18/01/2013 06:41 - Atualizado em 18/01/2013 06:41
Leonardo Morais/Hoje em Dia
Em Governador Valadares, a prefeitura prefere falar em contingenciamento
Em vez de anunciar obras, os prefeitos em Minas se preparam para
congelar os orçamentos. O motivo para a adoção da medida é a falta de
garantia da liberação de verbas federais e estaduais, responsáveis por
abastecer a maior parte dos caixas municipais.
Alguns prefeitos já falam em “cortar na carne”, seja reduzindo os
próprios salários ou a folha de pagamento. Em um cenário promissor,
anúncio de obras e novos investimentos só em 2014.
É o caso do município de Araguari, no Triângulo Mineiro.
Recém-empossado na prefeitura, Raul Belém (PP) vai congelar o orçamento
municipal. A dívida atual chega a R$ 78 milhões, segundo o prefeito.
“A situação está péssima. Dependendo do resultado da auditoria, vou
baixar um decreto para criar um gabinete de emergência. Essa dívida vem
de anos”, declarou.
Serviços básicos como capina e varrição das ruas estão paralisados. O
prefeito declarou que vai chamar os credores e fazer uma proposta para
pagá-los em prestações.
Outra medida será reduzir em 10% a folha de servidores. “53% da nossa
receita está comprometida com folha de pagamento”, declarou.
O prefeito de São Francisco, Norte de Minas, Luis Rocha (PMDB), diz que
vai cortar o próprio salário. “Vou ter que congelar o orçamento. São
R$10 milhões em dívidas”, disse.
Dentre as obras que não poderão ser feitas em 2013, está a drenagem da
cidade. “Infelizmente, a população vai ter que esperar”, disse.
Em Governador Valadares, Vale do Rio Doce, o secretário de
Administração, Ranger Belisário, prefere falar em contingenciamento.
“Vamos liberar pagamento só quando tivermos o dinheiro”, declarou. De
acordo com ele, as novas obras anunciadas serão aquelas cujo
investimento já foi captado. “A situação não está maravilhosa, mas não
podemos reclamar”.
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