Infrações
Segundo delegado do Detran, problema é que os motoristas estão malpreparados
FOTO: RODRIGO LIMA
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Em
Belo Horizonte, 9.723 motoristas tiveram a Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) suspensa ou a permissão para dirigir cancelada no ano
de 2012. São condutores que cometeram infrações graves, como o
motociclista que circulou com a viseira do capacete aberta, e novos
motoristas que desrespeitaram a lei durante o período probatório. O
número representa uma média de 27 casos por dia.
O levantamento feito pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) mostra que 4.873 motoristas tiveram a carteira suspensa por embriaguez ao volante, por atingir 20 pontos na CNH ou por cometer infrações graves com motocicletas - um crescimento de 24% em relação a 2011, quando 3.932 condutores receberam a suspensão. Nesses casos, o condutor fica proibido de dirigir por um prazo e deve fazer um curso de reciclagem e uma prova no Detran para recuperar o documento.
Os outros 4.850 condutores estavam no primeiro ano de habilitação e a permissão foi cancelada porque cometeram uma infração grave ou duas de média gravidade. Esses terão que começar do zero o processo para retirar uma nova CNH .
O auxiliar financeiro Márcio Rodrigues, 31, conta que deu trabalho recomeçar o processo. Quando ele tinha sete meses de permissão foi multado por um policial ao fazer uma conversão proibida. "Não tive nem como transferir os pontos para outra pessoa. O jeito foi fazer e pagar tudo de novo. Até a foto da carteira eu tive que tirar outra. Depois fiquei andando na linha."
No caso de um servidor público que pediu para não ser identificado, a suspensão ocorreu após ele ser pego em uma blitz com sintomas de embriaguez. "Entreguei minha carteira, mas estou recorrendo na Justiça. Está muito complicado ficar sem poder dirigir, estou dependendo da minha mulher para tudo."
O chefe da Divisão de Habilitação do Detran-MG, delegado Anderson França, explica que a legislação é rigorosa, principalmente com os motociclistas, porque são os que mais sofrem acidentes. "A falta da viseira pode provocar um acidente se um bicho entrar no capacete, por exemplo. Estamos percebendo que os condutores estão malpreparados."
O levantamento feito pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) mostra que 4.873 motoristas tiveram a carteira suspensa por embriaguez ao volante, por atingir 20 pontos na CNH ou por cometer infrações graves com motocicletas - um crescimento de 24% em relação a 2011, quando 3.932 condutores receberam a suspensão. Nesses casos, o condutor fica proibido de dirigir por um prazo e deve fazer um curso de reciclagem e uma prova no Detran para recuperar o documento.
Os outros 4.850 condutores estavam no primeiro ano de habilitação e a permissão foi cancelada porque cometeram uma infração grave ou duas de média gravidade. Esses terão que começar do zero o processo para retirar uma nova CNH .
O auxiliar financeiro Márcio Rodrigues, 31, conta que deu trabalho recomeçar o processo. Quando ele tinha sete meses de permissão foi multado por um policial ao fazer uma conversão proibida. "Não tive nem como transferir os pontos para outra pessoa. O jeito foi fazer e pagar tudo de novo. Até a foto da carteira eu tive que tirar outra. Depois fiquei andando na linha."
No caso de um servidor público que pediu para não ser identificado, a suspensão ocorreu após ele ser pego em uma blitz com sintomas de embriaguez. "Entreguei minha carteira, mas estou recorrendo na Justiça. Está muito complicado ficar sem poder dirigir, estou dependendo da minha mulher para tudo."
O chefe da Divisão de Habilitação do Detran-MG, delegado Anderson França, explica que a legislação é rigorosa, principalmente com os motociclistas, porque são os que mais sofrem acidentes. "A falta da viseira pode provocar um acidente se um bicho entrar no capacete, por exemplo. Estamos percebendo que os condutores estão malpreparados."
Condutor que excede pontuação fica impune
O
engenheiro civil M.A. tem quase 40 pontos na carteira de habilitação e
continua dirigindo. No ano passado, ele pagou cerca de R$ 2.500 em
multas por excesso de velocidade, avanço de sinal e uso de celular ao
volante. Assim como ele, são vários os motoristas que atingem a
pontuação máxima e, mesmo contra a lei, não entregam a CNH nem fazem o
curso de reciclagem. Se forem pegos em uma blitz, eles têm o documento cassado, ficam dois anos sem dirigir e recomeçam o processo de habilitação. No ano passado, foram seis casos de cassação. O delegado Anderson França acredita que o total de cassações é baixo porque o número de blitze é pequeno.
Para o perito em segurança de trânsito Marco Paiva, o problema é que a punição fica só na teoria. "A maioria das pessoas nem sabe quantos pontos têm na carteira. Eles deveriam receber uma intimação para entregar o documento. Só assim a punição terá um poder coercitivo." (JS)
Suspensões e cancelamentos de CNH
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