Correio Braziliense
Publicação: 18/01/2013 10:08 Atualização:
Lula sempre deixou claro que é conselheiro da presidente, mas prefere não se intrometer nas decisões |
Depois
de apontar os rumos da administração de Fernando Haddad em São Paulo, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará com Dilma Rousseff até o
fim do mês para afinar o ritmo do governo federal nesta segunda metade
do mandato presidencial. Com um Produto Interno Bruto (PIB) claudicante;
obras do PAC e da Copa do Mundo em ritmo sofrível; empresários receosos
de investir; e uma classe política ressentida de maior atenção, Dilma
ainda surfa nos altos índices de popularidade, mas, segundo aliados, é
preciso adotar medidas preventivas para evitar problemas futuros. “Não
podemos deixar que o discurso da oposição de desconstrução da gerentona
cole no imaginário da população”, disse um petista com bom trânsito no
governo.
Saiba mais...
Assessores de Lula preparam tour do ex-presidente em cidades do interior do país
Lula se reúne com Haddad e com secretários municipais
Dilma vistoria obras hídricas e assina ordens de serviço no Nordeste
Neste ponto, Lula, que voltou à cena depois
de um mergulho no fim do ano passado — provocado, principalmente, pelos
desdobramentos do julgamento do mensalão e pela deflagração da Operação
Porto Seguro —, poderá dar dicas preciosas à presidente, segundo
pessoas próximas a ele. “Lula conversava, tentava convencer no debate de
ideias. Não há nada mais afrodisíaco para um político do que saber que
tem a atenção do presidente da República”, declarou um dirigente
partidário. Ele lembra que, durante o governo Lula, muitos parlamentares
chegavam a tuitar os encontros presidenciais. “Essa mensagem, na base
eleitoral dos parlamentares, valia ouro. Hoje, essa relação é
inexistente”, lamentou o dirigente político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário