Divulgação
Parque cobra R$ 20 por pessoa pelo acesso às dependências e uso dos atrativos
Fardas, armas, capacetes e uma moto que já foram usadas pela Polícia
Militar terão que ser retiradas de um parque privado de Poços de Caldas,
no Sul de Minas. O uso deste acervo foi tema de uma audiência pública
na Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (8).
O motivo é que o parque cobra R$ 20 por pessoa pelo acesso às
dependências e uso dos atrativos. Pelo fato do acervo ser de uma
instituição pública, não pode ficar exposto para fins lucrativos,
segundo parecer do Ministério Público.
A audiência pública foi convocada pelo deputado cabo Júlio (PMDB) após
receber denúncia de que parte do acervo histórico da Polícia Militar
está em péssimas condições na Academia de Polícia Militar, no bairro
Prado, Oeste de Belo Horizonte.
A diretora de Educação Escolar e Assistência Social da PM, coronel
Rosângela de Freitas, explicou durante a audiência que o museu só não
está aberto ao público por falta de recursos e de mão-de-obra, já que os
bens precisam ser trabalhados na preservação e restauração.
Sobre as peças disponíveis no parque, a coronel disse que os bens não
foram recolhidos por falta de condições da PM de realizar o local
adequado para o armazenamento. Ela informou, ainda, que aproximadamente
900 mil pessoas, no período de 2001 até 2013, visitaram o parque e
tiveram a oportunidade de conhecer o museu. “Não temos nenhum custo para
manter esse bem em exposição. Entendemos que é uma forma de divulgação
do trabalho da Polícia Militar”, disse.
“São bens públicos que estão em exposição em um parque privado, e há
cobranças de ingressos. Além disso, essa transferência foi feita de
forma irregular, sem nenhum termo ou parecer jurídico que normatize a
situação. Isso é ilegal, além do que se alguma peça for perdida,
danificada ou furtada, o Estado não terá como intervir, por falta de uma
documentação que comprove o empréstimo”, defendeu o deputado.
No mesmo parque estão expostas materiais usados pelo Corpo de
Bombeiros, comprados em leilões. A única irregularidade é um brasão da
instituição em um Fusca. Por se tratar de um símbolo oficial da
instituição, terá que ser retirado, conforme compromisso firmado pelo
Corpo de Bombeiros com os representantes da Comissão de Cultura.
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