segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Depois da briga pelos eleitores, vereadores disputam gabinetes

14/01/2013 06:45 - Atualizado em 14/01/2013 06:45

Lucca Figueiredo - Do Hoje em Dia


Flávio Tavares
Câmara Municipal
Local pretendido pelo chefe do Legislativo em Santa Luzia

Depois da posse dos eleitos, as câmaras municipais de diversas cidades mineiras enfrentam agora um outro problema: a falta de espaço para abrigar os gabinetes dos parlamentares. Em todo o Estado são 569 vereadores a mais do que na legislatura anterior espalhados por 124 municípios. Em muitos locais, os prédios já chegaram ao limite de sua capacidade.
 

É o caso de Santa Luzia, na região metropolitana. No município, o número de vereadores aumentou de 13 para 17 e o prédio principal, que fica ao lado da igreja matriz da cidade, não possui condições de receber a nova demanda.

Um outro detalhe dificulta ainda mais a situação. O edifício faz parte do centro histórico e é tombado. Portanto, para efetuar qualquer intervenção é preciso uma autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e da Secretaria Municipal de Cultura.

A solução para o impasse pode ser a utilização de um prédio que também pertence à Câmara, mas que fica distante cerca de um quilômetro do prédio principal. Essa, pelo menos, é a intenção do presidente da Casa, Pedro de Teco (PTC). “Já estão sendo feitas obras de adaptação. Em fevereiro tudo estará pronto”, afirmou.

O Hoje em Dia esteve no local e não percebeu nenhuma intervenção. Pelo contrário. No local funciona atualmente o setor de assistência judiciária da prefeitura. Uma funcionária no local confirmou a situação. “Teve esse boato, mas parece que não vamos sair e eles não vão vir”, disse. Questionado, Pedro de Teco não quis comentar a situação. Além de abrigar os gabinetes, a Câmara de Santa Luzia precisará reformar o plenário, porque não há assentos para todos os vereadores.

Gastos

Em Congonhas, região Central do Estado, o número de parlamentares subiu de nove para 13 e a situação deve demorar mais seis meses para ser resolvida. A intenção do presidente do Legislativo municipal, Adivar Barbosa (PSDB), é a de alojar os vereadores no prédio atual da Câmara e transferir a administração para o edifício antigo, distante cerca de 200 metros.

“Somente com a reforma estimamos um gasto de R$ 50 mil”, disse o vereador. Até a realização da obra, os quatro novatos devem ocupar salas que serão alugadas com o dinheiro público.

Já em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a adaptação de espaços devem ser suficiente para abrigar os novos vereadores. Na cidade, o número subiu de 21 para 27. Com isso, alguns setores serão remanejados. No plenário, não haverá problema pois o local possui capacidade para 33 pessoas.

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