MORTES JORNALISTAS
A
declaração foi dada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia
em que a morte do jornalista Rodrigo Neto completa dois meses
08/05/2013 18h08
FERNANDA VIEGAS
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O deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), anunciou
nesta quarta-feira (8) que vai pedir a federalização da investigação do
assassinato do jornalista Rodrigo Neto e das 15 chacinas denunciadas
pelo político na região do Vale do Aço. A declaração foi dada no
Plenário da Casa, no dia em que a morte de Neto completa dois meses.
De acordo com parlamentar, até o momento não há nenhuma ação efetiva
para apurar os casos na região. Para Durval, as prisões feitas só
contemplaram cargos de baixo calão, sendo que há delegados e políticos
envolvidos nas mortes.
O deputado acredita que somente a federalização vai garantir a apuração
de todos os crimes. O pedido será encaminhado pela Comissão de Direitos
Humanos a Polícia Federal.
“O Judiciário fica em um olimpo inatingível, enquanto isso, temos
policiais envolvidos em crimes bárbaros como o da moto verde. Caso,
este, em que a cabeça de um jovem usuário de drogas foi jogada na casa
de um coronel e, logo em seguida, o policial interrompeu as
investigações que comandava e se transferiu para a área de comunicação
social da Polícia Militar”, destacou Durval.
O parlamentar relatou ainda que recebeu informações de que Rodrigo Neto
foi assassinado por um policial. “Só não vou anunciar o nome do
policial por pedido da corregedoria da Policia Civil”, disse.
Relembre o caso
O jornalista Rodrigo Neto foi assassinado no dia 8 de março deste ano, em Ipatinga, com três tiros. A principal hipótese é a de que ele tenha sido morto devido ao trabalho que realizava como jornalista investigativo na Rádio Vanguarda, denunciando homicídios supostamente cometidos por um grupo de policiais da região.
O jornalista Rodrigo Neto foi assassinado no dia 8 de março deste ano, em Ipatinga, com três tiros. A principal hipótese é a de que ele tenha sido morto devido ao trabalho que realizava como jornalista investigativo na Rádio Vanguarda, denunciando homicídios supostamente cometidos por um grupo de policiais da região.
O outro crime
O repórter fotográfico, Walgney Assis Carvalho, freelancer do jornal Vale do Aço, foi morto a tiros 37 dias depois do assassinato do jornalista Rodrigo Neto. Os dois trabalhavam sempre em conjunto antes mesmo de Neto ser contratado para voltar ao impresso. Segundo Durval, o fotografo sabia quem assassinou Rodrigo e foi morto como queima de arquivo. “Já havia comunicado que Walgney estava sendo ameaçado”, afirmou o deputado.
O repórter fotográfico, Walgney Assis Carvalho, freelancer do jornal Vale do Aço, foi morto a tiros 37 dias depois do assassinato do jornalista Rodrigo Neto. Os dois trabalhavam sempre em conjunto antes mesmo de Neto ser contratado para voltar ao impresso. Segundo Durval, o fotografo sabia quem assassinou Rodrigo e foi morto como queima de arquivo. “Já havia comunicado que Walgney estava sendo ameaçado”, afirmou o deputado.
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