domingo, 27 de janeiro de 2013

Homem morre após levar disparos de arma de choque em Santa Catarina

Jeferson Bertolini - Folhapress


FLORIANÓPOLIS - Um homem de 48 anos morreu na madrugada deste sábado (26) em Florianópolis depois de levar disparos da pistola Taser, que imobiliza por eletrochoque, e de receber tranquilizantes da equipe de socorro médico.
Ainda não se sabe a causa da morte. As polícias Civil e Militar abriram inquérito para apurar o caso - é a segunda morte na cidade relacionada a esse tipo de arma em menos de um ano.
Segundo o boletim de ocorrência, Marcos Antônio Clarinda foi perseguido por policiais militares por supostamente estar dirigindo em alta velocidade por uma avenida do bairro Capoeiras, na parte continental da cidade.
O motorista, ainda conforme o boletim, foi cercado na saída do túnel Antonieta de Barros, no Centro, a cerca de cinco quilômetros de distância da primeira abordagem.
O delegado Egídio Klauck, que fez o registro, disse que os militares declararam ter disparado dois tiros de borracha e um com munição de pistola contra o carro para fazer o motorista parar.
Afirmaram que, depois, usaram a Taser para acertar o motorista com dois tiros porque ele estava muito agitado ao ser cercado.
Disseram ainda que, como os tiros não foram suficientes para imobilizá-lo, chamaram uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para acalmá-lo com remédios.
Clarinda recebeu duas doses de um tipo de tranquilizante no carro da polícia. Ele começou a passar mal e foi levado para o Hospital Celso Ramos, onde morreu. A reportagem procurou a direção do Samu para comentar o caso neste sábado, mas ainda não teve resposta.
Não havia drogas nem bebida no carro, segundo o boletim de ocorrência.
Outros casos
Em março do ano passado, um homem de 33 anos morreu ao levar tiros da pistola Taser no bairro dos Ingleses, também em Florianópolis.
No mesmo mês, o estudante brasileiro Roberto Curti, 21, foi morto ao receber ao menos 14 choques de policiais em Sidney, na Austrália. Ele fugiu quando policiais tentaram abordá-lo por suspeitar que ele havia roubado um pacote de bolachas.
A juíza encarregada de investigar a ação policial decidiu encerrar o caso em novembro, sem levá-lo à corte criminal. Foi determinado que os policiais passariam apenas por ação disciplinar.

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