quarta-feira, 22 de maio de 2013

Com soldados parados, oficiais da PM assumem patrulha das ruas


GREVE MSSSA crise no setor de segurança pública em Mato Grosso do Sul obrigou os oficiais da Polícia Militar do Estado a assumir as funções de patrulhamento nas ruas de Campo Grande e em cidades do interior hoje.
Cabos e soldados da PM decidiram ontem em assembleia permanecer dentro dos quartéis, sem realizar qualquer atividade, em protesto para reivindicar aumento salarial. PMs são proibidos de realizar greve por lei.
A categoria pede 25% de aumento imediato, enquanto o governo propõe 7% agora, 8% daqui a doze meses e 20% no final de 2014 para os soldados. Cabos receberiam a última parcela de 14%.
Segundo o subsecretário de Comunicação do Estado, Guilherme Filho, o governo continua negociando com os policiais e o protesto dos cabos e soldados não resultou em prejuízo à população.
Os oficiais, porém, tiveram de substituir os subordinados na conduções dos carros da polícia e no trabalho de patrulhamento nas ruas da capital e de outras cidades.
O efetivo da PM no Estado é de 5 mil policiais, sendo 2.200 deles alocados em Campo Grande.
O aquartelamento dos PMs se soma à greve da Polícia Civil no Estado, que começou na última sexta-feira. A categoria também pede reajuste imediato de 25%. O governo oferece 7% agora, mais 8% daqui a doze meses e 12% no final de 2014.
O Tribunal de Justiça considerou o movimento ilegal e estipulou multa diária de R$ 40 mil ao sindicato, mas os policiais civis continuam parados.
Atualmente, o salário inicial de um policial militar é de R$ 2.200,00 para soldado e R$ 2.890,46 para cabo. Na civil, o inicial é de R$ 2.361,00.
A proposta de reajuste salarial enviada pelo governador André Puccinelli (PMDB) deve ser votada amanhã pela Assembleia Legislativa.
O presidente da associação dos cabos e soldados da PM, Edmar Soares, disse que a houve adesão massiva ao movimento de aquartelamento e que a entidade quer negociar. “Esperamos uma resposta positiva do governador, senão continuaremos como estamos”, disse.
Pela manhã, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, afirmou que a população “pode ficar tranquila” quanto à continuidade dos serviços de patrulhamento e que confia “plenamente na tropa”.
Também afirmou que “um plano estratégico para evitar que os serviços prestados sejam interrompidos já está traçado e pronto para ser executado”.
Alexandre Barbosa, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul, disse que os servidores estão irredutíveis em relação à proposta do governo.
“Somos o 25º salário mais baixo do país, se comparamos às policias civis dos outros Estados”, diz. A entidade, que realizou passeata no último sábado, fará nova manifestação amanhã nas ruas de Campo Grande.
A assessoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande afirmou que os 30 membros da entidade marcaram para amanhã à noite uma assembleia.
A ideia é formalizar um documento e enviar para o governo estadual em apoio aos policiais. De acordo com a entidade, não houve registro de ocorrências violentas ao longo do dia no comércio da capital.
Tnonline

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