um automóvel levado na fuga furou, todo o grupo se
reuniu dentro do segundo automóvel, que acabou abandonando, junto com o
refém, em uma estrada entre os municípios de São Vendelino e Bom
Princípio. Os bandidos eram esperados por parceiros em outro veículo e
tomaram o rumo de Porto Alegre. O agricultor pediu ajuda em uma
borracharia e logo depois foi auxiliado pela Brigada Militar a voltar
para casa.
Dias na mata. Pela descrição dada pela família
agredida, a polícia está convicta de que os quatro fugitivos são do
mesmo bando que atacou a fábrica de joias de Cotiporã. Eles estavam
sujos quando invadiram a casa dos agricultores e pediram água e comida,
indicando que teriam passado alguns dias na mata e atravessado o rio das
Antas para chegar à zona rural de Bento Gonçalves e escapar do cerco
que havia se formado do outro lado, no território de Cotiporã.
A
Brigada Militar mantém uma equipe em Cotiporã para procurar o quinto
assaltante e também para transmitir aos moradores uma sensação de
segurança. Ao mesmo tempo, passou a acompanhar, por informantes, o
deslocamento do veículo usado pela quadrilha, na tentativa de localizar o
novo esconderijo dos bandidos.
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