Via: Blog da Renata
"Tenho visto ultimamente inúmeros adolescentes
gritarem em alto e bom som a expressão acima, exaltando crime,
desrespeito e rebeldia como troféus dos quais alguém pode se orgulhar. A
respeito disso, gostaria de fazer algumas observações: Vida louca, meu
irmão, é o cara acordar às 6 da manhã, tomar um café sem pão (o único
que resta será dividido entre os irmãos menores), ir pra escola a pé
(porque o dinheiro da passagem é usado pra comprar a pouca comida que
tem em casa), quase não assistir televisão, pois na casa só tem uma, na
sala, que sempre é dominada pela vontade da maioria, não ter internet,
nem roupa de marca e, ainda assim, ser o melhor aluno da turma e o
melhor amigo que alguém pode ter. Vida louca, "brother", é ter todo
luxo, conforto e apoio da família e aproveitar cada oportunidade que o
dinheiro proporciona de viver bem, de amadurecer e se desenvolver
intelectualmente, mais do que uma grande maioria nesse país. Vida louca,
meu amigo, é ter que parar de estudar aos 15 e começar a trabalhar aos
16 e, ainda assim, retornar aos estudos à noite, porque tem garra e gana
de buscar um futuro melhor. Vida louca é não ter pai, não ter mãe, não
ter afeto nem referências e, ainda assim, acreditar que a vida pode ser
diferente quando se quer.
Vida louca é o
oposto de usar droga por modismo, desrespeitar as pessoas por falta de
caráter e ser rebelde, sem nem saber o que significa rebeldia. Vida
louca, pra mim, é o cara que aproveita as oportunidades de ser melhor a
cada dia, vivendo suas histórias, sendo livre (não confundido liberdade
com libertinagem), independente da classe social. Aquele que aprendeu
que a melhor rebeldia que se pode ter é ser exatamente o contrário
daquilo que o sistema espera de você (comodismo, apatia e conformismo).
Correr atrás dos objetivos, batalhar pela realidade, isso pra mim é Vida
louca. O resto, no meu humilde ponto de vista, tem um outro nome: Vida Burra"!
( Tatiana Lackmann - Professora )
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